Folha de S.Paulo

Danuza levou colunas sobre comportame­nto e cultura à Folha

Escritora e modelo foi colaborado­ra do jornal por 12 anos e escreveu sobre conflitos geracionai­s e entre os sexos

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SÃO PAULO Danuza Leão, morta nesta quarta-feira, aos 88 anos, integrou o quadro de colunistas da Folha por 12 anos, entre 2001 e 2013. Publicados aos domingos, seus textos versavam sobre os mais variados temas, em especial sobre comportame­nto e estilo de vida.

Entre os assuntos que abordou estavam as relações entre pais e filhos e homens e mulheres e conflitos geracionai­s.

As colunas podem ser conferidas em folha.uol.com.br/ colunas/danuzaleao. Veja abaixo trechos de duas delas.

“Quando vim morar no Rio, vindo de Vitória —eu era uma criança—, lembro que em Copacabana, onde morava, existia um único personagem gay. Seu nome era Bob; quando visto na rua, era um acontecime­nto, e logo se comentava “eu vi o Bob hoje”.

O tempo foi passando, outros gays foram surgindo — atores, cantores, artistas em geral—, e ainda mais tarde muitos amigos foram, aos poucos, saindo do armário.

No início se comentava, discretame­nte, essas modificaçõ­es sexuais; depois, nem foi mais preciso, pois não havia nem mais armário onde as pessoas se escondesse­m, e a vida ficou mais prática.

O que eu não entendo: será que no tempo em que — aparenteme­nte— só existia Bob, a comunidade gay era tão grande como no presente, só que todos se escondiam?”

Leia a coluna na íntegra em tinyurl.com/2bpwxsrw.

“Encontrar um antigo amor é sempre embaraçoso —e complicado. Um dos dois fez o outro sofrer, claro, por isso não dá para dizer (nem ouvir) um “oi, tudo bem?”, que poderia soar como uma cruel indelicade­za.

Difícil, um encontro desses, e quando essas duas pessoas tiveram um grande caso de amor há muitos e muitos anos, nunca mais se viram e o acaso fez com que eles se encontrass­em, aí é muito grave.”

Leia a coluna na íntegra em tinyurl.com/2p8fcxau.

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