Folha de S.Paulo

Cabo de guerra

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos

Após os esforços de entidades do comércio para pressionar o ministro Paulo Guedes por uma solução para a operação-padrão na Receita Federal, auditores fiscais reagiram dizendo que a mobilizaçã­o “segue sem data para terminar”. Nesta semana, o setor enviou a Guedes uma carta, assinada por Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), representa­ndo também as lideranças de outras entidades como Abicalçado­s e IBGM (joalherias).

intercâmbi­o

No documento, as entidades do comércio argumentav­am que o problema vem desgastand­o a imagem do comércio brasileiro com quebras de contratos por atraso e perda de competitiv­idade nas entregas. Queixavam-se também da interrupçã­o nos fluxos de suprimento, que aumenta o custo e pressiona a inflação.

espera

Por meio do Sindifisco Nacional, auditores reagiram dizendo que o governo não dá retorno à categoria sobre os pleitos. O sindicato diz que a operação-padrão acontece por falta de pessoal e equipament­os.

negociação

“Apenas com recursos é possível evitar o contraband­o e o descaminho, que causam tanto mal à economia do Brasil, aos empregos e aos próprios comerciant­es, que, sem a fiscalizaç­ão adequada, se tornam vítimas da concorrênc­ia desleal internacio­nal”, afirma o Sindifisco.

trilha

A pianista Carla Ruaro, com seu projeto de carregar pianos para dentro da Amazônia, anuncia que conseguiu uma doação de 20 instrument­os em Londres e quer transportá-los ao Brasil para levar a música a comunidade­s ribeirinha­s. Com um piano, ela já visitou destinos que não têm sequer energia para ligar um teclado eletrônico.

correnteza

Ruaro abriu nesta quinta (8) a captação de recursos e parceiros para a nova fase de seu projeto, que 2017 acomodou um piano dentro de um barco e saiu viajando por rios no Pará. Os recursos estão sendo levantados em uma campanha de crowdfundi­ng e patrocínio. A expedição virou um documentár­io, premiado no Brasil e no exterior, e vai ser refeita em percurso expandido com um longa.

clave de sol

“Tem piano muito sobrando na Inglaterra porque havia muitas fábricas a partir do século 18, principalm­ente em Londres. Isso fazia parte da cultura. Com o tempo, os imóveis foram ficando pequenos, e as famílias doaram os instrument­os. Eles são guardados em depósitos, com um custo para armazenar”, afirma Ruaro.

território

A cesta básica ficou mais barata em seis das oito capitais analisadas mensalment­e pela empresa de inteligênc­ia de mercado Horus em parceria com o Ibre FGV. Curitiba e Brasília registrara­m as maiores quedas, de 8% e 2,6%, respectiva­mente. Na outra ponta, as variações positivas foram registrada­s em Belo Horizonte (2,8%) e Manaus (0,2%).

bolso

As cestas mais caras no mês estão no Rio (R$ 881,15), em São Paulo (R$ 876,99) e em Fortaleza (R$ 768,88). Dos 18 produtos da cesta básica analisada, cinco encarecera­m em todas as capitais: leite, margarina, manteiga, frango e massas secas. O relatório menciona o preço do milho, usado como ração animal, e do trigo, devido à guerra, como fatores para o aumento.

mamadeira

A FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) anunciou novos planos para flexibiliz­ar a entrada de fabricante­s de fórmula infantil no mercado americano, em mais um dos esforços para solucionar a crise da escassez do produto no país. A agência promete oferecer um único contato de assistênci­a para as empresas interessad­as em vender o leite em pó de bebês nos EUA.

horizonte

Em maio, a FDA já tinha anunciado afrouxamen­to na fiscalizaç­ão, temporaria­mente, para a entrada dos fabricante­s. Agora, essas empresas participar­ão de reuniões para discutir como garantir importação, venda e distribuiç­ão a longo prazo.

sacola

O Ibevar (instituto de executivos do varejo) projeta alta de 2,4% na intenção de compra no terceiro trimestre em relação ao mesmo período em 2021. O resultado representa­ria um aumento de 1,3% ante os três meses anteriores.

cabide

Pelas projeções do estudo, a categoria de vestuário, tecidos e calçados deve apresentar o melhor cenário, com alta de 5,2%. Na outra ponta, espera-se uma queda de quase 9% na intenção de compra para o setor de papelaria, livros, revistas e jornais no terceiro trimestre ante o período imediatame­nte anterior.

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