Folha de S.Paulo

Rio quer ligar Santos Dumont ao Galeão por barcas

- Gabriela da Cunha

A disputa pelos passageiro­s dos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim (Galeão) tem mobilizado esforços em diferentes sentidos pelo governo do Rio.

Enquanto a Secretaria Estadual de Turismo executa um estudo para propor a ligação entre os aeroportos via baía de Guanabara com serviços de barcas, a Casa Civil concentra o trabalho para a concessão conjunta dos terminais ocorrer ainda em 2023.

O projeto de interesse turístico da pasta considera envolver a Barcas S.A., uma concession­ária estadual, e usar as estações já existentes na praça XV, no centro, e em Cocotá, no bairro da Ilha do Governador, para criar a linha de barcas Santos Dumont-galeão.

A intenção é permitir deslocamen­tos em torno de 20 minutos, sem enfrentar o fluxo do trânsito da Linha Vermelha. Hoje, o tempo médio da ligação praça XV a Cocotá é de 55 minutos, com três viagens ida e volta por dia apenas durante a semana.

“A ligação aquaviária, que já existe, inclusive com piers, será feita entre os dois aeroportos. Estamos no estudo preliminar para a partir daí transforma­r em projeto, ver a parte legal e depois a concessão dessa linha. O que vamos fazer é colocar o turista em um ambiente nobre da cidade, que é a baía de Guanabara”, disse o secretário Estadual de Turismo, Sávio Neves, durante um evento da ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro).

O estudo ainda está em fase preliminar, mas as vantagens do serviço têm sido amplamente defendidas pelo secretário em eventos.

Em nota, a pasta informou que, após “a conclusão do estudo de interesse turístico, ainda sem prazo, e após o laudo de viabilidad­e, estabelece­r ação integrada junto à Secretaria de Estado de Transporte­s e demais instituiçõ­es envolvidas”.

Procurada, a CCR Barcas, que opera o serviço aquaviário atualmente, informou que desconhece a iniciativa da pasta.

A empresa do Grupo CCR assumiu o controle acionário da Concession­ária Barcas S/A em julho de 2012 por meio da aquisição de 80% das ações. A concession­ária das Barcas tem contrato com o estado até 2023.

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