LIBERA GERAL
O Conselho Federal de Medicina (CFM) solicitou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes seu ingresso como amicus curiae (amigo da corte) em uma ação que contesta a abertura indiscriminada de cursos de medicina no país. Segundo a autarquia, foram criadas mais escolas médicas nos últimos 12 anos do que em todo o século passado.
UNIDOS A discussão ocorre no âmbito de uma ação apresentada à corte pela Associação Nacional das Universidades Particulares. A entidade pede que a criação de novos cursos de medicina só possa ocorrer em caso de chamamento pelo governo federal.
EXCEÇÕES A disputa se dá em torno de um artigo da lei que criou o programa Mais Médicos e prevê novos cursos e vagas para a formação de profissionais em áreas desassistidas. Embora o dispositivo exija chamamento pelo Ministério da Educação, diversas decisões judiciais de primeira instância vêm atendendo a pedidos de grupos privados e autorizando a criação de novas graduações sem o pré-requisito.
AO LÉU Além do chamamento, as decisões ignoram critérios para a abertura de novos cursos e passam ao largo do controle do MEC, diz o CFM.
BASTA “Não se pode aceitar que liminares por todo o Brasil permitam a criação de cursos de medicina, sem qualquer fiscalização e verificação, sob pena de flagrante precarização da saúde pública, do ensino e da medicina”, diz a autarquia.
AQUÉM Ainda segundo o CFM, o número de faculdades de medicina mais que dobrou desde 2010, passando de 181 para 376. Destas, 312 (83%) não atenderiam a pelo menos um dos três parâmetros para os processos de ensino e de aprendizagem.
CORREIO A plataforma colaborativa Falasp.com, do précandidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Fernando Haddad, já recebeu mais de mil propostas para o seu programa de governo. Do montante, 25% são voltadas para a educação, com destaque para pedidos por mais valorização dos profissionais do setor. Saúde, transporte, proteção social e combate à fome também são temas recorrentes.
CARONA Há ainda sugestões inusitadas, como um pedido para a criação de um departamento para esportes radicais e a proposta de um programa de Uber popular para todo o estado paulista. Coordenador do programa de governo de Haddad, o deputado estadual Emidio de Souza (PT) diz que o documento final deve ser apresentado em agosto.
ESTREIA O ex-deputado federal Jean Wyllys fará a sua primeira exposição individual de desenhos e pinturas na Fábrica de Artes Roca Umbert, na cidade espanhola de Granollers, localizada na região metropolitana de Barcelona. O vernissage está marcado para 8 de agosto.
CAVALETE Intitulada “Voltar a Ver, Voltar a Ler”, a mostra reúne obras em que Wyllys usa reportagens de jornais descartados como suporte.
MEMÓRIA A antropóloga Beatriz Matos e a desginer Alessandra Sampaio, viúvas do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, respectivamente, participarão de um ato inter-religioso na Catedral da Sé, em São Paulo, no dia 16 deste mês.
REDE DE APOIO O evento, que homenageia a atuação de Bruno Pereira e Dom Phillips na região amazônica, é uma iniciativa da Frente Inter-religiosa Dom Paulo em parceria com a Comissão Arns, o Instituto Vladimir Herzog, a Comissão Justiça e PAZ-SP e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo.
MARROM A cantora Alcione vai realizar 13 apresentações gratuitas nas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro como parte das comemorações dos seus 50 anos de carreira. Os shows vão ocorrer no segundo semestre do ano, nas lonas, arenas e areninhas, equipamentos culturais da Secretaria Municipal de Cultura na periferia da cidade.
MARROM 2 A sambista firmou um contrato de R$ 1,4 milhão com a pasta. Um minidocumentário sobre a história dela também será produzido e disponibilizado no Youtube.
ESTANTE A atriz Sophia Abrahão vai batizar com o seu nome uma sala de leitura em Pernambuco. O espaço é um projeto da ONG Água para Irmãos com Sede e será inaugurado na comunidade Lindolfo Silva, em Petrolina, no próximo dia 12.
ESTANTE 2 Para Sophia, que comanda um clube de livros na internet, ler é transformador. Ela afirma que só tomou consciência da importância do movimento feminista após a leitura de um livro do coletivo Não me Kahlo. “Foi um divisor de águas”, diz.