Folha de S.Paulo

A maior aula de natação do mundo

- Mateus Camillo DEIXA QUE EU LEIO SOZINHO Ofereça este texto para uma criança pratica a leitura autônoma

Água no umbigo é sinal de perigo. Toda criança já ouviu isso alguma vez. E, se você gosta de nadar, é preciso tomar cuidado mesmo.

Segundo dados da World Waterpark Associatio­n (Associação Mundial de Parques Aquáticos), afogamento é a principal causa de mortes acidentais de crianças entre 1 e 4 anos de idade, em 48 de 85 países monitorado­s, além de ser a segunda causa de mortes acidentais de crianças até 14 anos.

Por isso, enquanto a piscina não dá pé, o uso de boia é obrigatóri­o. E aprender a nadar é essencial para que se possa aproveitar a água melhor quando crescer.

Foi essa importânci­a que a 11ª edição da Maior Aula de Natação do Mundo buscou mostrar. Organizada pela Associação Mundial de Parques Aquáticos, ela mobilizou milhares de pessoas em mais de 20 países em junho. A Folhinha acompanhou a ação no Beach Park, no Ceará.

Eram quase mil crianças de projetos sociais de Aquiraz e Maracanaú nas muitas piscinas do parque aquático. Tinha de todos os tamanhos. Algumas crianças eram tão pequeninin­has que a mochila com a roupa de mergulho nas costas fazia lembrar as daquele meme famoso.

Sabe quando muitas crianças se reúnem na hora do intervalo e fica aquela gritaria e correria? A sensação era essa.

Para organizar a bagunça, os instrutore­s usavam um cordão de isolamento e crianças de tamanho parecido entravam no círculo formado pela fita. O grupo ia andando junto, devagarinh­o, quase como uma minhoca.

Ao chegar à piscina, era impossível controlar a criançada, embora, para felicidade dos adultos, elas permaneces­sem na área delimitada.

Quando já havia centenas de crianças posicionad­as dentro da água, a aula começou. Um instrutor ficava no alto, com um microfone, fazendo as vezes de professor.

Antes de tudo, dicas importante­s: passar o protetor solar, nunca ficar longe de um adulto e respeitar as ordens sempre. Sem isso, não há diversão possível na água.

E, então, a parte mais prática. “Quem sabe mergulhar?”, perguntou o professor, orientando como tudo deveria ser feito. Simultanea­mente, a cabeça de centenas de crianças ficou submersa.

Depois, hora de cair de costas na água. Por fim, elas aprenderam a bater o braço da maneira correta.

A “maior aula de natação do mundo” foi, na verdade, uma série de atividades lúdicas aquáticas. Mas sem perder de vista a verdadeira lição do dia: muito cuidado com a água. Ela é para brincar, mas precisa ser usada com sabedoria.

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Igor de Melo/divulgação Crianças brincam durante a 11ª edição da Maior Aula de Natação do Mundo, no Beach Park, no Ceará

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