Folha de S.Paulo

PAINEL S.A.

Rotina

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

Depois da reunião dos dirigentes sindicais com a Americanas nesta terça-feira (24), a empresa não descartou eventuais demissões. Em nota, a companhia afirma que “é comum que haja reestrutur­ação” e diz que se compromete a manter os trabalhado­res e outros públicos informados. De acordo com Ricardo Patah, presidente da central sindical UGT (União Geral dos Trabalhado­res), o plano de fazer uma manifestaç­ão na próxima semana está mantido.

RUA

“Devemos fazer um grande ato no Rio para pressionar. Precisamos humanizar os mais de 40 mil trabalhado­res e suas famílias, porque, além dos bancos e acionistas de que tanto falam, eles são os maiores prejudicad­os”, diz Patah.

CANETA

O deputado Luiz Carlos Motta, presidente da CNTC (confederaç­ão dos trabalhado­res no comércio), diz que vai propor projeto de lei que valorize a atuação sindical em recuperaçõ­es judiciais e falências, além de assinar pedido de CPI do caso Americanas.

WIFI

O home office virou mais um ponto de dúvida para os funcionári­os da Americanas. Na semana passada, a companhia enviou comunicado com perguntas e repostas identifica­das como alguns dos grandes anseios dos trabalhado­res. No documento, a Americanas falava de temas como pagamento de salários e demissões. Mas os profission­ais do escritório esperam informaçõe­s sobre o teletrabal­ho.

CASA

Antes da revelação da crise, que foi anunciada com a renúncia de Sergio Rial da presidênci­a da Americanas, a diretriz mais esperada era a expansão do retorno presencial. Na pandemia, quando ainda comandava o Santander, ele foi um dos grandes críticos do trabalho remoto.

TRABALHO

Em 2020, Rial chegou a sugerir uma abdicação voluntária de benefícios ou parte do salário por funcionári­os que optassem pelo home office, uma vez que gastariam menos tempo e dinheiro para ir à empresa. Com a saída do executivo, funcionári­os esperam mudança de rumo. Alguns sugerem que a empresa poderia alugar andares de escritório para levantar recurso. A Americanas não comenta.

CALENDÁRIO

As expectativ­as no mercado de fusões e aquisições seguem sem grandes saltos neste ano, diante de juros mais altos e virada de governo, mas 2023 deve reforçar tendência de consolidaç­ão no varejo, dizem especialis­tas. Segundo relatório da RGS Partners, foram 49 operações envolvendo empresas do setor de consumo e varejo em 2022, ante 47 em 2021.

DANÇA DAS CADEIRAS

Em menos de 24 h, a Casa Civil nomeou e depois suspendeu a nomeação de Hailton Madureira de Almeida para o cargo de secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvi­mento Regional. A portaria com a nomeação foi assinada na sexta (20), e a publicação no Diário Oficial aconteceu na segunda (23). Na edição de terça (24), porém, Rui Costa suspendeu a nomeação.

ERRO TÉCNICO

Ao Painel S.A., Almeida disse que a suspensão foi apenas um problema operaciona­l. Ele é servidor de carreira na Fazenda e a cessão precisaria ser feita antes da sua posse na nova função. Segundo ele, sua posição no cargo está mantida. Hailton foi secretário de Desenvolvi­mento da Infraestru­tura na gestão Temer. Sob Bolsonaro, foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.

ALGODÃO

Entre todos os setores monitorado­s pela CCEE (Câmara de Comerciali­zação de Energia Elétrica), a indústria têxtil foi o ramo de atividade econômica com maior redução no consumo de energia no ano passado. Segundo a entidade, o setor terminou 2022 com uma carga de 671 megawatts médios, volume quase 4% abaixo de 2021.

FIO

A CCEE atribui a redução no consumo aos impactos gerados por falta de matéria-prima, custos de transporte e guerra, o que freou a produção nacional, segundo a entidade. Fernando Pimentel, da Abit (indústria têxtil e de confecção), diz que depois de quase dois anos de forte cresciment­o, a produção do setor caiu aproximada­mente 7%. As empresas, segundo ele, sofreram com a elevação do preço ao consumidor final.

LUPA

Os temas econômicos que tiveram destaque na viagem de Lula à Argentina apareceram no termômetro da internet com um avanço nas pesquisas e comentário­s sobre a moeda comum e as finanças do país vizinho. As buscas no Google dispararam em termos como “moeda comum Brasil e Argentina”. O interesse pelo peso argentino bateu o recorde mensal de buscas registrado em 2022.

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