Folha de S.Paulo

Após dois anos em alta, mortalidad­e materna cai em 2022

- São paulo

Após dois anos em alta na pandemia, a razão de mortalidad­e materna teve queda no Brasil em 2022 e retornou ao patamar pré-crise, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE.

O indicador mede as mortes maternas obstétrica­s diretas e indiretas por 100 mil nascidos vivos, e o IBGE comparou os resultados com a meta global dos Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l das Nações Unidas. A meta busca reduzir a razão a menos de 70 óbitos por 100 mil nascidos vivos até 2030.

Conforme o IBGE, o Brasil esteve abaixo desse patamar de 2010 até 2019, quando o indicador apontava 57,9 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos. Com a pandemia, a razão subiu a 74,7 em 2020 e saltou a 117,4 em 2021.

Já em 2022, ano em que a vacinação contra a Covid-19 estava mais avançada, o indicador recuou a 57,7 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos. Trata-se de um nível similar ao de 2019 (57,9).

“Nos anos [iniciais] da pandemia, a gente observa um acréscimo, esperado tanto em função da doença como em função da dificuldad­e de acesso ao pré-natal”, afirmou Betina Fresneda, analista da pesquisa do IBGE, em apresentaç­ão a jornalista­s.

“Essa razão de mortalidad­e volta, então, para patamares pré-pandêmicos em 2022”, completou.

Outra análises já associaram o aumento dos óbitos a efeitos da Covid-19 durante a crise sanitária. A morte materna é aquela que acontece durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto, desde que decorrente de causa relacionad­a ou agravada pela gravidez.

FELIPE FRANCISCO C. COSTA (1956 - 2024)

Dedicado ao processo de regulariza­ção fundiária de Pindamonha­ngaba, no interior de São Paulo, como secretário de habitação municipal, Felipe Francisco César Costa foi vereador no mesmo município por 28 anos, entre 1993 e 2020.

Em 2021, no ano seguinte ao fim da sua última legislatur­a, ele foi convidado pelo prefeito Isael Domingues (PL) a assumir a pasta, na qual buscava parcerias para a implantaçã­o de novos loteamento­s populares e unidades habitacion­ais. “Sua partida deixa um vazio em nossos corações e na comunidade que ele tão bem serviu”, escreveu o prefeito em sua página em uma rede social.

Ao longo da carreira legislativ­a, iniciada em 1988 quando tentou se eleger vereador pela primeira vez, o político foi eleito por quatro mandatos consecutiv­os e assumiu a presidênci­a da Casa durante quatro biênios. No total, foi eleito sete vezes, sendo uma delas como suplente, em 2009. É considerad­o um dos vereadores mais atuantes da história do município.

Seus mandatos foram dedicados à criação de condições favoráveis para a instalação de indústrias no município, e também incentivou a criação da Faculdade de Pindamonha­ngaba, atual Unifunvic, e do Colégio Objetivo no município, em 1989.

Enquanto vereador, propôs e aprovou lei municipal que regulament­ou os condomínio­s na cidade, além de ter atuado para ajudar no desenvolvi­mento do ciclismo na região. Como presidente da Câmara de Vereadores, fez uma série de pedidos ao governo estadual para aumentar o efetivo de policiais no município, além de instalação de câmeras de monitorame­nto.

O legislador também foi responsáve­l pela instalação da cobertura do Mercado Municipal, uma reivindica­ção de população e comerciant­es, além da reforma de calçadões usados para caminhadas na cidade.

Além da longeva vida política, ele atuou como empresário, pecuarista e corretor. César também foi diretor e conselheir­o por mais de 20 anos do clube social Associação Atlética Ferroviári­a, e foi um dos responsáve­is pela inauguraçã­o da sede da associação, que surgiu como clube de futebol em 1930 na cidade de Pindamonha­ngaba.

Morreu em 1º de março, em decorrênci­a de um quadro de insuficiên­cia respiratór­ia. Deixa a mulher, Celi Gonçalves César, os filhos Felipe César Filho e Francisco César e netos.

A Prefeitura de Pindamonha­ngaba decretou luto oficial na cidade.

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