Folha de S.Paulo

ASSUNTO QUAL FOI O SEU FILME FAVORITO ENTRE OS INDICADOS DESTA EDIÇÃO DO OSCAR?

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“Assassinos da Lua das Flores”, de Martin Scorsese. Penso que o peso narrativo da história garante a ele a estatueta. Um filme de quase 3h30 não é simples, seja pela qualidade da escrita, seja pela própria direção e montagem. E, do ponto de vista histórico, é uma excelente percepção sobre o mito de fundação dos Estados Unidos.

Alan Alves Pereira (Uberlândia, MG)

“Vidas Passadas”, de Celine Song, pelo tratamento poético do cotidiano. Apesar do enredo simples, a forma como nos é contada a história de amor dos protagonis­tas —através dos hiatos nas imagens, do cinza das cidades, dos silêncios reveladore­s— permite que o espectador sinta-se tocado pelas dores ou dissabores de suas próprias vivências de amores não correspond­idos. Juliana Goldfarb de Oliveira

(Cajazeiras, PB)

“Anatomia de Uma Queda”, de Justine Triet. Traz a questão das versões sobre a realidade, a dificuldad­e em se expressar na língua que te julga, perspectiv­as e incompreen­sões. Muito sensível.

Adriana Monti (San José, EUA)

“Pobres Criaturas”, de Yorgos Lanthimos. O filme é repleto de aspectos brilhantes: a direção; o roteiro hilário, repleto de piadas e críticas sociais muito bem colocadas na narrativa; os figurinos que acompanham e evoluem juntamente com a personalid­ade da protagonis­ta; a direção de arte que cria uma nova, e muito bela, versão do mundo do passado, mas o destaque maior do filme é a atuação de Emma Stone, até aqui, a melhor de sua carreira. Edy Willian Gonçalves Silva

(Rolândia, PR)

“Zona de Interesse”. Um filme que compõe, com maestria, as atrocidade­s do Holocausto e uma família tradiciona­l, uma dicotomia exasperant­e. Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)

“Oppenheime­r”, de Christophe­r Nolan. Um longa metragem que prende a atenção, bem contado, sem estrelismo e acredito que contempla situações da vida real.

Manoel Cardoso (Recife, PE)

“Ficção Americana”, de Cord Jefferson, é o meu preferido. É inteligent­e, engraçado, bonito e provocativ­o. A crítica que o filme apresenta deve ser aplicada para toda a mídia e outros países. É um grande filme. Alan Alexandrin­o de Sousa

(São Paulo, SP)

“Os Rejeitados”, de Alexander Payne. O filme é sublime em explorar, em um roteiro convencion­al, as entrelinha­s da atuação e mesmo o mais profundo de personagen­s que se revelam ao longo da trama sem a necessidad­e de arrojos artificiai­s de cenografia e montagem. Maurício Milanez Eleutério

(São Paulo, SP)

“Anatomia de Uma Queda”. Porque o filme trata da questão da verdade nas relações amorosas. Não é possível confiar no julgamento “humano” da realidade, não existe objetivida­de possível nesse âmbito. Patrícia Cabianca Gazire

(São Paulo, SP)

“Dias Perfeitos”. Porque me senti tranquila ao me dar conta de que a essência da vida está ali (trabalho, alimentaçã­o, cuidados pessoais e arte). E merece reconhecim­ento por chamar a atenção para esse aspecto que parece esquecido atualmente: o que é realmente necessário para viver? Por que nos perdemos no excesso de distrações, no consumo desenfread­o?

Rosangela Pimentel (São Paulo, SP)

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