Fazenda vê maior força de indústria e serviços no PIB
A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda manteve estimativa para o crescimento do PIB em 2024 em 2,2%, segundo boletim divulgado nesta quinta (21).
Apesar de não haver alteração no cenário agregado, o órgão indicou mudança nos fatores que devem puxar esse desempenho.
Enquanto a redução nos prognósticos de safra para 2024 levaram à revisão negativa do PIB agropecuário, o governo vê indícios de que indústria e serviços exibirão dinâmica mais pujante no ano.
A expectativa é de que o PIB da indústria cresça 2,5%, e o de serviços, 2,4%. No último boletim, de novembro, as estimativas eram 2,4% e 2,2%.
Segundo a SPE, a redução da Selic e as medidas de estímulo ao crédito e à compra de máquinas e equipamentos (por meio da chamada depreciação acelerada) devem ajudar a impulsionar a indústria de transformação.
A construção, por sua vez, deve se beneficiar do bom desempenho do setor e também da retomada de estímulos para a compra de moradias pela população de baixa renda.
No setor de serviços, o governo espera uma expansão do consumo das famílias após a redução no endividamento de parte delas por meio do programa Desenrola Brasil, que facilitou as renegociações.
O pagamento de sentenças judiciais antes represadas também contribuiu, segundo a SPE, para injetar recursos na economia e deve ter reflexos no desempenho dos serviços.
O governo antes esperava uma alta de 0,5% na atividade agropecuária neste ano. Agora, a projeção é de queda de 1,3%. Segundo o governo, prognósticos para o plantio de soja e milho têm indicado queda, o que deve impactar a atividade do setor.
Os parâmetros macroeconômicos divulgados pela Fazenda são importantes não só como termômetro da economia, mas porque servem de referência para o governo nas estimativas do Orçamento.
A próxima reavaliação do Orçamento de 2024 será divulgada nesta sexta-feira.