PAINEL DO LEITOR
Cartas para al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos das mensagens. Informe seu nome completo e endereço
Salário de juízes
Nada como legislar em causa própria. Esse aumento redundará em gastos adicionais de cerca de R$ 4 bilhões, devido ao efeito cascata, a serem pagos mais uma vez por to- dos nós. Bem diferente da votação do pedido de desaposentação em que o STF (Supremo Tribunal Fe- deral) julgou que, mesmo que você continuasse a trabalhar após a aposentadoria e a contribuir para o INSS, não teria direito de usufruir dessa contribuição.
Alroger Luiz Gomes (Cotia, SP)
Os meritíssimos, numa decisão corporativista e imoral, aprovaram reajuste completamente fora da realidade do país. Foi um tremendo desrespeito para com a população brasileira. E nós? Continuamos pagando o auxílio-moradia, cuja suspensão nunca entra na pauta do STF. Não são só os Poderes Legislativo e Executivo que carecem de “qualidade republicana”.
Marcia Meireles (São Paulo, SP)
Além dos cerca de 18 mil juízes, também entram nas contas do Estado, por força da Constituição Federal, todos os promotores e procuradores de Justiça e os conselheiros dos Tribunais de Contas. Vejam que não são somente os magistrados que poderão receber o aumento de 16,38% dos cofres públicos (“Acinte federal”, Editoriais, 10/8). Bismael B. Moraes, advogado (Guarulhos, SP)
O Judiciário é obviamente corporativista e irresponsável no aspecto econômico. Não tem como negar que esse Poder foi essencial na mudança que ocorre na política, no entanto falha vergonhosamente em perceber os seus excessos de privilégios. Lamentavelmente, o contribuinte assiste ao circo de horrores sem chance de intervir (“Reajuste imodesto”, de Bruno Boghossian, Opinião, 9/8). Reinaldo Cunha (Passo Fundo, RS)
Quem vai pagar o gasto extra? Há uma necessidade urgente na mudança de critérios, pois os ministros do Supremo não estão preocupados com o país. Não é possível que um órgão possa se dar um aumento salarial (“Próximo governo herda gasto extra de R$ 42 bi”, Mercado, 10/8). Carlos Alberto Aguilera (Taguatinga, DF)
Atuando em causa própria, Supremo Tribunal Federal e Ministério Público Federal prestam um desserviço ao país. Diante da situação moribunda em que se encontra nossa economia, defendem aumento salarial fora da realidade. A manobra corporativista e desastrosa dá mostras de que não estão nada preocupados com a defesa dos interesses do país.
João Carlos Gonçalves Pereira, advogado (Lins, SP)
Colunistas
Segue meu manifesto de total concordância ao leitor Alessandro Pinesso (Painel do Leitor, 8/8) sobre o fato de alguns colunistas escreverem seus textos com viés político muito exacerbado. Parece até o samba de uma nota só. Sou assinante da Folha há várias décadas e muito me honra ler os artigos de nomes sagrados, como Tostão, Juca Kfouri e Janio de Freitas. Agora, manter em seus quadros articulistas como Nabil Bonduki e André Singer é uma brincadeira. Edvaldo Silva (São Paulo, SP)
Eleição
Parece que o PT está acordando tarde para perceber o óbvio: os eleitores do ex-presidente Lula vão, sim, se dispersar. Por isso, foi uma irresponsabilidade o partido não ter selado uma aliança com um candidato de esquerda mais significativo, como o Ciro Gomes (PDT). Uma chapa Ciro e Fernando Haddad seria muito mais viável e ainda teria o apoio da Manuela D’Ávila. (“O homem que não estava lá”, de Bruno Boghossian, Opinião, 10/8).
Édison Gonçalves (São Paulo, SP)
Nosso país está se preparando para novas eleições. É uma boa oportunidade para escolher para a Presidência um candidato que pretenda realmente levantar a indústria brasileira como poderosa força motora para o desenvolvimento econômico da nação. E, evidentemente, o esforço pela formação do ser humano, a educação, também é base fundamental.
Marli Mira Hoeltgebaum
(São Paulo, SP)
Fernando Haddad (PT) pareceme uma pessoa inteligente e bem formada, mas não se dá ao respeito. Ruy Castro escreveu que não é mais desaforo chamar uma pessoa de poste (“Os sentimentos do poste”, Opinião, 8/8). São pessoas que só emprestam seu nome e permanecem sem protagonismo. Fico triste por ele, pois Lula e a esquerda jamais se importarão com ele. Gildazio Palha Rocha (São José dos Campos, SP)
Henrique Meirelles (MDB) é competente no que faz (“Imagem de que sou banqueiro não existe”, Poder, 9/8). Entretanto, está no lugar errado: não dispõe de carisma para participar de um pleito eleitoral. Ele é um ótimo técnico.
Rafael Seydel (Rio de Janeiro, RJ)
Baixada Santista
Diferente do publicado em “Manobra alça cunhado de França a órgão que controla verbas na Baixada” (Poder, 11/8), o governador Márcio França não influiu nesta eleição. Pedro Gouvêa foi eleito para presidir o Condesb em pleno mandato de Geraldo Alckmin, em articulação do deputado Samuel Moreira. Na época, prefeitos de Santos, São Vicente, Guarujá e Mongaguá, que representam 65% da população regional, queriam revezamento após gestão do tucano Alberto Mourão. Não queriam Luiz Maurício, de Peruíbe, também do PSDB. Nilson Regalado, assessor de imprensa do governo do Estado de São paulo (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista José Marques: A indicação para o Condesb foi articulada por aliados de França, em especial o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita. Foi quebrado acordo prévio, pelo qual a vez teria sido de Luiz Maurício.