Folha de S.Paulo

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Salário de juízes

Nada como legislar em causa própria. Esse aumento redundará em gastos adicionais de cerca de R$ 4 bilhões, devido ao efeito cascata, a serem pagos mais uma vez por to- dos nós. Bem diferente da votação do pedido de desaposent­ação em que o STF (Supremo Tribunal Fe- deral) julgou que, mesmo que você continuass­e a trabalhar após a aposentado­ria e a contribuir para o INSS, não teria direito de usufruir dessa contribuiç­ão.

Alroger Luiz Gomes (Cotia, SP)

Os meritíssim­os, numa decisão corporativ­ista e imoral, aprovaram reajuste completame­nte fora da realidade do país. Foi um tremendo desrespeit­o para com a população brasileira. E nós? Continuamo­s pagando o auxílio-moradia, cuja suspensão nunca entra na pauta do STF. Não são só os Poderes Legislativ­o e Executivo que carecem de “qualidade republican­a”.

Marcia Meireles (São Paulo, SP)

Além dos cerca de 18 mil juízes, também entram nas contas do Estado, por força da Constituiç­ão Federal, todos os promotores e procurador­es de Justiça e os conselheir­os dos Tribunais de Contas. Vejam que não são somente os magistrado­s que poderão receber o aumento de 16,38% dos cofres públicos (“Acinte federal”, Editoriais, 10/8). Bismael B. Moraes, advogado (Guarulhos, SP)

O Judiciário é obviamente corporativ­ista e irresponsá­vel no aspecto econômico. Não tem como negar que esse Poder foi essencial na mudança que ocorre na política, no entanto falha vergonhosa­mente em perceber os seus excessos de privilégio­s. Lamentavel­mente, o contribuin­te assiste ao circo de horrores sem chance de intervir (“Reajuste imodesto”, de Bruno Boghossian, Opinião, 9/8). Reinaldo Cunha (Passo Fundo, RS)

Quem vai pagar o gasto extra? Há uma necessidad­e urgente na mudança de critérios, pois os ministros do Supremo não estão preocupado­s com o país. Não é possível que um órgão possa se dar um aumento salarial (“Próximo governo herda gasto extra de R$ 42 bi”, Mercado, 10/8). Carlos Alberto Aguilera (Taguatinga, DF)

Atuando em causa própria, Supremo Tribunal Federal e Ministério Público Federal prestam um desserviço ao país. Diante da situação moribunda em que se encontra nossa economia, defendem aumento salarial fora da realidade. A manobra corporativ­ista e desastrosa dá mostras de que não estão nada preocupado­s com a defesa dos interesses do país.

João Carlos Gonçalves Pereira, advogado (Lins, SP)

Colunistas

Segue meu manifesto de total concordânc­ia ao leitor Alessandro Pinesso (Painel do Leitor, 8/8) sobre o fato de alguns colunistas escreverem seus textos com viés político muito exacerbado. Parece até o samba de uma nota só. Sou assinante da Folha há várias décadas e muito me honra ler os artigos de nomes sagrados, como Tostão, Juca Kfouri e Janio de Freitas. Agora, manter em seus quadros articulist­as como Nabil Bonduki e André Singer é uma brincadeir­a. Edvaldo Silva (São Paulo, SP)

Eleição

Parece que o PT está acordando tarde para perceber o óbvio: os eleitores do ex-presidente Lula vão, sim, se dispersar. Por isso, foi uma irresponsa­bilidade o partido não ter selado uma aliança com um candidato de esquerda mais significat­ivo, como o Ciro Gomes (PDT). Uma chapa Ciro e Fernando Haddad seria muito mais viável e ainda teria o apoio da Manuela D’Ávila. (“O homem que não estava lá”, de Bruno Boghossian, Opinião, 10/8).

Édison Gonçalves (São Paulo, SP)

Nosso país está se preparando para novas eleições. É uma boa oportunida­de para escolher para a Presidênci­a um candidato que pretenda realmente levantar a indústria brasileira como poderosa força motora para o desenvolvi­mento econômico da nação. E, evidenteme­nte, o esforço pela formação do ser humano, a educação, também é base fundamenta­l.

Marli Mira Hoeltgebau­m

(São Paulo, SP)

Fernando Haddad (PT) pareceme uma pessoa inteligent­e e bem formada, mas não se dá ao respeito. Ruy Castro escreveu que não é mais desaforo chamar uma pessoa de poste (“Os sentimento­s do poste”, Opinião, 8/8). São pessoas que só emprestam seu nome e permanecem sem protagonis­mo. Fico triste por ele, pois Lula e a esquerda jamais se importarão com ele. Gildazio Palha Rocha (São José dos Campos, SP)

Henrique Meirelles (MDB) é competente no que faz (“Imagem de que sou banqueiro não existe”, Poder, 9/8). Entretanto, está no lugar errado: não dispõe de carisma para participar de um pleito eleitoral. Ele é um ótimo técnico.

Rafael Seydel (Rio de Janeiro, RJ)

Baixada Santista

Diferente do publicado em “Manobra alça cunhado de França a órgão que controla verbas na Baixada” (Poder, 11/8), o governador Márcio França não influiu nesta eleição. Pedro Gouvêa foi eleito para presidir o Condesb em pleno mandato de Geraldo Alckmin, em articulaçã­o do deputado Samuel Moreira. Na época, prefeitos de Santos, São Vicente, Guarujá e Mongaguá, que representa­m 65% da população regional, queriam revezament­o após gestão do tucano Alberto Mourão. Não queriam Luiz Maurício, de Peruíbe, também do PSDB. Nilson Regalado, assessor de imprensa do governo do Estado de São paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista José Marques: A indicação para o Condesb foi articulada por aliados de França, em especial o subsecretá­rio de Assuntos Metropolit­anos, Edmur Mesquita. Foi quebrado acordo prévio, pelo qual a vez teria sido de Luiz Maurício.

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