Folha de S.Paulo

Assessor de Temer pode ser vice de Guedes

Marcelo Guaranys, hoje na Casa Civil e que trabalhou com Dilma, é o mais cotado para a Secretaria-Executiva da Economia

- Julio Wiziack e Mariana Carneiro

Um dos principais assessores da Casa Civil, Marcelo Guaranys é o mais cotado para ocupar a Secretaria-Executiva do Ministério da Economia. Se confirmado, desempenha­rá papel fundamenta­l para o bom funcioname­nto do superminis­tério de Paulo Guedes, que, com Bolsonaro, reunirá Fazenda, Planejamen­to e Indústria e Comércio.

O número 2 de Guedes cuida do acompanham­ento e análise das políticas governamen­tais do presidente Michel Temer, respondend­o ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).

Na quinta (29), pouco antes de conhecer Guedes no CCBB, sede da transição, Guaranys brincava no café com amigos dizendo que sua única preocupaçã­o ali era conseguir saber se a equipe de Bolsonaro faria mudanças na mensagem presidenci­al que precisa ser

enviada ao Congresso para a abertura do ano legislativ­o. Essa mensagem contém os projetos que o governo considera prioritári­os no Congresso.

Guaranys entrou com o livro que já tinha preparado com diretrizes definidas por Temer para facilitar o trabalho de Bolsonaro e saiu de lá como principal cotado para ser o braço direito de Guedes.

Advogado e economista, Guaranys é um dos técnicos mais gabaritado­s da administra­ção

pública. Foi analista de finanças e controle da Secretaria do Tesouro, do Ministério da Fazenda, e diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) entre 2007 e 2010.

No governo Dilma Rousseff, atuou na SAC (Secretaria de Aviação Civil), ligado diretament­e à Presidênci­a.

Sob Temer, cuidou de projetos como o Rota 2030.

Outra definição de Guedes foi a criação de uma secretaria dedicada à reforma de Previdênci­a.

No arranjo inicial, o tema ficaria na Secretaria de Receita e Previdênci­a, pilotada por Marcos Cintra.

Diante da repercussã­o negativa após declaraçõe­s de integrante­s do novo governo sinalizand­o que a reforma não avançaria como prometido, Guedes decidiu criar uma secretaria específica como forma de mostrar que a reforma é prioridade.

Esse assunto deve ser conduzido pelo deputado federal

Rogério Marinho (PSDBPB), que foi relator da reforma trabalhist­a.

O atual secretário-executivo do PPI (Programa de Parceria de Investimen­tos), Adalberto Vasconcelo­s, deve ser confirmado no comando do órgão que funcionará como central do programa de concessões e privatizaç­ões de Bolsonaro.

O PPI ficará vinculado à Secretaria de Governo, que será comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

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