Garagem do Opa
Todo mês, um acessório raro e curioso de época que só o “opa” conhece
Até o ano de 1955, os bancos dianteiros do Fusca sequer possuíam regulagem do encosto. A partir dos modelos 1956, essa função foi introduzida pela Volkswagen, porém de forma ainda bastante limitada – o que não melhoraria muito nos anos seguintes. Na verdade, levaria algum tempo até que não apenas o besouro, mas automóveis de um modo geral, começassem a sair de fábrica com confortáveis bancos ergonômicos. Por isso mesmo, o mercado de acessórios paralelos assistiu ao sucesso do encosto tipo palhinha ao longo das décadas de 1950 e 1960.
Febre entre os motoristas de táxi, o encosto tipo palhinha também era bastante procurado por aqueles que passavam muitas horas do dia atrás do volante. Fixado no encosto por meio de tiras ou cintas, o acessório possuía uma curvatura que melhor se encaixava à coluna cervical do condutor, proporcionando maior conforto e menos fadiga em viagens mais longas – melhorando a postura de modo a evitar dores nas costas, pernas, lombar e até mesmo aquela conhecida sensação de formigamento nas nádegas.
Além disso, o encosto tipo palhinha também evitava o contato direto das costas do motorista com o banco do carro, proporcionando melhor ventilação e, consequentemente, redução do suor – uma das maiores causas de manchas na tapeçaria.
Apesar de conhecido como Palhinha, o acessório nem sempre era fabricado com a fibra natural. No caso de alguns fabricantes, o material variava entre plástico, nylon e até tecido. No Brasil, o encosto anatômico era oferecido por marcas famosas como Procar e Capas Copacabana, mas haviam outras empresas. Já na Alemanha os componentes mais conhecidos levavam a assinatura Autolux e GHE.