HISTÓRIA VIVA
Em todos esses anos de revista Fusca & Cia, não raras vezes nos deparamos com fatos que contrariam as crenças e o consenso da maioria dos fãs do besouro nacional. Situações que nos levam a pesquisar ainda mais detalhadamente o assunto em questão, num verdadeiro trabalho de arqueologia. E que muitas vezes acabam por reescrever a história – que, infelizmente, a Volkswagen do Brasil, ao contrário da matriz alemã, não fez questão de preservar.
O Sedan que ilustra a seção Relíquia deste mês é prova disso. Ao contrário do que – quase – todos nós pensávamos, o sistema elétrico de 12 volts não estreou no segundo semestre de 1967, mas sim em janeiro de 1968, como comprovam antigos livros técnicos da própria Volkswagen e o modelo 6 volts jamais restaurado exibido na reportagem, cuja produção data de dezembro de 1967.
De certa forma, a reprodução do Brasilia-puma, mostrado em destaque na capa desta edição, também está reescrevendo a história, porém no sentido de reviver, já que se trata do resgate de um fato praticamente esquecido: os modelos customizados por uma concessionária carioca no final de 1973.
Em Fusca Paixão, narramos a história de um fã do besouro que levou mais de 30 anos para finalmente concretizar o projeto do que ele julga ser o modelo perfeito. Já a matéria Especial revela uma oficina na Alemanha que tem tudo para fazer história, conforme relata Eduardo Ohara – um dos fundadores do Fusca Clube do Brasil –, que esteve no local.
Por fim, a seção Técnica ensina os detalhes para a correta instalação de um conta-giros no Fusca. Instrumento que historicamente equipava apenas automóveis de corrida ou superesportivos, mas que agora parece ter caído na graça dos fãs de personalização, quer eles tenham ou não uma mecânica preparada debaixo do capô traseiro. Boa leitura!