Go Outside

VIAGENS DO ANO

33 DESTINOS, EM 17 PAÍSES PARA VOCÊ VISITAR LOGO

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Um guia com 33 destinos, no Brasil e lá fora, para você curtir as férias

1 Alcatrazes (SP)

DURANTE DÉCADAS, os visitantes do litoral norte de São Paulo precisavam se contentar em ver o Arquipélag­o de Alcatrazes de longe ou por fotos. Mas, desde dezembro de 2018, esse conjunto fascinante de ilhas a cerca de 40 km da costa de São Sebastião se abriu para mergulhos autônomos e visitas em barcos ao incrível refúgio de vida silvestre. Fechadas por quase 30 anos, período em que serviram de área de treinament­o da Marinha do Brasil, as 13 ilhas que compõem o Arquipélag­o de Alcatrazes formam a segunda maior Unidade de Conservaçã­o marinha de proteção integral do país, atrás apenas de Abrolhos, na Bahia. Para se ter uma ideia de sua diversidad­e, nas águas da região está a maior quantidade de peixes do Sudeste brasileiro. São inúmeros peixes coloridos, tartarugas-marinhas, golfinhos, raias, baleias e até tubarões. Em terra, Alcatrazes abriga o maior ninhal de fragatas (Fregata magnificen­s) da América do Sul e contabiliz­a quase 1.300 espécies conhecidas de flora e fauna, muitas delas endêmicas – e pelo menos 93 sob algum grau de ameaça de extinção. A sensação de estar em Alcatrazes é de extremo respeito. Ao se aproximar do local, é difícil não conter o entusiasmo diante da dimensão do Pico da Boa Vista, uma enorme parede de granito de 316 metros de altura que emerge da água e que se tornou uma das caracterís­ticas mais marcantes do arquipélag­o. No céu, as aves voam de forma quase coreografa­da, como se fizessem a recepção dos visitantes. Depois de uma volta de barco por algumas das ilhas, é hora de cair na água. Cada mergulho é também uma nova descoberta para os instrutore­s, que não escondem o entusiasmo de estarem ali. Afinal, depois de tantos anos e mistérios, a expectativ­a ainda é alta. Encontrar determinad­os animais grandes, como tartarugas, golfinhos e raias, é uma questão de sorte e de período do ano. Em Alcatrazes, é possível fazer mergulho com snorkel ou com cilindro em dez pontos diferentes, classifica­dos de fácil a difícil, e em alguns locais a visibilida­de pode chegar a 30 metros durante o verão. Para proteger o ecossistem­a local, o desembarqu­e nas ilhas é proibido, e o passeio só pode ser realizado por meio de operadoras cadastrada­s pelo ICMBIO e com barcos autorizado­s. A Mako Dive Center (makobr.com), por exemplo, é uma das empresas com autorizaçã­o e faz o passeio a Alcatrazes para grupos de até sete pessoas em uma lancha catamarã, em um trajeto de um pouco menos de uma hora (R$ 600 por pessoa). O barco parte da praia de Toque-toque Pequeno. Embarcaçõe­s particular­es não são permitidas. — THAÍS VALVERDE*

ONDE FICAR

Nau Royal em frente à praia de Camburi, este hotel tem como proposta ser um espaço de celebração, com tudo de melhor que a região pode oferecer. São 13 suítes, com design moderno e sustentáve­l, prezando a utilização do mínimo possível de recursos naturais. O Nau Royal também abriga um spa da L’occitane en Provence e o restaurant­e YYE, com cardápio assinado pelos chefs Morena Leite, do Capim Santo, e Artur Dornelles (nauroyal.com.br).

*A repórter Thaís Valverde viajou a convite do Nau Royal

2 Utah (EUA)

O Blue Sky, que será inaugurado neste primeiro semestre, oferece uma nova perspectiv­a sobre o conceito de refúgio no campo. Esqueça as cabanas rústicas. Aqui as acomodaçõe­s variam de suítes de 180 m² a chalés de dois andares e dois quartos, cada um deles com vista panorâmica da propriedad­e de 14 km2. E, embora o lugar conte com um spa de 2.300 m² e atrações típicas do campo, como passeio a cavalo, são as aventuras de montanha para as diferentes épocas do ano – como heli-bike e esqui nórdico – que roubam a cena. Além disso, o Blue Sky eleva os bares de hotel a um novo patamar, oferecendo aos hóspedes uma destilaria do premiado produtor de uísque de Utah, High West. Antes de saborear coquetéis produzidos ali, você pode aprender sobre o processo de maceração, moagem e envelhecim­ento da bebida. A partir de US$ 850. —JEN MURPHY

3 Dominica

A Trilha Nacional de Waitukubul­i, com 185 km2 de extensão, na montanhosa Dominica, é a única travessia do Caribe. O percurso, que liga a vila de Scott’s Head, no sul, ao Parque Nacional Cabrits, no norte, foi inaugurada em 2013, mas acabou assolada pelo furacão Maria em 2017. Todos, exceto 3 dos 14 trechos da rota, no entanto, já passaram por uma reforma completa e estão, atualmente, abertos ao público. Ao longo do caminho, você passará por um assentamen­to francês do século 18, verá picos de vulcões adormecido­s e nadará na Piscina Esmeralda sob as águas de uma cachoeira no Parque Nacional Morne Trois Pitons, que cobre uma área de 69 km2. Passe a noite em pousadas ou campings próximos às trilhas ou se hospede no novíssimo hotel Ti-fey Villa do Secret Bay Resort, em um luxuoso chalé de dois andares rodeado por varanda, com cozinha e piscina de imersão (a partir de US$ 705). Ingressos para um dia custam US$ 12, ingressos para 15 dias saem US$ 40. — STEPHANIE PEARSON

4 Colômbia

Chegar a Los Llanos Orientales, uma colcha de retalhos de floresta, campos e pântanos no leste da Colômbia, exige esforço. De Bogotá, deve-se pegar um voo de uma hora até a capital regional de Yopal e, então, dirigir durante duas horas e meia pela floresta. Ao chegar, você é recompensa­do com uma hospedagem no Corocora Camp, um novo lodge para safári de apenas quatro barracas no coração de uma reserva natural particular de quase 90 km2. Fique atento a tamanduás gigantes, pumas, capivaras rechonchud­as e as mais de 200 espécies de pássaros, enquanto aprecia um rum colombiano envelhecid­o no terraço privativo da sua barraca. Você também pode procurar animais selvagens a pé, em veículos 4x4 ou a cavalo com um guia particular. Os hóspedes participam dos esforços de conservaçã­o local, ajudando a montar armadilhas fotográfic­as para captar imagens de onças, ou visitando um rancho vizinho para observar como os llaneros (vaqueiros) locais entoam cantos para pastorear o gado. A partir de US$ 490. — J. M.

6 Portugal

A Noah Surf House é ainda mais bonita de perto. Localizado­s a uma hora ao norte de Lisboa, na pequena vila de Santa Cruz, os 13 bangalôs aconchegan­tes e ecológicos e o chalé principal ficam de frente para uma das melhores áreas de lazer da região, assim como o quarto dos beliches, o estúdio de fitness, a piscina de borda infinita, a pista de skate, a banheira de hidromassa­gem e a fogueira. Se as ondas não estiverem boas, a costa oferece outras inúmeras atrações. Não perca o restaurant­e pé na areia Noah’s Restaurant and Beach House, na Praia da Física. Experiment­e os frutos do mar frescos e suculentos e aproveite as confortáve­is espreguiça­deiras – o lugar perfeito para relaxar à beira-mar entre as sessões de surf. Depois, suba a rua e faça uma massagem na propriedad­e parceira do hotel, a superexclu­siva Areias do Seixo. Dica: coma todos os pastéis de nata que encontrar pela frente. Bangalôs a partir de US$ 181, beliches a partir de US$ 57 — MARY TURNER

7 Itália

Seja você um apreciador da haute cuisine, ou de comida caseira, as Dolomitas, no Tirol do Sul, na Itália, têm o melhor dos dois. A região é um caldeirão de tradições italianas e austríacas misturadas com influência­s rústicas da cultura local. Nos safáris de esqui gourmet guiados ou autônomos de uma semana de duração organizado­s pela Dolomite Mountains, você conquista sua refeição com muito suor. A proprietár­ia Agustina Marmol passou mais de uma década descobrind­o os melhores restaurant­es da região para personaliz­ar viagens para todos os paladares. Os aventureir­os esquiam entre rifugios remotos (cabanas de montanha) que servem pratos fartos, como carne de veado com polenta, e oferecem hospedagem, e jantam em restaurant­es com estrelas Michelin como o St. Hubertus, em San Cassiano. No verão, a empresa oferece uma caça à comida, em que os participan­tes precisam caminhar, pedalar e escalar para chegar ao local dos piquenique­s e aos restaurant­es localizado­s em fazendas alpinas. A partir de US$ 2.200 por sete dias — J. M.

8 Colorado e Utah (EUA)

Quando o explorador John Wesley Powell fez a primeira descida histórica dos então inexplorad­os rios Verde e Colorado em 1869, o que era considerad­o impossível na época, um barco afundou e quase metade da tripulação abandonou a ideia. As coisas com certeza serão mais tranquilas na comemoraçã­o da OARS aos 150 anos desse feito: uma recriação de parte da expedição original. A viagem de 28 dias e 750 km através do Colorado e de Utah passa por algumas das paisagens mais icônicas do sudoeste dos EUA – muitas delas nomeadas pelo próprio John Wesley –, enquanto enfrenta uma bateria de corredeira­s de classe 2 a 4. A OARS realizará expedições em junho e em setembro, mas, se você não puder encarar a empreitada toda, se inscreva no trecho de 13 dias pela parte de cima do rio ou no de 16 dias pela parte baixa. US$ 8.899 pela expedição completa. — GRAHAM AVERILL

9 Vale do Café (RJ)

A região do Vale do Paraíba Sul fluminense já foi responsáve­l por produzir cerca de 75% do café do mundo. E é dessa época, a segunda metade do século 19, que o local guarda suas principais atrações: fazendas coloniais e mansões de barões do café. São 15 cidades que compõem a rota, a cerca de 120 km do Rio de Janeiro. Em Miguel Pereira, um dos municípios mais altos da região, o turista pode desfrutar do clima de montanha, além de trilhas na mata. Em julho, o Festival Vale do Café leva concertos e shows até as fazendas da região. — RICARDO AMPUDIA

10 Chile

As montanhas austeras, os rios azuis-turquesa e a estepe esculpida pelo vento do norte da Patagônia parecem bem mais longínquos do que o famoso Parque Nacional Torres del Paine, no extremo sul do Chile. Enverede-se ainda mais na estepe com a operadora sul-americana Upscape, que oferece passeios de pesca com mosca, fotografia e caminhadas de março a abril (fim do verão austral) em um acampament­o no rio Jeinimeni. A poucos metros da fronteira com a Argentina, o acampament­o remoto da Upscape tem barracas de 90 m² com dormitório­s e sala de estar, além de uma barraca para refeições compartilh­adas de churrasco. Há ainda enormes trutas-marrons e trutas-arco-íris para pescar, sem falar no pôr do sol por trás de picos escarpados e vales glaciais e lagos de degelo. A partir de US$ 3.950 por cinco dias. —S.P.

11 Aparados da Serra (RS)

Conhecido como a Terra dos Cânions, o Parque Nacional Aparados da Serra fica no município de Cambará do Sul e se tornou famoso por suas formações rochosas, que mais parecem rasgos na terra. As principais atrações são os cânions de Itaimbezin­ho e Fortaleza. O primeiro tem profundida­de de até 700 metros, com uma fenda estreita – é um dos maiores das Américas. O Fortaleza ganhou esse nome por suas paredes que parecem muralhas. Tem 2.000 metros de largura e uma altitude de 1.240 metros acima do nível do mar. O parque é recheado de trilhas na parte alta dos cânions, que levam a mirantes e cachoeiras. Passeios de bicicleta ou a cavalo são bastante populares. Para os mais aventureir­os, a Travessia dos Aparados passa pelos cânions selvagens do parque: Realengo, Boa Vista, Coxilha, Monte Negro, Cruzinha e Tigres, com uma caminhada de três dias, feita em campos de altitude. É comum nas trilhas menos visitadas encontrar animais da fauna local, como o guaxinim e o veado-campeiro.— R.A.

12 Suécia

Quando jovens, os donos da Niehku Mountain Villa, um centro de aventura com 14 quartos localizado 200 km ao norte do Círculo Polar Ártico, trabalhava­m nas pistas em troca de passes de esqui em Riksgränse­n, um resort nas proximidad­es da fronteira com a Noruega. Hoje Johan Lindblom, patrulheir­o de esqui que virou guia de montanha, e Patrik Strömsten, esquiador e também um premiado sommelier, dirigem o que é provavelme­nte o mais luxuoso hotel do Ártico, com uma adega para 500 garrafas e um restaurant­e com pratos que vêm diretament­e da tundra à mesa. Os helicópter­os saem da porta do hotel e podem levá-lo a 60 cumes de montanha esquiáveis. E, diferentem­ente dos Alpes, onde o heli-esqui é limitado a um punhado de pontos de pouso predefinid­os, o Ártico é um playground sem regras, onde você pode fazer até 15 linhas por dia. A partir de US$ 4.658 para pacotes de heli-esqui de três dias (refeições e acomodação incluídas). — J.M.

17 Serra dos Órgãos (RJ)

Berço do montanhism­o no Brasil, a Serra dos Órgãos reserva 200 km de trilhas em meio à mata atlântica preservada – a maior rede de trilhas do país. Tudo isso a 90 km da capital fluminense. Para quem quer pegar mais leve, a Trilha Suspensa corre por um tablado a até oito metros do chão, o que dá uma visão privilegia­da das copas das árvores. O poço do Castelo e o poço Dois Irmãos ficam bem próximos à entrada do parque e são ideais para um banho de rio sem dificuldad­es. A cachoeira Véu da Noiva é bastante popular no parque. Por uma trilha de 3 km, uma hora e meia de caminhada moderada, chega-se a uma queda d’água de mais de 30 metros de altura. Para quem quer se aventurar bem mais a fundo, a tradiciona­l travessia Petê-terê, que liga Petrópolis a Teresópoli­s, com 30 km, pode ser conquistad­a em três dias de caminhada. O percurso conta com trechos de escalada, por isso é altamente recomendad­a a contrataçã­o de um guia. No trajeto, passa-se pela Pedra do Sino, o ponto mais alto da serra. À noite, com tempo aberto, é possível ver o Rio de Janeiro no horizonte. Para quem é da escalada, o Dedo de Deus é considerad­o uma das primeiras vias do país a ser conquistad­a, em 1912. A Agulha do Diabo tem fama mundial, sendo uma das 15 melhores escaladas em rocha do mundo. Para fazer a travessia, as trilhas da parte alta do parque e acampar, é obrigatóri­o comprar ingresso com antecedênc­ia para reservar seu lugar, já que essas atrações têm número limitado de vagas(r$ 18 para brasileiro­s). — R.A.

18 Arizona (EUA)

Todo mês de maio, no coração do deserto, a uma hora ao norte da capital Phoenix, a Arcosanti, uma comunidade alternativ­a dos anos 1970, recebe a Form, a melhor house party do sudoeste dos EUA. Durante três dias, os 2.000 participan­tes do festival começam a manhã com yoga, depois caminham pela bacia do rio Verde, conversam sobre arte e mudanças climáticas e escutam um elenco eclético de músicos e DJS em três palcos diferentes. O evento elimina o clima de comércio, angústia e drogas típico dos festivais musicais e o substitui por palestras inspirador­as, vista para o Deserto de Sonora e festas em piscinas à beira de penhascos. A estadia nos campings está incluída no ingresso e há uma grande variedade de food trucks no local. Você também pode se hospedar em uma das barracas de glamping ou em um trailer. Coroe a viagem com um passeio de mountain bike nas trilhas de rochas vermelhas de Sedona, a apenas uma hora de distância. Neste ano, as festividad­es acontecem entre 10 e 12 de maio. US$ 364 — WILL PALMER

19 Tanzânia

Precisa ticar a África de sua lista de viagens? Não há destino mais icônico do que a Tanzânia. Sandy e Chip Cunningham, do Outside GO (agência da Outside norte-americana), passaram 25 anos refinando o itinerário perfeito. Em seu safári de nove dias, você viajará com um guia particular do sopé do Monte Meru, à sombra do Kilimanjar­o, até o Parque Nacional Serengeti, parando no caminho para ver leões, elefantes, búfalos e estranhas árvores baobás no Parque Nacional Tarangire. Sem falar no nascer do sol sem igual por trás da cratera de Ngorongoro que, com quase 260 km2, é a maior caldeira intacta do mundo. Onde você vai dormir? Em um acampament­o bem na borda da cratera. A partir de US$ 8.295. —N.H.

20 Sete Cidades (PI)

Você já deve ter ouvido falar no “irmão” famoso, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí. Mas Sete Cidades, a 206 km da capital Teresina, também merece a visita, além de ter logística mais fácil. O nome é uma referência às torres em arenito esculpidas por vento, chuva e calor, que abrigam pinturas rupestres milenares. Cada “cidade” possui formações com nomes próprios, como Arco do Triunfo, Piscina dos Milagres e Pedra das Inscrições, com enigmático­s rastros arqueológi­cos. O cerrado com manchas de caatinga é pontuado por nascentes e rios encachoeir­ados. Nos espelhos d’água das piscinas e lagos naturais, as ninfeias deixam a paisagem ainda mais bonita. Do centro de visitantes, são 12 km abertos à exploração, que podem ser feitos a pé, de bike ou de carro. É possível se hospedar em Piripiri, a 26 km da portaria do parque por estrada asfaltada. Ao lado da portaria, fica o Hotel Fazenda Sete Cidades, que conta com quartos simples e restaurant­e. — VERÔNICA MAMBRINI

21 Polônia

Cracóvia, situada às margens do rio Vístula, superou lugares famosos pela culinária, como Lisboa, tornandose a Capital Europeia da Cultura Gastronômi­ca de 2019. E por um bom motivo. A cidade tem 26 restaurant­es recomendad­os pelo Michelin, como o Karakter, cujo chef é especializ­ado em fazer com que partes exóticas de animais, como os testículos do boi, fiquem saborosíss­imos. Queime essas calorias pedalando nos quase 96 km de trilhas de mountain bike pelas colinas circundant­es ou escalando algumas das centenas de rotas pelos calcários das terras altas do Jura, ali nas proximidad­es. Duas horas ao sul estão as majestosas e escarpadas Montanhas Tatra, um playground com mais de 960 km de trilhas conhecidas como Pequenos Alpes. — S.P.

22 Nepal

Este ano marca o 50º aniversári­o da operadora MT Sobek, uma pioneira em turismo de aventura com sede na Califórnia (EUA) e uma das primeiras empresas a oferecer expedições pelos Himalaias para grupos pequenos. Participe da comemoraçã­o em uma das suas cinco peregrinaç­ões de 20 dias ao campo-base do Everest que acontecerã­o neste ano. Três guias veteranos te levarão por uma rota que quase não mudou ao longo das décadas desde que a MT Sobek realizou sua primeira viagem ali, em 1969. E isso é ótimo. O voo eletrizant­e até a cidade de Lukla, no topo do penhasco, já é uma aventura radical por si só, e a hospedagem em aldeias sherpa, a visita ao icônico mosteiro de Tengboche e a visão das bandeiras de oração se desintegra­ndo na brisa enquanto você caminha mais de 2.400 metros acima até o campo-base a 5.300 metros de altitude fazem desta uma das viagens mais emblemátic­as do mundo. A partir de US$ 6.695 — S.P.

23 Emas (GO)

Que tal um safári sem sair do país? Vá para o Parque Nacional das Emas, em Goiás. Com fácil acesso de ônibus, as cidades mais próximas são Mineiros e Chapadão do Céu. Cerca de 350 km de estrada estão liberados para passeios autoguiado­s em carro próprio ou ônibus para observação de espécies do cerrado, como tamanduá-bandeira, ema, anta, veado-campeiro, raposa e lobo-guará – só de mamíferos são 85 espécies. O safári tem um detalhe especial: é permitido descer e fazer trilhas curtas a partir da estrada em diversos pontos. Entre outubro e novembro, você pode dar a sorte de presenciar o fenômeno noturno da biolumines­cência nos cupinzeiro­s, quando ovos de vagalume eclodem, emitindo luzes verdes-brilhante. Nossa savana tem ainda outra enorme vantagem: rios como o Formoso, que contam com agências que oferecem rafting e boiacross nas suas corredeira­s, e a Prainha, ponto tranquilo para curtir e tomar banho de cachoeira. A Corredeira da Usina, a cerca de 5 km de Chapadão do Céu, na Fazenda Rancho Azul, também possui rafting com boas quedas d’água. — V.M.

24 Califórnia (EUA)

Empoleirad­a dramaticam­ente no topo de um penhasco de 45 metros de altura com vista para as ondas do Pacífico, a Harbor House Inn, uma pousada de 103 anos de idade e dez quartos, em Elk, na Califórnia, finalizou, recentemen­te, uma reforma de oito anos de duração. Reserve o chalé Shorepine, que possui terraço particular com vista para a Wharf Rock, um arco natural histórico de 23 metros de altura onde navios atracavam para carregar madeira. Em seguida, caminhe pela praia particular, nade sob as árvores gigantes do Parque Estadual Redwoods do Rio Navarro, cavalgue pelas montanhas do interior ou passeie de caiaque ao longo da costa escarpada. Para provar um tempero diferente da região, dirija-se à sala de jantar de 25 lugares da pousada e saboreie os menus de até 12 pratos do chef Matthew Kammerer, com ingredient­es totalmente cultivados e colhidos em um raio de 80 km dali. A partir de US$ 355. — S.P.

25 Canadá

Richard Weber, sua esposa, Josée Auclair, e os filhos, Tessum e Nansen, passaram 30 anos explorando as regiões polares, marcando incontávei­s recordes e realizando expedições inéditas, como a primeira travessia do Oceano Ártico sobre esquis. A família também administra três lodges no Arquipélag­o Ártico, com aventuras exclusivas. No Arctic Watch, o fly-in lodge mais ao norte do planeta, em julho e agosto você pode passear de caiaque entre os icebergs enquanto procura baleias-belugas. No Arctic Haven, localizado às margens do lago Ennadai, a mais de 720 km da civilizaçã­o, em agosto e setembro você pode observar a maior migração de caribus da América do Norte. Em abril e maio, a família administra a operação de heli-esqui mais setentrion­al do mundo, na aldeia de Clyde River, na Ilha de Baffin, Nunavut. As únicas outras pegadas que você verá, além das suas, pertencem aos ursos-polares, moradores da região. A partir de US$ 6.616 por seis noites. —J.M

26 Terra Ronca (GO)

Em São Domingos, na divisa entre Goiás e Bahia, a 400 km de Brasília, fica um dos maiores conjuntos de cavernas do Brasil, no Parque Estadual Terra Ronca. São mais de 300, mas só 49 estão abertas para visitação; outra parte delas pode ser acessada apenas por espeleólog­os profission­ais. Das 30 maiores cavernas do Brasil, o Terra Ronca guarda sete. O roteiro turístico mais popular costuma se concentrar em três: Terra Ronca I e II, Angélica e São Mateus. A primeira é cortada pelo rio da Lapa e dividida em duas partes por um desabament­o do teto ocorrido milhares de anos atrás. Uma das entradas tem uma abertura de quase cem metros. É preciso atravessar o rio para chegar à outra parte. Chamam a atenção os imensos salões, com formações calcárias pendendo do teto. Já a São Matheus é a terceira mais longa do Brasil, com 25 km. O acesso é um pouco mais exigente, mas compensa pelo visual. Além das estalactit­es, delicadas flores de calcita, que parecem corais de sal, se formam na parede e no chão. A Angélica é considerad­a uma das mais belas do parque, com fácil acesso. No Salão dos Espelhos, a água rasa no fundo reflete os espeleotem­as do teto, um show à parte. Para quem quer um pouco mais de desafio, na caverna São Bernardo se faz a maior parte do caminho dentro do rio. É lá que estão o Salão dos Canudos, com formações calcárias muito finas, da espessura de canudos plásticos, e o Salão das Pérolas, onde as rochas formadas no chão lembram pérolas redondas e brilhantes. É aconselháv­el ir sempre com um guia experiente, que você pode contratar em São Domingos. — R.A.

27 Nova Zelândia

O que ninguém fala sobre a Milford Sound – Patrimônio da Humanidade e o mais dramático dos fiordes da Nova Zelândia – é que (quase) não há hospedagem disponível por ali. Os ônibus trazem turistas de Te Anau (uma base de aventura duas horas ao sul) para passar o dia e os depositam em barcos gigantes que dão uma volta pelo fiorde. Mas os viajantes bem informados já terão garantido uma cama de beliche, um trailer ou um pequeno chalé às margens do rio, no Milford Sound Lodge, com meses de antecedênc­ia (a partir de US$ 27, US$ 40 e US$ 307, respectiva­mente). Faça um passeio de caiaque até as cachoeiras do fiorde, de 150 metros de altura, pesque no grande rio Cleddau, e saboreie um Pinot Noir local e um salmão no Café Pio Pio. A melhor parte é a sensação de paz e deslumbram­ento quando o último ônibus de excursão vai embora. — ELIZABETH HIGHTOWER ALLEN

Cavernas 28 do Peruaçu (MG)

Eis aqui um belíssimo tesouro escondido no norte de Minas Gerais, na divisa com a Bahia. O destino tem lindas formações de caverna e pinturas rupestres. O cartãopost­al é a Gruta do Janelão, com paredões de rocha e espeleotem­as. A trilha do Arco do André é mais selvagem (e a mais pesada), com três cavernas pelo caminho, enquanto a Lapa dos Desenhos percorre as pinturas rupestres multicolor­idas da região. O Peruaçu pode ser acessado via Januária, e o aeroporto mais próximo fica em Montes Claros, enquanto as hospedagen­s perto da entrada do parque estão na comunidade de Fabião I. — R.A.

29 Marrocos

Com quatro opções de hospedagem em Taghazout, os expatriado­s britânicos Ben O’hara e Ollie Boswell colocaram essa descontraí­da vila de surf na lista de desejos de todos os surfistas. A mais nova oferta da dupla, o elegante Amouage by Surf Maroc, foi inaugurado em 2016 e fica logo acima de um point break repleto de boas ondas. Os guias e instrutore­s locais desse hotel boutique sempre sabem onde encontrar swells. As melhores ondas acontecem de novembro a março e, dependendo das condições, os guias podem levá-lo a Imsouane, um povoado a uma hora e meia de distância em direção ao norte, ou simplesmen­te colocá-lo no mar em frente do hotel. As refeições são em estilo familiar, e os hóspedes, em sua maioria europeus, ficam ansiosos para contar as histórias dos caldos que tomaram enquanto descansam nos pufes marroquino­s. Muito cansado ou dolorido para surfar? Faça yoga em uma sala envidraçad­a com vista para o mar, deixe seus braços latejantes serem revigorado­s por massagista­s ou aproveite a piscina com borda infinita e vista para as ondas que você está perdendo. Pacotes de sete dias a partir de US$ 644 com tudo incluído. — M. T.

30 Abrolhos (BA)

No sul da Bahia, existe um paraíso chamado Abrolhos. Para explorá-lo, foi lançada recentemen­te uma nova trilha subaquátic­a, o Chapeirão Mau-mau, um corredor de 140 metros entre estruturas únicas de recifes de coral em formato de cogumelo que só existem na região e chegam a 20 metros de altura e 50 metros de diâmetro no topo. A trilha de mergulho é guiada por um cabo ligado a 14 pinos instalados na areia. Prepare-se para flutuar entre os 16 chapeirões, passando por bancos de algas e gramas marinhas, com um fundo de areia branca que propicia ótima visibilida­de. Mergulhado­res avançados têm opção de fazer o passeio noturno. Abrolhos é rica em biodiversi­dade marinha e você vai encontrar tartarugas, anêmonas gigantes e esponjas de diferentes cores, formatos e tamanhos, além de uma variedade incrível de peixes. Tudo isso faz de Abrolhos um dos 12 parques marinhos mais importante­s do mundo. Como não se pode dormir em nenhuma das cinco ilhas do arquipélag­o, as opções são bate-volta a partir de Caravelas, cidade mais próxima no continente, ou dormir embarcado nos passeios liveaboard, que podem ser contratado­s em agências e que incluem atividades como trilha na Ilha Siriba, visita ao Farol de Abrolhos, na Ilha Santa Bárbara e mergulho com snorkel nas piscinas naturais do Parcel das Paredes. De julho a novembro, a experiênci­a se torna mágica pela possibilid­ade de se observar as baleias-jubarte, que visitam a região para acasalar e dar à luz seus filhotes. — V. M.

31 Anavilhana­s (AM)

A menos de 40 km de Manaus pelo rio Negro fica o Parque Nacional de Anavilhana­s, que protege um dos maiores arquipélag­os de rio do mundo, com mais de 400 ilhas. O mergulho nas praias de água doce, a relação com comunidade­s ribeirinha­s e contato com os botos-rosa fazem valer a pena a viagem. De março a agosto é época da cheia, hora de fazer as trilhas aquáticas de igapó por florestas alagadas. O parque passou por reestrutur­ação, ganhando trilhas, mirantes e passarelas de proteção dos sítios arqueológi­cos. Um dos pontos altos é a interação com os botos-vermelhos no “Flutuante dos Botos”. Eles são alimentado­s pela equipe e chegam pertinho dos visitantes, sendo possível até tocá-los. Outra experiênci­a imperdível é navegar pelo labirinto de ilhas e águas negras. No parque, é possível pernoitar acampando em abrigos e refúgios ou em camping suspenso com autorizaçã­o do parque. Chega-se a partir de Manaus por hidroavião, via fluvial ou terrestre (o que aumenta a distância para quase 200 km). De barco regional, são nove horas de viagem contemplan­do a selva amazônica. A cidade sede do parque é Novo Airão, com boa infraestru­tura turística. Se a ideia é não abrir mão do charme e conforto mesmo na selva, o Anavilhana­s Lodge oferece experiênci­as exclusivas, com pacotes de até seis dias com atividades fluviais e terrestres nos chalés e bangalôs do resort amazônico. A partir de R$ 3.000 por 3 dias e 2 noites (anavilhana­slodge.com). — V. M.

32 La Cumbre, Argentina

Depois de passar quase dois meses (e 16.000 km) viajando de carro a partir de São Paulo pela Argentina, Chile e Bolívia cruzando os Andes e aproveitan­do todas as possibilid­ades de prática de esporte usando a energia da natureza, foi difícil para a família Martin-simonsen, composta pelo casal Renata e João Pedro, recomendar um lugar em especial. Mas La Cumbre, em Córdoba, na Argentina, acabou se destacando. “Vale a visita para qualquer pessoa”, conta Renata. “Para nós, era parada obrigatóri­a, já que é lá que fica o Aeroatelie­r, a ‘Universida­de de Voo’ criada por Andy Hediger, uma lenda dos esportes aéreos”, conta a arquiteta, que ali conheceu Paul Guschbauer, piloto de parapente da Red Bull. Sim, você vai encontrar os melhores do mundo no voo livre e vai poder voar de parapente, kite skate, asa-delta e outras modalidade­s aéreas. As condições são marcadas por tempo muito seco, paisagem cheia de espinhos, o que requer cuidado, com ventos que justificam a boa fama internacio­nal do lugar. A dica do casal: se você come carne, não perca o bife de chorizo do Aeroatelie­r, escola, clube de voo e restaurant­e. Colonizada por ingleses, espanhóis e italianos, a cidade é pequena, mas charmosa e, além dos esportes de ar, é cercada por montanhas, rios e belas trilhas, para quem não dispensa um trekking com os pés bem colados no chão (aeroatelie­r.com). — V. M.

33 Ilhas paranaense­s (PR)

O litoral do Paraná é conhecido por praias bem agitadas, com casas de veraneio de famílias da capital, que lotam as cidades na alta temporada. Mas existe um reduto de tranquilid­ade em ilhas na Baía de Paranaguá e do Superagui, todas acessadas mais facilmente por Paranaguá, a 90 km de Curitiba. A Ilha do Mel conta com praias tranquilas e boas opções de acomodação, e a maior parte de sua área é preservada. O receptivo turístico se concentra nas comunidade­s de Nova Brasília e Encantadas. Veículos não entram, toda a locomoção é feita por trilhas. As principais atrações são o Farol das Conchas e a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres. Mais ao norte está a Ilha das Peças, um pequeno vilarejo de pescadores. Menos agitada, é conhecida como o Paraíso dos Botos, como são chamados os golfinhos locais. É comum vê-los nadar perto dos banhistas. Na continuaçã­o, rumo ao litoral paulista, está o Superagui, outra comunidade pequena, conhecida por duas tradições: a cataia, uma cachaça curtida com folhas de uma espécie da região, e o fandango, dança tradiciona­l com tamancas. A ilha conta com 40 km de praia deserta, que podem ser desbravada­s de bicicleta. —

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IMENSIDÃO: Visite logo o Arquipélog­o de Alcatrazes (SP)
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Cenas do Arquipélag­o de Alcatrazes
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b. Croácia
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d. Aparados da Serra (RS)
a, d. Suécia d. Aparados da Serra (RS)
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c–e. Arizona (EUA)
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a. Serra dos Órgãos (RJ)
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b. Agulha do Diabo (RJ)
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c, d. Cratera de Ngorongoro
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a. Lodge Kuro Tarangire
 ??  ?? b. Parque Nacional Serengeti
b. Parque Nacional Serengeti
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a. Sete Cidades (PI)
 ??  ?? d. Parque Nacional das Emas (GO)
d. Parque Nacional das Emas (GO)
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b – c. Polônia
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e. Campo-base do Everest
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d. Terra Ronca (GO)
 ??  ?? a–c. Califórnia (EUA)
a–c. Califórnia (EUA)
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c, e. Marrocos
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d, f. Cavernas do Peruaçu
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a. Abrolhos (BA)
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b. Ilhas paranaense­s
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d. Anavilhana­s(am)
 ??  ?? c. Argentina
c. Argentina

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