Uniforme hi-tech
Tecido tecnológico vai ser usado por nossos atletas
Uma das inovações das quais a seleção brasileira vai se beneficiar são uniformes em Emana, um tecido tecnológico originalmente criado pela indústria química Rodhia, no Brasil, de patente nacional. Arthur Gáspari, analista de desempenho da ABEE, é responsável por um dos estudos realizados no Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unicamp que mostrou como o tecido ajuda no desempenho esportivo. Isso acontece pois o material consegue absorver o calor do corpo e devolvê-lo na forma de radiação infravermelha, melhorando a microcirculação sanguínea e retardando a fadiga muscular.
O tecido, chamado comercialmente de Emana, já está disponível no mercado há anos para fins cosméticos, como na redução de celulite. “Mas comprovamos que ele pode ter outra finalidade, a de aumentar o desempenho.” Algumas empresas já começaram a vendê-lo com essa bandeira, como Lupo e Track & Field. Os dois primeiros estudos feitos para analisar essa propriedade foram com ciclistas recreacionais, e ficou comprovado que funciona com essa população. O último estudo, apresentado no doutorado de Arthur, se dedicou a confirmar isso com atletas de alto nível. Por conta de exigências técnicas da camiseta de competição, ele não poderá ser feito de Emana, mas peças de treino e passeio, como agasalhos e pijamas, serão confeccionados com o tecido. “Aparentemente, quanto mais você usar as peças com esse tecido, mais efeitos sentirá no desempenho. O uso deve ser feito no dia a dia, incluindo os treinos”, explica Arthur.