Tchau, sofá
A recuperação é a nova fronteira do desempenho atlético. Quanto melhor você se recupera, mais pode treinar. Atualmente, há uma onda de novos dispositivos e tecnologias para recuperação chegando ao mercado constantemente, e a ideia de que existe uma versão ideal de nós mesmos apenas esperando que utilizemos os recursos certos e façamos as coisas certas para alcançar nosso pico de performance está cada vez mais disseminada. se tantas novidades te deixam com medo de estar perdendo algo, uma forma de se informar e se tranquilizar é ler Good to Go, livro da atleta e escritora Christie Aschwanden sobre os mais distintos métodos de recuperação. Nele, a jornalista aborda tanto as técnicas mais inovadoras quanto as clássicas, sempre tentando responder à pergunta: o que funciona e o que não funciona? A seguir, destaques de uma entrevista que ela deu à National Public Radio sobre alguns dos principais tópicos do livro:
Good to Go: What the Athlete in All of Us Can Learn from the Strange Science of Recovery, de Christie Aschwanden. US$ 28 | 312 páginas | norton.com; christieaschwanden.com
Bebidas esportivas “eletrólito” é apenas o nome científico dado aos sais. são substâncias que obtemos de todos os alimentos que comemos. A ideia das bebidas com eletrólitos é que, quando você se exercita, precisa repor os sais que está perdendo. Hoje existem produtos que prometem encontrar suas taxas de suor e de perda de sais específicas, mas você não precisa de um cientista para descobrir quanto tem que beber ou qual quantidade de sal precisa repor depois do exercício. Nossos corpos possuem um mecanismo realmente sofisticado para nos ajudar a fazer isso: a sede.
Barras energéticas e o que comemos depois do treino
Nos últimos anos, há uma tendência em pensar que as barrinhas são exatamente o que você precisa comer durante e após um treino. Não há nada de errado com esses produtos, que costumam ter bons ingredientes e nutrientes que você precisa depois do treino. Fora isso, não existe nada de especial nelas, além de serem práticas. em vez de um produto processado, você pode comer uma banana ou um sanduíche de pasta de amendoim e geleia e obter o mesmo resultado.
Gelo para evitar dores musculares
A ideia por trás do uso de gelo é que ele é uma forma de reduzir a inflamação. Quando você põe gelo em uma parte do corpo, ela recebe menos fluxo sanguíneo e, portanto, menos elementos inflamatórios. Antes reduzir a inflamação era algo considerado ótimo. Agora esse pensamento está mudando: inflamação é uma parte importante da resposta aos treinos. se você se exercita para ficar em forma, mais rápido ou mais forte, precisa desse processo inflamatório. então a inflamação é, na verdade, um processo de reparação. sem isso, o corpo não sofre as mesmas adaptações que com ela.