“Nunca apaguei nada das minhas redes sociais”
O currículo da brasileira Karina Oliani, 36 anos, enche os olhos: a médica especializada em emergências em áreas remotas foi a brasileira mais jovem a escalar o Everest, consagrou-se bicampeã brasileira de wakeboard, tem recorde de apneia e ainda é piloto de helicóptero – para citar algumas de suas realizações outdoor. Mas é difícil ignorar que Karina também é uma loira atraente com corpo modelado por horas de treino, eventualmente exposto em alguma foto de biquíni em seu Instagram – com cerca de 180 mil seguidores e hoje gerido por uma equipe, com sua supervisão. “Penso bastante nas fotos que postamos. Mesmo se for alguma foto de biquíni, é porque fui para aquela praia fazer algo legal, e a pessoa vai me ver na foto como me veria pessoalmente”, diz Karina, que defende que até um corpo em forma pode ser uma ferramenta de incentivo. “Faz diferença para muitas que acabam trocando o sofá por um treino, seja para ter um corpo mais bonito ou para fazer uma expedição”, fala. Para ela, exemplos públicos de mulheres fortes são positivos, acredita a também produtora e apresentadora, que estreia uma série mundial de aventura e exploração científica lançada pelo Facebook. Recentemente, em uma foto sua de biquíni, ela escreveu, em tom de protesto e deboche: “O preconceito em relação às mulheres é fundamentado na história. Adoro isso! Qualquer surpresa pode ser mera competência”.