“Rotular uma pessoa por sua rede social é errado”
A surfista brasileira de longboard Chloé Calmon, 24 anos, convive com a água desde criancinha e não é de hoje que lida com polêmicas sobre como atletas expõem ou deixam de expor suas ima
gens. “Sempre se falava que o surf feminino não tinha apoio no Brasil. Na época de crise no país, o corte nas verbas de marketing secou muitos patrocínios. Certos veículos de mídia falaram que algumas surfistas mantiveram o patrocínio porque eram modelos de Instagram com muitos seguidores. Eu mesma ouvi isso e deixo muito claro que tenho carreira e resultados. É por isso que estou colhendo esses frutos”, conta Chloé, que possui 207 mil seguidores no Instagram. “O lifestyle está ao redor do esporte: quem surfa gosta de acordar cedo, curte praia, tem uma relação com a natureza. Com isso, o surf fica mais popular e podemos trazer ainda mais mulheres para o esporte.” Ela ressalta também que as redes sociais hoje acabam realizando a ligação entre atleta e fãs. A surfista é bem clara sobre a relação entre estilo de vida e mercado. “Lifestyle é importante para patrocinadores, as coisas que fazem parte da minha rotina por causa do surf valem muito para as marcas, que querem vender produtos e ver as pessoas consumindo. Mas, além da foto bonita que eu posto, mostro também as dificuldades do dia a dia, a ralação de treino, o rosto queimado de sol”, conta.