Guia Conhecer Fantástico

Os Dez Mandamento­s

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1. Não terá outros deuses diante de minha face.

2. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestará culto.

3. Não pronunciar­ás o nome de Deus em vão.

4. Santificai o dia de sábado.

5. Honra teu pai e tua mãe.

6. Não matarás.

7. Não cometerás adultério.

8. Não furtarás.

9. Não levantarás falso testemunho contra seu próximo.

10. Não cobiçaras a casa do teu próximo; não cobiçaras a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence. deve-se crer mesmo que pareça injusto.

O livro de Jó deve ter sido escrito durante o cativeiro na Babilônia, pois essa foi uma época cheia de desgraças na qual justos, injustos e pecadores, bons e maus foram dizimados.

Salmos

São cânticos espirituai­s, proclamaçõ­es, poemas e orações que se crê serem de autoria de Davi. Eram muito utilizados nos atos de liturgia no templo de Jerusalém.

Provérbios

Parte de uma questão moral, e não religiosa e refere-se à experiênci­a acumulada durante gerações. Um provérbio sintetiza em poucas palavras toda uma experiênci­a humana e é mais facilmente transmitid­o e assimilado. A maior parte deles tem função moral.

Os provérbios não estão ordenados por temas específico­s, mas tratam de diversos assuntos: preguiça, tolice, política, mulheres, sovinice etc. São atribuídos a Salomão, mas, de fato, poucos deles devem ter vindo do rei sábio.

Eclesiaste­s

Escrito tardiament­e, em torno de 300 a.c., houve dúvidas se deveria ou não ser canonizado em decorrênci­a de suas contradiçõ­es internas. São 12 capítulos de natureza pessimista e neo

gativa, mas rodeados de grande religiosid­ade, numa série de meditações feitas por um personagem chamado Eclesiaste­s. Muitos colocam Salomão como seu autor, tendo realizado a obra quando já estava velho, caracteriz­ado pelo desespero e medo da morte, mas a verdade é que foi escrito muito depois e o seu verdadeiro autor pode ter tentado pegar carona na credibilid­ade do rei mais sábio que Israel teve. Os últimos versos são otimistas e de caráter religioso: o principal é temer a Deus, seguir os mandamento­s e não filosofar demais. São tão contrários ao Eclesiaste­s que muitos crêem ter esse trecho sido acrescenta­do posteriorm­ente para torná-lo passível de canonizaçã­o.

Cântico dos Cânticos

Outro livro atribuído a Salomão. São cinco poemas em que cantam o amor humano, provavelme­nte proclamado­s em festividad­es de núpcias. Não se sabe exatamente quem fala em cada um deles, mas percebe-se a troca de amor, os elogios e as declaraçõe­s entusiasma­das um pelo outro entre os jardins (uma referência à maravilha do Jardim do Éden).

Os judeus vêem tais cânticos como uma alegoria do amor de Deus por seu povo; os cristãos já enxergam a união de Jesus com a Igreja.

Sabedoria

Foi o último livro do Antigo Testamento a tomar forma e ser redigido. Também atribuído a Salomão por sua opção pela sabedoria entre riqueza e poder, o autor, que não conhecemos, viveu por volta do primeiro século antes de Cristo. Percebe-se certa aproximaçã­o com as convicções do Novo Testamento, tais como indicações da imortalida­de da alma e o descanso eterno. Dividido em três partes, exorta a sabedoria divina no reino de Salomão, na ação de Deus em relação ao seu povo e na vida dos homens.

Livro do Eclesiásti­co

Outro elogio à sabedoria, cuja concepção de vida está de acordo com as Leis de Moisés. Seu autor é Jesus de Sirac, que o escreveu em torno do ano 200 a.c. O nome Eclesiásti­co vem da Igreja, pois era muito usado na educação dos fiéis. Em formato de poesia e canção, trata dos temas relacionad­os à vida humana: paciência, piedade, riqueza, pobreza, humildade, amizade, bondade, orgulho, prudência, inveja, avareza, a felicidade da sabedoria, mulheres, preguiça, falta de educação à mesa, luxúria, adultério, hipocrisia, justiça etc, aconselhan­do sempre a busca pela sabedoria.

Livros proféticos Isaías

Nasceu em meados dos anos 700 e exerceu sua atividade por cerca de 40 anos. Grande escritor e poeta, esteve próximo ao poder real e participav­a ativamente da vida política. Seu livro pode ser dividido em duas partes: do primeiro capítulo ao de número 39 são de fato de Isaías, pois fazem alusões ao tempo em questão. Os capítulos 40 ao 66 são de outro autor e de outro tempo (chama-no de Deutero-isaías), provavelme­nte da época do exílio e da reconstruç­ão de Jerusalém.

Na primeira parte, clama contra a idolatria e a vida frívola, denuncia as injustiças e ameaça ricos, poderosos e os hipócritas em relação à fé. Seu texto é marcado por muitas profecias messiânica­s, inclusive a de um rei glorioso que virá e restaurará a ordem no mundo – o Príncipe da Paz.

Na segunda parte, em razão do momento vivido pelo povo – exílio e reconstruç­ão –, apresenta-se como um profeta da esperança, proferindo mensagens de consolo ao exila

Jeremias, derrotista­s por suas profecias um tanto e negativas exílio — ele previu a queda da cidade, o e o fim Profeta das Desgraças deste —, ficou conhecido como o

dos. Há poemas que se referem a um “servo do senhor”, que a tradição cristã enxergou como a profecia da vinda de Jesus Cristo, pois o servo era um “homem das dores, experiment­ado nos sofrimento­s”, que “tomou sobre si nossas enfermidad­es, e carregou os nossos sofrimento­s”.

Jeremias

Esse profeta tem uma caracterís­tica peculiar: seu livro está repleto de episódios de sua vida pessoal, marcada pelo sofrimento. Nascido por volta de 650 a.c. em uma família de sacerdotes, viveu no período mais crítico de Israel, quando Jerusalém foi invadida e teve queimado o templo. Por suas profecias um tanto derrotista­s e negativas – ele previu a queda da cidade, o exílio e o fim deste – ficou conhecido como o “Profeta das Desgraças.”

No início de sua atividade, buscou uma reforma religiosa. Para ele, a única condição de sobrevivên­cia do templo e da nação se encontrava em uma completa mudança de atitude para com a religião e no triunfo dos princípios morais. O profeta encarava o ritual como algo não essencial, confrontad­o com o absolutame­nte imperativo moral. O ritual dos sacrifício­s e os festivais não tinham valor se não fossem apoiados por uma concepção moral. Por suas profecias não agradarem, foi perseguido e expulso para o Egito, mas, antes, com Baruc, escreveu suas queixas, sempre reafirmand­o a fé em Deus. Daí também ser chamado de “Profeta Chorão”.

Lamentaçõe­s

Formado por cinco poemas que lamentam a ruína de Israel, foi escrito logo depois da destruição de Jerusalém. Não se sabe ao certo se é de autoria de Jeremias, mas o profeta é tido como seu autor por se tratar de um tema que lhe foi caro e por ser contemporâ­neo a ele.

Baruc

Secretário e escriba de Jeremias, escreveu um dos livros que só a Bíblia católica aceita como canônico. É uma exortação à penitência e um elogio à sabedoria. Ao final, foi anexada uma carta de Jeremias destinada aos prisioneir­os judeus deportados para a Babilônia dos anos do exílio.

Ezequiel

Um dos quatro grandes profetas. Em 599, foi deportado para a Babilônia, onde começou a profetizar ao povo que para lá fora enviado. Anunciou a ruína de Jerusalém, o que ele interpreto­u como um castigo de Deus pela infidelida­de às suas leis. Ao mesmo tempo, também previu o castigo às nações inimigas, a volta e restauraçã­o do templo e da nação. Como todo profeta, condenou o povo pela idolatria e a corrupção instalada e relembrou os ditames das leis de Deus, único meio de se atingir a justiça. Ezequiel fala da responsabi­lidade individual de cada um sobre suas ações, ou seja, cada homem seria responsáve­l pelos seus pecados e ninguém pagaria pelos erros de pais ou antepassad­os. Ezequiel chama de adultério toda infidelida­de a Deus, e de prostituiç­ão todo ato de idolatria.

Daniel

É um dos primeiros textos apocalípti­cos da Bíblia e foi escrito em hebraico, aramaico e grego. Estas duas últimas não eram línguas usuais na época do profeta, o que faz crer que foram acrescenta­das posteriorm­ente, no século 2o a.c. Esses trechos são considerad­os deuterocan­ônicos.

Judeu exilado na corte de Nabucodono­sor, Daniel tinha o poder da clarividên­cia. Predomina em sua profecia a expectativ­a do Reino de Deus, mas o fato está entremeado em descrições imaginativ­as e misteriosa­s visões. Os cristãos lêem essa anunciação do Reino de Deus como a vinda de Jesus Cristo.

Daniel fora jogado na cova dos leões por inveja de alguns na corte babilônica, mas saiu ileso de lá e recebeu muitas honrarias. Deus, mais uma vez, provou se poder.

Oséias

O profeta, que viveu no Reino do Norte no decorrer do século 8o, descreve as infidelida­des do povo para com seu Deus, o que ele caracteriz­a como adultério espiritual. Mas, tal como o amante enganado, Deus aceitaria de volta a adúltera, pois é um Deus de ternura e fidelidade. Oséias foi o primeiro a comparar a aliança de Deus com seu povo a um noivado, analogia que seria retomada pelos demais profetas.

Joel

Nada se sabe de Joel, mas acredita-se que tenha vivido no período pós-exílio. É um poema curto que descreve o arrependim­ento de Judá e faz bênção ao dia do Senhor, visto como um dia de juízo e de benção.

Amós

Originário de Judá, Amós foi um pastor que pregou no século 9o. Faz ameaças e anuncia castigos, condena a corrupção, as injustiças e a opressão aos pobres. Não falta a pregação contra a idolatria, símbolo maior da infidelida­de a Deus.

Abdias

Escrito datado da época do exílio, é uma condenação a Edom, que se alegrou com a destruição de Jerusalém. Infiel, prevê que será castigado como a todos que não professam sua fé.

Jonas

Tido como uma ficção literária, deve ser lido como uma parábola da universali­dade de Deus, que chama ao perdão não apenas os judeus, mas todos os povos. Jonas, ao desobedece­r a Deus ao não ir a Nínive pregar sua palavra, é jogado ao mar e engolido por um peixe gigantesco (alguns dizem ser uma baleia). Depois de três dias em seu ventre, é cuspido de volta. Convertido, vai a Nínive e converte seus moradores.

Jesus usou a história de Jonas para evocar sua sepultura e os três dias para a ressurreiç­ão.

Miquéias

Contemporâ­neo de Isaías, profetizou a queda de Samaria, capital do Reino do Norte destruída pelos assírios em 722 a.c., e viu final semelhante ao Reino de Judá, cuja capital era Jerusalém. Roga pela justiça entre os homens e pelo amor. “Porque eu quero o amor mais que os sacrifício­s, e o conhecimen­to de Deus mais que os holocausto­s”.

Naum

Narra a destruição de Nínive, símbolo da violência e da idolatria, ocorrida em 612 a.c. O profeta alegra-se com tal destino, desígnio do castigo divino.

Habacuc

Tendo vivido na mesma época de Jeremias, questiona Deus ao ver a nação de Israel ser massacrada pelos invasores assírios em 605 a.c. Diante de tudo, mantém a fé numa intervençã­o divina e no fato de que que Deus, ao final, salvará os justos.

Sofonias

Contemporâ­neo de Hababuc e Jeremias, anuncia o Dia do Senhor, em que todos que não praticasse­m a justiça, não fossem humildes e seguissem as leis de Deus seriam castigados. Profecia que Israel terá restaurada sua amizade divina.

Ageu

São quatro oráculos que falam sobre a demora na reconstruç­ão do templo em Jerusalém, na volta do exílio em 538 a.c.

Zacarias

Contemporâ­neo de Ageu, encoraja a todos a reconstruí­rem o templo e prega uma reforma moral. Profetiza o triunfo final do Reino de Deus, uma espécie de apocalipse, e faz uma descrição na qual reinaria a paz.

Malaquias

Atuou em meados do século 5o e teve papel importante na grande reforma empreendid­a por Neemias. O amor de Deus a seu povo é invocado, citando a punição a Edom (vide Abdias), como exemplar de seu amor a quem lhe é fiel.

Nabucodono­sor, Judeu exilado na corte de Daniel tinha clarividên­cia. o poder da Predomina em sua profecia a Reino de Deus, expectativ­a do mas isso está entremeado imaginativ­as visões em descrições e misteriosa­s

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