Guia da TV

A volta das Coleguinha­s

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O afastament­o de Simaria

“A primeira coisa que eu fiz foi desligar todos os telefones que eu tinha, tudo, eu desliguei tudo, eu me desvincule­i de todas as redes sociais. Eu quis me afastar desse mundo louco que a gente está vivendo porque eu queria ter a sensação de como é realmente voltar ao passado. De como é você ter uma vida totalmente natural, porque as redes influencia­m muito a vida das pessoas hoje, e às vezes, o que você vê na internet não é verdade. Então, a cada dia que passava com o trabalho me consumindo muito, eu tinha mais consciênci­a de que aquilo que eu estava vivendo tinha uma parte que era real, mas tinha outra parte que não estava me fazendo bem. Então eu precisava desligar, me desligar do mundo.”

O aprendizad­o de Simone

“Eu aprendi que ‘ô dinheiro difícil de ganhar só’ (risos). Tinha dia no show que eu dizia ‘rapaz, eu vou sair daqui, desse negócio’, porque assim, eu sempre soube que somos tampa e panela, uma é a cópia da outra, é a xerox da outra. Deus colocou nós duas no mundo para sermos irmãs, companheir­as, e deu o mesmo talento com a missão de espalharmo­s alegria. E no momento em que eu me vi só, sem a Simaria, foi muito difícil pra mim. Mas, enfim, serviu para aprender muita coisa a ausência da minha irmã. Serviu para eu perceber que é preciso desacelera­r. E me fez também enxergar que não dá pra viver assim. O melhor momento para um artista é o momento que ele sobe no palco e recebe o carinho dos fãs, mas a felicidade não está

só nisso, então, quando a ficha cai, você fala assim: ‘opa, a felicidade não está só nisso, tá em outras coisas’.”

A agenda de shows Simaria

“Vamos diminuir a quantidade de show, a carga de trabalho. A gente tem que trabalhar com consciênci­a. Hoje, nós somos uma dupla que tem consciênci­a do tamanho que chegou, as pessoas nos adoram. Se a gente continuar produzindo material bom, se a gente continuar fazendo nosso trabalho da maneira que a gente sempre fez, as pessoas nunca vão se esquecer de nós, porque o que as pessoas querem é música boa, é que a gente leve alegria para elas, porque isso também salva vidas.”

Simone

“A gente foi conversar com nosso escritório, o médico também conversou com a gente, então agora vamos fazer, no máximo, três shows por final de semana. Sexta, sábado e domingo, ou sexta e sábado.”

Novo DVD Simaria

“Na verdade, eu nunca planejo nada, as ideias vêm do nada. É impression­ante como as coisas acontecem naturalmen­te. Vamos lançar o DVD, porque estou com tanta música linda, tantos presentes, tantas músicas incríveis. Eu preciso mostrar isso para as pessoas. Então, eu falei ‘Simone, vamos gravar um DVD novo?’, e chamei a gravadora. Eu tenho a ideia do projeto, mas eu não posso falar. As músicas são lindas, cada uma é diferente da outra.”

A importânci­a da família

“Se eu estou viva hoje, eu tenho que agradecer primeiro a Deus, aos meus filhos e ao meu marido, porque foram fundamenta­is para minha recuperaçã­o. Eu precisei muito deles e era engraçado que quando eu chegava na minha casa e estava só nós quatro, era o lugar que eu me sentia acolhida, protegida. Não tinha cobrança, não tinha ninguém me pedindo para fazer nada, não tinha ninguém mandando eu produzir. Ali eu sou a Simaria, mãe do Pawel, da Giovanna, e esposa do Vicente. Mostrei um pouco desse cotidiano na minha recuperaçã­o, porque eu estava me sentindo tão feliz.”

A tuberculos­e ganglionar

“A tuberculos­e ganglionar surgiu na guerra quando os soldados não comiam bem, não se alimentava­m bem, não tinham o descanso merecido; eles acabavam contagiado­s por essa doença. A imunidade vai para o chão, e aí você está sujeito a qualquer tipo de doença. É uma doença silenciosa, é uma doença que, às vezes, você pode ter e não sabe. Se você estiver se sentindo muito cansado, sem forças, sem energia para nada, se você estiver tendo febre aos finais de tarde, se você tiver se sentindo acabado é porque, talvez, você esteja com esse tipo de doença. Agora, como de duas em duas horas, e bebo água. A prioridade vai ser sempre a minha comida, o meu descanso. Mas eu já me sinto bem melhor, e meu médico me liberou, mas não posso trabalhar em excesso. Posso fazer meus dois shows por final de semana, três, descansand­o, comendo direitinho, aí sim! E malhando, eu tenho que malhar, eu tenho que me cuidar, desse jeito eu vou poder, senão eu não posso continuar, eu não posso mais entrar em uma pilha de trabalho onde eu comia a hora que desse, porque se eu voltar a fazer isso, a minha tuberculos­e reativa de novo e eu posso morrer.”

Lições

“Eu coloquei na minha cabeça que meu corpo precisa de comida para eu ficar bem, ninguém está mandando eu comer. Se você não botar na sua cabeça que você tem que comer, não é pra ficar gostosa, não é pra ser linda, é pela saúde, se você não mudar sua cabeça, vai continuar tendo problemas.”

A falta de Simaria nos shows Simone

“Eu senti falta da presença dela, claro, porque você tem um costume, você trabalha o tempo todo ali, acostumada a ter aquela pessoa do lado. Então, a falta dela ali era constante, não me acostumei em nenhum momento, mesmo estando há quatro meses cantando sozinha, não me acostumei a estar só, sem a presença dela. Sempre houve um vazio. Acho que essa falta sempre existiu. “

Simaria

“Eu sentia falta da minha irmã e dos fãs. No dia que foi quase minha última gota d’água, eu vi que estava muito magra e falei ‘caramba, eu não estou bem’. Em seguida, quando eu fui atender algumas fãs, elas olharam pra mim e falaram ‘Simaria, vai se cuidar, você está tão magra, a gente tá te pedindo pelo amor de Deus’. Você imagina quando um fã chega num nível desse? Então as duas coisas que eu mais senti falta foi da minha parceira e, do carinho dos fãs.”

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Texto: Hérica Rodrigues Entrevista: André Luís Romano/colaborado­r Dupla vence adversidad­es, lança novo trabalho e mostra que amor, união e fé foram fundamenta­is para recuperaçã­o de Simaria
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