Chama o Péricles aí!
Já imaginou ouvir as músicas de Péricles em um show comandado pelo mito dos palcos, Lázaro Ramos? Foi essa a brilhante ideia que estreou este mês nos palcos do Rio de Janeiro e São Paulo, e, já, já estará nas estradas de todo o país. A Guia da TV conversou com o cantor, que contou tudinho sobre essa nova turnê inovadora!
Como surgiu a ideia dessa parceria com o Lázaro Ramos? “A ideia era tentar algo novo. É um novo momento que estou vivendo, então, nada mais justo que se permitir ser dirigido por alguém. Eu e minha equipe pensamos em vários nomes, mas o primeiro sempre foi o do Lázaro Ramos. Convivendo e analisando tudo o que ele faz, as ideias dele batem com as minhas. E nesse primeiro momento eu queria alguém que pensasse como eu, pra olhar meu trabalho de fora e dar sua opinião.” Como é essa relação com o ator, e, agora, diretor do seu show? “A melhor! Eu particularmente gosto da maneira como ele se posiciona e as boas ideias que ele tem, além de ser talentosíssimo em todos os campos em que atua. A partir disso, o convidei para dirigir o show. Ele levou um susto, mas topou o desafio e o espetáculo ficou incrível.” A música com o seu filho, Linda Voz, foi um sucesso. Você pensa em gravar outras canções com ele? “Penso sim, sempre nos encontramos nos palcos, mas ainda não surgiu uma nova oportunidade de gravarmos juntos. Meu filho é um grande compositor e depois dessa gravação (Linda Voz) para o meu álbum solo de estreia, gravei uma música de autoria dele, É Quente, no repertório do meu terceiro disco solo. Agora, no álbum novo, a faixa-título também é de autoria dele com o Cleitinho Persona.” O que muda no seu show com o Lázaro Ramos como diretor? “O olhar teatral do Lázaro trouxe um novo direcionamento. Ele mudou e mexeu em tudo, principalmente o cenário. Nosso show ficou mais dançante, com mais movimento e até mais interativo com o público. Ele transformou completamente nossa apresentação.” A turnê vai rodar o Brasil ou vai se limitar a alguma região? “Vai rodar o Brasil. Fizemos estreias pontuais em São Paulo e no Rio de Janeiro e agora vamos pegar a estrada pra levar a turnê para todos os cantos do país.” Você está contente com o seu sucesso autoral?
“Muito. Estou muito realizado artisticamente com a trajetória da minha carreira e o rumo que estou seguindo. Esse novo álbum vem agora para fechar uma trilogia iniciada com o Feito Pra Durar, de 2015. É uma maneira de me firmar musicalmente. Estou conseguindo mostrar para os fãs tudo aquilo que queria e imaginava.”
Quem faz a escolha dos figurinos? Da para perceber que eles são bem descontraídos, mas mantêm o seu estilo.
“Quem faz o meu figurino é a Nicole Nativa e o Agnaldo Santos. Acredito que o figurino é também uma parte importante da carreira de artista e adoro as ideias que a Nicole e o Agnaldo me trazem, em cima, claro, daquilo que eles sabem que eu gosto.”
Muitas músicas, como Foi Inevitável, tem uma pegada diferente, com guitarras e pianos. Você está gostando de trabalhar com essas misturas de ritmos em uma mesma canção?
“Eu sempre trago para as minhas canções várias referências. E quando a gente escolhe um repertório, a prioridade são canções que vão atrair rapidamente a atenção das pessoas. Em Foi Inevitável usei elementos que já havia utilizado em outras canções, que são referências do country music, aquele bem do interior dos Estados Unidos, e a letra conta uma história que muita gente já viveu, por isso acho que a identificação foi imediata.”
Você está sempre atento às novidades do mundo musical, e parece estar aberto a novos compositores. Esse trabalho em parceria enriquece seu show?
“Sempre! Quando escolho o repertório de um novo projeto, ouço primeiro a música, depois é que fico sabendo quem são os compositores. Aí descubro que alguns eu já conhecia e outros acabo conhecendo durante o processo.”
O Exaltasamba foi uma parte importante da sua vida pessoal e profissional. Você continua cantando alguns sucessos dessa época nos seus shows?
“Não tem como deixar as músicas do Exaltasamba fora do repertório dos meus shows. Tanto àquelas mais antigas, dos anos 90, quanto as mais recentes, já com o Thiaguinho integrado ao grupo. As músicas ainda estão muito vivas e presentes na vida dos fãs, por isso, elas nunca podem faltar no show.”
Tem algum artista que você sonha em fazer uma parceria?
“Eu acredito que parcerias só enriquecem o trabalho. Essa mistura de estilos e ritmos só acrescenta para nós artistas e o público adora e vibra com o resultado.”