Guia da TV

A estreia de um protagonis­ta!

Felipe Cunha carrega no currículo três novelas na Record TV, mas Topíssima é a primeira em que ele interpreta o personagem principal

- Texto: Aline Campanhã/colaborado­ra Entrevista: André Luís Romano/colaborado­r

Como foi a preparação para viver o Antonio?

“Interpreta­r o Antonio está sendo como aprender uma nova língua. Eu sou mineiro, moro no Rio de Janeiro há quatro anos, e trazer o ‘carioquês’ em 19 dias – que foi o tempo que eu tive – vindo de um trabalho bíblico, em que tudo é mais denso, é quase como aprender outra língua. Mas é óbvio que eu sigo em processo de aprendizad­o! Na televisão, nós não gravamos em uma ordem cronológic­a exata, eu comecei gravando o capítulo 30, para que nos capítulos iniciais eu estivesse mais solto na forma de falar. Andei muito de táxi para entender essa linguagem carioca e fiquei um tempo no Vidigal para sentir na pele essa vida.”

Como é, para você, ser protagonis­ta de uma novela?

“É engraçado, porque sempre rola uma curiosidad­e sobre o papel principal, né? As atenções ficam muito voltadas para o protagonis­ta e isso assusta um pouco (risos). O Antonio me deixa mais tranquilo por ser um cara bem próximo de mim. Ele é o retrato de muita gente que vive para realizar seus sonhos.”

No que você se identifica com ele?

“Essa é a minha terceira novela na Record, mas é o meu primeiro protagonis­ta. Eu vim de Apocalipse, que protagoniz­ava, junto com a Manu Do Monte. Mas foi só na primeira fase, uma fase reduzida. Eu acho que o respeito que eu tenho pelas pessoas, pelo meu ambiente de trabalho, é o que me coloca aqui hoje conversand­o com vocês. O respeito e a igualdade, na minha opinião, é o princípio de tudo. O separatism­o é o grande problema na sociedade, e é daí que nasce o preconceit­o e as divisões de classes sociais. Enfim, eu acho que é isso que tenho em comum com o Antonio: respeitamo­s o próximo, a nós mesmos e o lugar onde trabalhamo­s.”

A Camila Rodrigues disse que você é um cara mais tranquilo, diferente dela, que é mais agitada. Como foi encontrar uma sintonia entre vocês dois para fazer esse casal?

“Eu nunca tinha trabalhado com a Camilinha, esse é o nosso primeiro trabalho juntos. Eu comecei o processo de Topíssima antes de terminar Jesus, então, eu estava no ar como Jairo, tentando entender quem seria o Antonio. A Camila já estava imersa nesse trabalho de Topíssima desde o ano passado. Acho que tem todas aquelas dificuldad­es iniciais de entender o personagem, né? O Antonio tem uma vida própria e chega um determinad­o momento em que ele se encontra, se descobre, e traça a sua personalid­ade. Meu trabalho, ali, é conduzir ele. É engraçado, porque embora sejamos bem diferentes, somos parecidos em vários outros aspectos. Por isso que funcionamo­s trabalhand­o juntos, porque um completa e equilibra o outro.”

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