Alstreméria
Alstroemeria x hybrida
Pertencentes à família Amaryllidaceae, as alstremérias são duráveis e podem ser encontradas em diversas cores: branca, cor-de-rosa, vermelho-arroxeada, laranja, lilás, salmão, pink e outras. Popularmente conhecidas como líriosde-lima, lírios-peruvianos ou alstremérias, são herbáceas, eretas e com raízes fibro-tuberosas. Segundo o produtor Shunsuke Kimura, da Hachi-Ban Agrofloricultura e Turismo, de Sapucaí Mirim, MG, existem cerca de 50 espécies na
América do Sul e mais de 100 híbridos. Originárias do Chile, Peru e Brasil, têm crescimento vistoso, podendo chegar a 3 m de altura. As flores são semelhantes ao lírio, só que pontilhadas e estriadas. “No País, começaram a ser cultivadas em 1990, em Holambra, SP. Hoje, as matrizes vêm da Holanda e são reproduzidas em regiões de clima frio. Para o bom desenvolvimento das plantas, a temperatura do solo deve estar em torno de 11°C”, comenta.
As alstremérias podem ser encontradas em vasos, mas grande parte da produção realizada no Brasil é como flor de corte. O plantio é feito com o auxílio de suportes (alambrados) que ajudam a planta a crescer corretamente. “A variedade de cores disponíveis no mercado é conseguida por meio de cruzamentos feitos em laboratório. Empresas credenciadas fazem a modificação para atender à grande demanda dos consumidores. O laboratório holandês Könst é o mais conhecido por aqui”, diz o produtor da Hachi-Ban. As variedades mais populares no exterior são: Orchit Type Carmin, Carmin Type, Butterfly Type, Tursen e Urlantica Type. Com as matrizes em mãos, cerca de cinco mudas por m2 são plantadas em estufas. A adubação do solo é feita com material orgânico. Além disso, o local precisa ser ensolarado porque a planta gosta de luminosidade. Outro cuidado é regar apenas o solo a cada dois dias. A colheita pode ser realizada seis meses depois.
Para isso, descarte os exemplares com bastante haste ou aqueles que têm poucos botões. As flores devem estar ainda fechadas”, recomenda o produtor. O método de propagação é feito por divisão das plantas mais velhas, cujas mudas devem vir acompanhadas das raízes com vestígios dos caules. Segundo Kimura, as variedades encontradas no Brasil são: Irene (cor-de-rosa), Alfa (branca), Pink Suprema (lilás), Brasil (laranja) e Flora Net (vinho).
Muito usadas em casamentos, festas contemporâneas e residências, elas podem durar até 15 dias. Segundo o designer floral Carlos Weiss, de Santa Cruz do Sul, RS, a água com conservante ajuda a prolongar a vida da flor. “Costumo criar arranjos florais com a alstreméria sozinha, pois possui folhas e galhos multidirecionais. Evito combiná-la com flores redondas e espigadas. Quanto às folhagens, prefiro juncos e ruscos”, indica.
Rodrigo Carneiro, artista floral de Curitiba, PR, não restringe a combinação de flores. “Gosto de misturá-las às tropicais ou às delicadas”, comenta.
Mesmo sendo duráveis, a qualidade das alstremérias depende do bom manejo. Para o artista floral Márcio Soares, de São Paulo, SP, elas devem ser retiradas do pacote, excluindo as folhas. “Corte a haste da flor na transversal, dentro da água, para hidratá-la. Deixe os arranjos em vasos de vidro e em local arejado”, indica. Weiss comenta que elas não devem ser armazenadas em pacotes, porque as folhas ficam em contato direto com a água, criando micro-organismos.
Ao optar por espuma floral, mantenha 1 cm de água na base. Acrescente o líquido diariamente para não secar.