Anastasia
Chrysdanthemum sp
De aparência leve e robusta, com tonalidades vibrantes, design firme e suave. Assim é a Anastasia. Considerada “parente” do crisântemo, ela realmente tem sua origem nessa flor. “Porém, trata-se de uma espécie com aplicações mais nobres”, destaca Mauricio João Mattar, engenheiro agrônomo e diretor técnico comercial da empresa produtora de mudas Ricaflor, de Artur Nogueira, SP. A Ricaflor produz mudas de flores há mais de 20 anos e, atualmente, é parceira da Deliflor, da Holanda, no lançamento exclusivo das Anastasias no mercado brasileiro.
A Deliflor, especializada em pesquisas genéticas (hibridação) com crisântemos, lançou a Anastasia na Europa há cerca de seis anos. “Devido à crescente aceitação da flor no mercado internacional, por reunir características florais distintas, foi possível sua presença no mercado mundial de flores”, atesta Mattar.
Inédita no Brasil até 2009, ela foi introduzida no País sob as novas leis de proteção de cultivares. “Foi lançada com o cuidado de selecionar e credenciar produtores, monitorando para que atendam todo o mercado brasileiro, de forma regular, mantendo a qualidade das flores”, explica o engenheiro, que completa: “por se tratar de uma variedade floral exclusiva e protegida pelas leis de patentes, as espécies e variações são controladas pela empresa holandesa Deliflor”.
No fim de 2009, as variedades de Anastasias White, Gol Bronze e Rosy passaram a ser comercializadas no Brasil. Em 2010, a Dark Green chegou às mãos dos consumidores brasileiros que, segundo Mattar, é a principal cor vendida na Europa.
Considerada flor de corte, com apenas um exemplar por haste (80 cm), tem porte grande, 15 cm de diâmetro, folhas verde-escuras, é durável e resistente ao transporte. As pétalas tem formato espacial, que facilitam a combinação de arranjos. “Essa flor é isenta de odor e proporciona amplas aplicações em decorações de festas, casamentos e até ambientes fechados como hospitais”, destaca a artista floral Leo Mendes, de Campinas, SP.
Para sua propagação, o solo deve ser bem drenado, profundo e rico em matéria orgânica. “Requer boa adubação no pré-plantio e coberturas adicionais ou fertirrigações”, explica o produtor.
De acordo com o produtor de Anastasias, Kazuyuki Sodoyama, de Paulínia, SP, ela deve ser cultivada em estufa porque exige cuidados e tratamentos específicos. “Devido às exigências de nutrição, luminosidade, irrigação e manejo de crescimento e floração, torna-se necessário o cultivo em estufas agrícolas.”