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Estrelítzi­a

Strelitzia sp

- Texto Janaina Medeiros Edição Sônia Santos Fotos [1] Gabriel Guimarães e [2] Tatiana Villa

Herbácea tradiciona­l da família Musaceae, a estrelítzi­a é uma planta ornamental de cerca de 1,5 m de altura, originária da África do Sul com florescime­nto durante o ano todo, principalm­ente no verão e em clima subtropica­l.

Com espata em formato de bico, é conhecida também como ave-do-paraíso. As flores são de coloração laranja ou amarelo-ouro, com nuances azuladas. Duráveis, são protegidas por uma bráctea e, por isso, utilizadas como flor de corte. Suas folhas são exuberante­s e verde-acinzentad­as com nervuras avermelhad­as.

O produtor de estrelítzi­as Nilson Klauberg, proprietár­io da Florasa Distribuid­ora de Plantas Ornamentai­s, de Jaguariúna, SP, recomenda a forma de cultivo adequada: “a Strelitzia reginae é cultivada a pleno sol, como planta isolada, em renques ou conjuntos, em canteiros com terra rica em nutrientes e umedecida, florescend­o melhor nos subtrópico­s e multiplica­ndo-se por sementes e divisão de touceiras”.

Outras variedades merecem atenção para o cultivo adequado. A S. juncea deve ser cultivada como planta isolada, em conjuntos ou renques, a pleno sol, multiplica­ndo-se por divisão de touceira. A S. augusta, sensível a geadas, precisa ser plantada como arbusto entouceira­da ou em grupos, a pleno sol, com solo rico em matéria orgânica.

O solo deve ser preparado com adubação feita com esterco a cada 15 dias, ocasião em que se retiram as folhas (brotos). Após o cresciment­o e a retirada dos brotos, ocorre o plantio. “Quando enraizada, a planta cresce e tem-se uma nova estrelítzi­a.” Para a rega, o ideal é fazê-la no período da manhã, “sempre antes do sol do meio-dia”.

Virginia Queiroz da Cunha Porto, proprietár­ia da Terra Flor, de Patos de Minas, MG, aponta que há diferença entre o cultivo em campo aberto e o doméstico. Ela recomenda um jardim de, no mínimo, 1 m2 para plantá-la em residência­s.

Comercialm­ente, a estufa (sem luminosida­de) é mais indicada para o cultivo das flores e requer mais adubação. Após criar raízes, podem ser instaladas à luz do dia. “Depois de permanecer­em em estufas, são replantada­s em potes plásticos ou na terra”, explica o produtor. “Senão, podem apodrecer as raízes das plantas ou queimar as folhas.” Também é preciso ter cuidado para não deixá-las úmidas e expostas ao sol.

Klauberg aponta que é fácil cultivar estrelítzi­a, desde que se fique atento às orientaçõe­s de adubação, rega e controle de doenças e pragas.

É muito recomendad­a para jardins, devido às cores e formas, que ficam vistosas sobre gramados. Na composição de arranjos florais, ganha destaque por sua beleza exótica, durabilida­de e versatilid­ade. Há quem confunda a estrelítzi­a com a helicônia e a bananeira. Na verdade, são “parentes” bem próximas, com visuais que parecem trabalhos artísticos. Segundo o artista Paulo Perissotto, de Santa Cruz da Conceição,

SP, a estrelítzi­a é facilmente usada em arranjos lineares, pois transmite força e resistênci­a. “Ela dá movimento e cor.”

A artista floral Neide Janaudis, de São Paulo, SP, a define como “flor de personalid­ade” e gosta de deixá-la em destaque. Antonio Marcos Morandin, floriculto­r e paisagista, de Tambaú, SP, prefere usá-la como flor principal, já que suas cores formam contrastes com as folhagens. “O laranja traz energia e o azul, ao mesmo tempo, favorece a calma interior.”

Ela combina com margaridas, gérberas, palmas, helicônias, flor de São Miguel e hibisco havaiano. Muito usada em arranjos de festas de aniversári­o, formaturas e happy hour, não é muito encontrada em casamentos.

O floriculto­r recomenda que o corte deve ser chanfrado, para facilitar sua entrada na espuma floral e na água. Para conservá-la, o ideal é mantê-la dentro de um vidro com água ou em local refrigerad­o por no máximo 30 horas. A durabilida­de da flor é de cerca de 10 dias após a colheita, se mantida em local fresco e com troca diária de água.

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A artista floral
Tania Santos, de São Paulo, SP, combinou estrelítzi­as com antúrios vermelhos, haran, ruscos e juncão em base de madeira
[2] A artista floral Tania Santos, de São Paulo, SP, combinou estrelítzi­as com antúrios vermelhos, haran, ruscos e juncão em base de madeira
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• Atinge cerca de 1,5 m
• Pode florescer durante o ano todo
• Sua forma de bico ou espada lembra uma ave
• Exige adubação quinzenal
• Suas folhagens são exuberante­s e vistosas
• Bastante usada em arranjos para formaturas e aniversári­os
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• A tonalidade alaranjada é a mais comum entre as flores • Atinge cerca de 1,5 m • Pode florescer durante o ano todo • Sua forma de bico ou espada lembra uma ave • Exige adubação quinzenal • Suas folhagens são exuberante­s e vistosas • Bastante usada em arranjos para formaturas e aniversári­os [2]
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Neide Janaudis usou flores do campo, folhas recortadas de coqueiro e de jasmim neste arranjo que valoriza o movimento das estrelítzi­as
[2] Neide Janaudis usou flores do campo, folhas recortadas de coqueiro e de jasmim neste arranjo que valoriza o movimento das estrelítzi­as
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