Helicônia
Heliconia rostrata
Originária da Amazônia peruana, a Heliconia rostrata pertente à família das Heliconiaceae e é conhecida como caetê, caeté e bananeira-do-brejo. A planta consiste em um arbusto rizomatoso, entouceirado, de textura herbácea, que pode chegar a 3 m de altura. Ela tem folhas grandes, coriáceas (textura semelhante ao couro), brilhantes e ovalado-alongadas, além de inflorescências pendentes, longas, com brácteas (estruturas foliáceas associadas às flores) densas, em forma de barco, de coloração vermelha vibrante com borda amarelada. Por isso, tem grande valor ornamental. Dentro das brácteas, as flores são pequenas e brancas. “Essa espécie de helicônia é a que produz as flores mais espetaculares, por serem pendentes, com o comprimento variando conforme sua quantidade”, explica a artista floral Sara Peres, de São Paulo, SP.
Quando bem adubada e irrigada, produz flores o ano todo, principalmente nos meses mais quentes. Para isso, exige terra fértil, rica em matéria orgânica, irrigada em intervalos frequentes, sem encharcamento.
Ela é cultivada para formação de renques junto a muros, maciços ou como planta isolada, criando touceiras, além de servir como flor de corte. “Precisa de espaço para se desenvolver”, lembra Sara.
A produção de Heliconia rostrata deve ser a pleno sol ou meia-sombra. Por ser sensível a baixas temperaturas, não é recomendada para cultivo no inverno. É encontrada em todo o País, mas no nordeste há maior produção, assim como em Maceió e Recife. São enviadas para São Paulo frequentemente, de onde são distribuídas para todo o Brasil.
Geralmente, as mudas para venda são jovens ou com o rizoma vegetando, com as hastes maiores podadas, para serem transportadas entre grandes distâncias.
Como é fácil encontrá-la, a flor conquistou o mercado devido às cores vibrantes, durabilidade e altura. Segundo o artista Floral Alfredo Tilli, de Holambra, SP, a Heliconia rostrata já se firmou no mercado de arte floral. “Gosto de usá-la em arranjos de grande porte.” Sara a usa para dar altura aos arranjos e deitada como forração. Também a utiliza guiada por uma estrutura e de outras maneiras, conforme ela se apresenta: curta ou longa.
Para o artista floral Paulo Yoshida, de Brasília, DF, ela tem alta expressão multidirecional, tanto na forma quanto na cor. “Possui características que intrigam, criam movimento e inquietação. Portanto, não devem ser usadas com flores muito delicadas e pequenas por serem dinâmicas e envolventes.”
Tilli prefere combiná-la com outras flores tropicais, como gengibre, antúrio e orquídeas; e temperadas, como gérbera, lírio e proteia. Ele também a usa com as folhagens de papiro, fórmio, pitósporo e folhas de estrelítzia, antúrio e dracena. “A composição pode ser clássica ou modernas.” O florista brasiliense dá a dica: “quanto mais texturas de folhagens, mais bonito fica o visual do arranjo”.
Para Sara, “a cor se destaca em qualquer arranjo”. Por isso, prefere-a em eventos corporativos, festas com tema tropicais e assinatura de flores, pois elas duram muito.
A durabilidade da flor depende do cuidado de manuseio. O local para acomodá-la deve ser fresco e longe do sol e vento. Deve-se cortar a ponta do caule e colocá-la em água limpa, com trocas diárias e adição de conservante. Apesar de ser resistente, o transporte adequado também é importante para sua manutenção”. Para isso, caixas com
divisórias de jornal ou papelão são indicadas, evitando danos na superfície da flor. Yoshida lembra que nunca se armazena a flor em câmara fria.
De acordo com Tilli, há basicamente dois tipos dela: “a Ten Days, que, como o próprio nome diz, pode durar até dez dias. Ela é lisa, não tem pelos e deve ser mergulhada, logo após a colheita, na água por pelo menos duas horas. E outra, que tem pilosidade, mas que não pode ser hidratada na água. Por isso, dura em média cinco dias”, explica.
divisórias de jornal ou papelão são indicadas, evitando danos na superfície da flor. Yoshida lembra que nunca se armazena a flor em câmara fria.
De acordo com Tilli, há basicamente dois tipos dela: “a Ten Days, que, como o próprio nome diz, pode durar até dez dias. Ela é lisa, não tem pelos e deve ser mergulhada, logo após a colheita, na água por pelo menos duas horas. E outra, que tem pilosidade, mas que não pode ser hidratada na água. Por isso, dura em média cinco dias”, explica.