Helicônia
Heliconia sp
Conhecidas por suas cores quentes e folhas densas, as helicônias pertencem à família das Heliconiaceas. De textura herbácea, a maioria é cultivada como arbusto isolado e suas inflorescências podem ser divididas em dois grupos: eretas e pendentes. O nome da flor originou-se no Monte Helicon, da Grécia, onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e as Musas. Segundo Alfredo Tilli, produtor e florista profissional da Academia Brasileira de Arte Floral (Abaf), existem mais de 300 variedades de helicônias no mundo, sendo que as mais usadas como flor de corte são a H. rostrata, H. Sexy Pink, H. collinsiana, H. bihai, H. Jacquinii, H. caribea; H. aemyadiana e também as de porte pequeno como a H. Sassy, H. Golden Torch, H. Red Opal e H. Fire Opal. “É difícil descrevê-las com exatidão, pois possuem cores que variam do amarelo ao vermelho, passando por tonalidades cor-derosa. São flores bem resistentes e seu pico de floração é de novembro a maio”, descreve Tilli.
São encontradas em regiões tropicais, especialmente em bordas de florestas e matas. No Brasil, estão espalhadas desde o Pará até Santa Catarina. Devem ser cultivadas em locais com temperatura entre 15º e 35ºC, o solo precisa ser argiloso-arenoso, rico em matéria orgânica e bem drenado. Outra característica dessas flores é a presença de rizomas subterrâneos, que funcionam como reserva de nutrientes e água. “O plantio e a propagação são realizadas entre agosto e setembro. A reprodução se faz por rizomas ou sementes, processo mais demorado. Outra maneira que utilizo é a reprodução em laboratório por meio da ‘cultura de tecidos’”, comenta Tilli.
Arranjos feitos com helicônias podem ser usados em diversas ocasiões. De ambientações caseiras a grandes eventos. “Não existem regras para essas flores”, comenta Tilli. Segundo o artista floral Paulo Yoshida, de Brasília, DF, como elas são extravagantes, podem enfeitar grandes espaços, vitrines ou áreas ao ar livre. “São ótima opção porque podem durar até 15 dias. Esse tempo dependerá da variedade da flor, temperatura do local, umidade do ar e técnicas de montagem do arranjo”, orienta Yoshida.
Ao fazer combinações de flores diferentes com as helicônias, prefira as tropicais. Segundo Yoshida, flores temperadas como rosas, gérberas e crisântemos não são indicadas. “Elas possuem personalidade. Traços marcantes, linhas interessantes e as cores fortes as tornam especiais. O uso de flores temperadas poderá deixar o enfeite menos atraente”, opina Yoshida. Tilli combina as helicônias com lírio, rosa, gérbera, proteia e antúrio. “Mas não gosto de usá-la com tango, áster e gypsofilas, pois são flores muito pequenas.”
Para durar como flor de corte, o produtor precisa seguir algumas regras de pós-colheita, para garantir sua beleza e tempo de vida. “Elas devem ficar submersas em água por mais de duas horas e depois embaladas especialmente para o transporte em temperatura não inferior a 15ºC, pois, abaixo disso, elas queimam”, orienta Alfredo. No passado, as helicônias pertenciam à família das Musaceas, a mesma das bananeiras. Por isso, na hora de adquiri-las, veja se as plantas possuem manchas pretas e pontas quebradas. Evite esses exemplares, pois as machucadas e velhas soltam um odor forte. Compre-as apenas quando as cores estão vivas e as extremidades têm poros brancos.
Na hora de montar o arranjo, se for usar uma base com água, corte-as na diagonal bem amplamente para aumentar a área de absorção de nutrientes. “Se utilizar espuma floral e o talo for grande, corte-a em ‘V’, pois, fixará melhor a flor na base”, indica Yoshida. Para fazer a manutenção do arranjo, complete o nível de água do vaso, conforme for evaporando o líquido.
Na hora de montar o arranjo, se for usar uma base com água, corte-as na diagonal bem amplamente para aumentar a área de absorção de nutrientes. “Se utilizar espuma floral e o talo for grande, corte-a em ‘V’, pois, fixará melhor a flor na base”, indica Yoshida. Para fazer a manutenção do arranjo, complete o nível de água do vaso, conforme for evaporando o líquido.