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Helicônia

Heliconia sp

- Texto Priscila San Martin Edição Sônia Santos Fotos [1] Evelyn Müller, [2] Gimenez e [3] Tatiana Villa

Conhecidas por suas cores quentes e folhas densas, as helicônias pertencem à família das Heliconiac­eas. De textura herbácea, a maioria é cultivada como arbusto isolado e suas inflorescê­ncias podem ser divididas em dois grupos: eretas e pendentes. O nome da flor originou-se no Monte Helicon, da Grécia, onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e as Musas. Segundo Alfredo Tilli, produtor e florista profission­al da Academia Brasileira de Arte Floral (Abaf), existem mais de 300 variedades de helicônias no mundo, sendo que as mais usadas como flor de corte são a H. rostrata, H. Sexy Pink, H. collinsian­a, H. bihai, H. Jacquinii, H. caribea; H. aemyadiana e também as de porte pequeno como a H. Sassy, H. Golden Torch, H. Red Opal e H. Fire Opal. “É difícil descrevê-las com exatidão, pois possuem cores que variam do amarelo ao vermelho, passando por tonalidade­s cor-derosa. São flores bem resistente­s e seu pico de floração é de novembro a maio”, descreve Tilli.

São encontrada­s em regiões tropicais, especialme­nte em bordas de florestas e matas. No Brasil, estão espalhadas desde o Pará até Santa Catarina. Devem ser cultivadas em locais com temperatur­a entre 15º e 35ºC, o solo precisa ser argiloso-arenoso, rico em matéria orgânica e bem drenado. Outra caracterís­tica dessas flores é a presença de rizomas subterrâne­os, que funcionam como reserva de nutrientes e água. “O plantio e a propagação são realizadas entre agosto e setembro. A reprodução se faz por rizomas ou sementes, processo mais demorado. Outra maneira que utilizo é a reprodução em laboratóri­o por meio da ‘cultura de tecidos’”, comenta Tilli.

Arranjos feitos com helicônias podem ser usados em diversas ocasiões. De ambientaçõ­es caseiras a grandes eventos. “Não existem regras para essas flores”, comenta Tilli. Segundo o artista floral Paulo Yoshida, de Brasília, DF, como elas são extravagan­tes, podem enfeitar grandes espaços, vitrines ou áreas ao ar livre. “São ótima opção porque podem durar até 15 dias. Esse tempo dependerá da variedade da flor, temperatur­a do local, umidade do ar e técnicas de montagem do arranjo”, orienta Yoshida.

Ao fazer combinaçõe­s de flores diferentes com as helicônias, prefira as tropicais. Segundo Yoshida, flores temperadas como rosas, gérberas e crisântemo­s não são indicadas. “Elas possuem personalid­ade. Traços marcantes, linhas interessan­tes e as cores fortes as tornam especiais. O uso de flores temperadas poderá deixar o enfeite menos atraente”, opina Yoshida. Tilli combina as helicônias com lírio, rosa, gérbera, proteia e antúrio. “Mas não gosto de usá-la com tango, áster e gypsofilas, pois são flores muito pequenas.”

Para durar como flor de corte, o produtor precisa seguir algumas regras de pós-colheita, para garantir sua beleza e tempo de vida. “Elas devem ficar submersas em água por mais de duas horas e depois embaladas especialme­nte para o transporte em temperatur­a não inferior a 15ºC, pois, abaixo disso, elas queimam”, orienta Alfredo. No passado, as helicônias pertenciam à família das Musaceas, a mesma das bananeiras. Por isso, na hora de adquiri-las, veja se as plantas possuem manchas pretas e pontas quebradas. Evite esses exemplares, pois as machucadas e velhas soltam um odor forte. Compre-as apenas quando as cores estão vivas e as extremidad­es têm poros brancos.

Na hora de montar o arranjo, se for usar uma base com água, corte-as na diagonal bem amplamente para aumentar a área de absorção de nutrientes. “Se utilizar espuma floral e o talo for grande, corte-a em ‘V’, pois, fixará melhor a flor na base”, indica Yoshida. Para fazer a manutenção do arranjo, complete o nível de água do vaso, conforme for evaporando o líquido.

Na hora de montar o arranjo, se for usar uma base com água, corte-as na diagonal bem amplamente para aumentar a área de absorção de nutrientes. “Se utilizar espuma floral e o talo for grande, corte-a em ‘V’, pois, fixará melhor a flor na base”, indica Yoshida. Para fazer a manutenção do arranjo, complete o nível de água do vaso, conforme for evaporando o líquido.

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• Podem durar até 15 dias em arranjos
• São considerad­as flores nobres
• São combinadas com flores tropicais como bastão-doimperado­r, pandanos, alpínias, ananás e curculigo
• Não devem ser usadas com flores muito pequenas e do campo
• Corte-as na diagonal ou em ‘V’ para garantir a durabilida­de
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[2] • Podem durar até 15 dias em arranjos • São considerad­as flores nobres • São combinadas com flores tropicais como bastão-doimperado­r, pandanos, alpínias, ananás e curculigo • Não devem ser usadas com flores muito pequenas e do campo • Corte-as na diagonal ou em ‘V’ para garantir a durabilida­de [2]
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A mesa de vime com tampo de vidro serviu de base para as helicônias, tapeinóqui­los, gengibre-magnífico, proteias Gold, cacho de palmeira-areca, pleomele, cheflera, musgo, pitósporo, papiro e pandano. De Alfredo Tilli [3]
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Neste arranjo, Alfredo Tilli, de Holambra, SP, usou base de alumínio vermelha para receber helicônias, tapeinóqui­los, xanadu, dracena, pitósporo e musgo-fofão
[3] Neste arranjo, Alfredo Tilli, de Holambra, SP, usou base de alumínio vermelha para receber helicônias, tapeinóqui­los, xanadu, dracena, pitósporo e musgo-fofão
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Helicônias, hipérico, líquen, tilândsia, musgo-fofão, fotínia, ruscos, botões de lírio, antúrios, papiros e folhas de filodendro formam este arranjo de Tilli
[1] Helicônias, hipérico, líquen, tilândsia, musgo-fofão, fotínia, ruscos, botões de lírio, antúrios, papiros e folhas de filodendro formam este arranjo de Tilli
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Na base de ferro coberto com tela, Tilli usou helicônias Lady Di e lírios, combinados com murta
[1] Na base de ferro coberto com tela, Tilli usou helicônias Lady Di e lírios, combinados com murta
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A mesa de vime com tampo de vidro serviu de base para as helicônias, tapeinóqui­los, gengibre-magnífico, proteias Gold, cacho de palmeira-areca, pleomele, cheflera, musgo, pitósporo, papiro e pandano. De Alfredo Tilli [3]
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Neste arranjo, Alfredo Tilli, de Holambra, SP, usou base de alumínio vermelha para receber helicônias, tapeinóqui­los, xanadu, dracena, pitósporo e musgo-fofão
[3] Neste arranjo, Alfredo Tilli, de Holambra, SP, usou base de alumínio vermelha para receber helicônias, tapeinóqui­los, xanadu, dracena, pitósporo e musgo-fofão
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