Proteia High Gold
Protea High Gold
Quem observa a delicadeza da proteia High Gold pode não saber que se trata de uma guerreira. O grupo das proteias é considerado, por muitos biólogos, como fósseis vivos, por terem sobrevivido por milhares de anos. Acredita-se que elas serviam de comida para os dinossauros vegetarianos. É o que conta o engenheiro agrônomo Gustavo Franco Rosa Vieira, responsável pela qualidade do Grupo Reijers, de Andrada, MG.
Elas são endêmicas da África do Sul, onde crescem as subespécies P. leucadendron e P. leucospermum. A variedade P. High Gold pertence à subespécie P.leucospermum.
O clima mais adequado é o subtropical. No entanto, sua delicadeza não tolera geadas fortes; assim como as regas, que devem ser feitas apenas uma vez por semana. Essa é uma espécie que gosta de ficar totalmente exposta ao sol.
O solo deve ser bem drenado e com pouca matéria orgânica; “cascalho é o ideal”, diz o engenheiro. “A adubação deve ser feita com matéria seca na superfície do solo e em quantidade suficiente”, explica.
A High Gold é resistente às pragas e seu cultivo ainda engatinha no Brasil. De acordo com Vieira, ela pode ser encontrada no mercado de agosto a dezembro.
Seu nome é uma homenagem ao Deus grego Proteus, que é capaz de mudar de forma de acordo com sua vontade e tem relação com a enorme variedade de formas e cores da planta”, conta Márcia Sorgenfrei, proprietária da Agapanthus Floricultura, de Curitiba, PR. Foram catalogados mais de 60 gêneros e 1.400 espécies de plantas do hemisfério sul, a maior parte nativa do sul da África e Austrália.
Para Rodrigo Carneiro, artista floral da Agapanthus, é uma flor exuberante e tem uma textura especial. “Perene, quando bem manejada na hora da limpeza, pode durar até 15 dias e requer cuidados, como troca de água ou hidratação da espuma floral”, explica Márcia. A especialista dá outras dicas: tirar a flor da embalagem e trocar a água diariamente. Retirar folhas que apresentem sinais de batida ou envelhecimento também ajudará na conservação. Carneiro lembra que, apesar do aspecto rústico, suas pétalas são sensíveis e requerem cuidado para não serem danificadas. “A manutenção
é simples. Vaso e água limpos, sempre. O transporte deve ser feito em cocho com água e as flores em pé”, esclarece.
Novata no Brasil, a High Gold tem encantado os profissionais da arte floral por causa de sua forma. “As proteias são uma espécie de flores subtropicais raras e exóticas. A delicadeza de sua inflorescência cor de ouro, em contraste com o caule robusto, lembram uma joia da natureza”, comenta a empresária.A versatilidade faz com que sejam utilizadas em buquês, arranjos, ramalhetes e cestas. “Gosto de compor com plantas verdes, dando um efeito mais natural, quase orgânico”, indica Márcia.
Por ser uma flor de muita expressão, é necessário pensar em qual estilo se quer alcançar. Carneiro exemplifica: “para maior destaque dessa flor, arranjos decorativos-vegetativos e lineares ficam melhores”. Márcia reforça que a cor dourada transmite elegância, excentricidade e sofisticação.
Jantares, inaugurações, casamentos e bodas são alguns dos eventos para usá-la em arranjos.Para varlorizá-la, combine-a com flores temperadas e tropicais, “tomando cuidado com a harmonia de cores”, alerta Carneiro. Márcia arrisca alguns palpites: “se destaca quando composta com helicônia chocolate, antúrio chocolate ou safári, alstreméria ou qualquer flor e folhagem com formas diferentes da redonda e uma cor mais opaca, que não se sobreponha à sutileza da textura e cor da proteia”.
Para Márcia, as folhagens que mais combinam são as azuladas como eucalipto e plantas suculentas. “Na África, é utilizada em arranjos em saguões de hotéis, como adorno em vasos ao lado das banheiras, em buffet e, muitas vezes, combinada a frutas e legumes.”
A proteia High Gold vem para ficar. “Tem estilo e elegância para abrilhantar qualquer evento”, avisa Márcia.