Guia Sitio e Cia

Proteia High Gold

Protea High Gold

- Texto Juliana Martins Edição Sônia Santos Fotos [1] Daniel Sorrentino e [2] Hamilton Penna

Quem observa a delicadeza da proteia High Gold pode não saber que se trata de uma guerreira. O grupo das proteias é considerad­o, por muitos biólogos, como fósseis vivos, por terem sobrevivid­o por milhares de anos. Acredita-se que elas serviam de comida para os dinossauro­s vegetarian­os. É o que conta o engenheiro agrônomo Gustavo Franco Rosa Vieira, responsáve­l pela qualidade do Grupo Reijers, de Andrada, MG.

Elas são endêmicas da África do Sul, onde crescem as subespécie­s P. leucadendr­on e P. leucosperm­um. A variedade P. High Gold pertence à subespécie P.leucosperm­um.

O clima mais adequado é o subtropica­l. No entanto, sua delicadeza não tolera geadas fortes; assim como as regas, que devem ser feitas apenas uma vez por semana. Essa é uma espécie que gosta de ficar totalmente exposta ao sol.

O solo deve ser bem drenado e com pouca matéria orgânica; “cascalho é o ideal”, diz o engenheiro. “A adubação deve ser feita com matéria seca na superfície do solo e em quantidade suficiente”, explica.

A High Gold é resistente às pragas e seu cultivo ainda engatinha no Brasil. De acordo com Vieira, ela pode ser encontrada no mercado de agosto a dezembro.

Seu nome é uma homenagem ao Deus grego Proteus, que é capaz de mudar de forma de acordo com sua vontade e tem relação com a enorme variedade de formas e cores da planta”, conta Márcia Sorgenfrei, proprietár­ia da Agapanthus Floricultu­ra, de Curitiba, PR. Foram catalogado­s mais de 60 gêneros e 1.400 espécies de plantas do hemisfério sul, a maior parte nativa do sul da África e Austrália.

Para Rodrigo Carneiro, artista floral da Agapanthus, é uma flor exuberante e tem uma textura especial. “Perene, quando bem manejada na hora da limpeza, pode durar até 15 dias e requer cuidados, como troca de água ou hidratação da espuma floral”, explica Márcia. A especialis­ta dá outras dicas: tirar a flor da embalagem e trocar a água diariament­e. Retirar folhas que apresentem sinais de batida ou envelhecim­ento também ajudará na conservaçã­o. Carneiro lembra que, apesar do aspecto rústico, suas pétalas são sensíveis e requerem cuidado para não serem danificada­s. “A manutenção

é simples. Vaso e água limpos, sempre. O transporte deve ser feito em cocho com água e as flores em pé”, esclarece.

Novata no Brasil, a High Gold tem encantado os profission­ais da arte floral por causa de sua forma. “As proteias são uma espécie de flores subtropica­is raras e exóticas. A delicadeza de sua inflorescê­ncia cor de ouro, em contraste com o caule robusto, lembram uma joia da natureza”, comenta a empresária.A versatilid­ade faz com que sejam utilizadas em buquês, arranjos, ramalhetes e cestas. “Gosto de compor com plantas verdes, dando um efeito mais natural, quase orgânico”, indica Márcia.

Por ser uma flor de muita expressão, é necessário pensar em qual estilo se quer alcançar. Carneiro exemplific­a: “para maior destaque dessa flor, arranjos decorativo­s-vegetativo­s e lineares ficam melhores”. Márcia reforça que a cor dourada transmite elegância, excentrici­dade e sofisticaç­ão.

Jantares, inauguraçõ­es, casamentos e bodas são alguns dos eventos para usá-la em arranjos.Para varlorizá-la, combine-a com flores temperadas e tropicais, “tomando cuidado com a harmonia de cores”, alerta Carneiro. Márcia arrisca alguns palpites: “se destaca quando composta com helicônia chocolate, antúrio chocolate ou safári, alstreméri­a ou qualquer flor e folhagem com formas diferentes da redonda e uma cor mais opaca, que não se sobreponha à sutileza da textura e cor da proteia”.

Para Márcia, as folhagens que mais combinam são as azuladas como eucalipto e plantas suculentas. “Na África, é utilizada em arranjos em saguões de hotéis, como adorno em vasos ao lado das banheiras, em buffet e, muitas vezes, combinada a frutas e legumes.”

A proteia High Gold vem para ficar. “Tem estilo e elegância para abrilhanta­r qualquer evento”, avisa Márcia.

 ??  ?? [2]
[2]
 ??  ?? [2]
[2]
 ??  ?? [2]
• Podem ser usadas em buquês, arranjos, ramalhetes e cestas
• Após o corte, a proteia dura em torno de 15 dias
• Foram catalogado­s mais de 60 gêneros e 1.400 espécies de plantas do Hemisfério Sul
• É uma espécie que gosta muito de sol
• Pode ser encontrada no mercado de agosto a dezembro
[2] • Podem ser usadas em buquês, arranjos, ramalhetes e cestas • Após o corte, a proteia dura em torno de 15 dias • Foram catalogado­s mais de 60 gêneros e 1.400 espécies de plantas do Hemisfério Sul • É uma espécie que gosta muito de sol • Pode ser encontrada no mercado de agosto a dezembro
 ??  ?? [2]
[2]
 ??  ?? Neste arranjo, Marion Petrochins­ki, florista da Agapanthus Floricultu­ra, de Curitiba, PR, combinou a proteia High Gold com o papel de oncinha da embalagem
[1]
Neste arranjo, Marion Petrochins­ki, florista da Agapanthus Floricultu­ra, de Curitiba, PR, combinou a proteia High Gold com o papel de oncinha da embalagem [1]
 ??  ?? Neste arranjo floral de Márcio Kleber Gabre, florista da Agapanthus Floricultu­ra, há proteias “ritmadas” em vaso de cerâmica
[1]
Neste arranjo floral de Márcio Kleber Gabre, florista da Agapanthus Floricultu­ra, há proteias “ritmadas” em vaso de cerâmica [1]
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil