Hortênsia
Hydrangea sp
Com mais de 75 espécies, a hortênsia é encontrada em grande número em cidades como Petrópolis,RJ, Gramado, RS, e Campos do Jordão,SP. Ela pode ser originária do Japão, China ou Estados Unidos, dependendo da espécie. Segundo Mauro Contesini, engenheiro agrônomo e paisagista do The Gardener Place, de Vinhedo, SP, elas foram trazidas da China, aproximadamente no ano de 1840, passando pela Europa até chegar ao Brasil, sendo cultivadas em cidades de clima mais frio.
Também conhecida como rosa-do-japão, é recomendada para regiões frias, podendo ser cultivada em locais que tenham as estações do ano bem definidas. Apesar da aparente delicadeza, a hortênsia é venenosa.
Segundo Contesini, elas podem ser cultivadas em solos profundos e bem drenados, mas não gostam de áreas encharcadas. Para obter um canteiro cheio e vistoso, as podas devem ser feitas no inverno.
As hortênsias podem ser atacadas por fungos, principalmente, quando regadas em excesso ou em períodos de muita chuva e alta temperatura, que favorecem o surgimento de manchas nas folhas e flores.
O engenheiro aconselha plantá-las em solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Para obter floradas abundantes, é preciso nutrir a planta, colocando húmus de minhoca e farinha de osso na terra. O plantio pode ser feito em grandes canteiros, beirando cercas e muros, em floreiras e vasos.
Paula Regina Dell’Antonio, sócia-gerente da FrutaFlor, localizada em Florianópolis, SC, e Dayane Cristina, decoradora da empresa, acreditam que ela surpreende devido à vivacidade das cores, que transmite alegria. “Ela deixou de ser uma flor simples e passou a representar a nobreza, através de sua beleza singular, sóbria e leve”, dizem.
Paula a utiliza na composição de arranjos clássicos, com design formal, em bases com água e acessórios como pérolas e cristais.
Ela passou a ser utilizada como uma das principais flores em arranjos e decorações em diversas ocasiões, como casamentos e aniversários. Paulo Yoshida, artista floral de Brasília, DF, explica que ao idealizar uma decoração clássica, cheia de romantismo e delicadeza, a melhor opção é a hortênsia. Para valorizá-la, é preciso observar a natureza. “Como tem folhas ovais e lisas, pode-se fazer uma combinação semelhante
ou utilizar folhagens mais rústicas como evônimo, aspargos ou ruscos. As folhagens que mais combinam são eucalipto, aspargos e fórmio.” Folhas muito comuns como avencão ou muito variadas e irregulares não devem ser utilizadas. De acordo com Paula, deve-se evitar a combinação entre hortênsias e flores tropicais de grande volume, devido ao contraste de cor, formato e expressão. “Ela pode ser usada em arranjos formais, com lisiantos e rosas, em um belo vidro, dando leveza e ornamentado com acessórios delicados como pérolas ou cristais”, explica.
A flor é resistente durante o frio, porém, no calor, fica frágil e precisa de muita água para sobreviver. Quando usada na espuma, o cuidado deverá ser redobrado. “Certifique-se de que a espuma sempre esteja molhada corretamente”, avisa Yoshida.
Outra dica é não tocar a flor. O manuseio deve ser feito com cuidado. “Recebemos diretamente de um produtor da serra catarinense que a transporta em água. Assim que chegam à loja, limpamos as folhas do caule, deixando apenas folhas 5 cm abaixo da flor e colocamos em um recipiente com água até o início das folhas. A água não deve ficar em contato com as flores. O ideal é mantê-la em um lugar bem fresco ou em câmara fria. Além disso, é preciso borrifar água com frequência”, observa Paula.
A durabilidade da flor varia de acordo com a região. Quanto mais quente, mais rápido é o ciclo de vida da hortênsia cortada. Dura, em média, de um a três dias. Se for mantida em refrigeração com água, pode viver por dez dias. Em arranjos com água ou espuma floral, resiste de três a cinco dias.