TECNOLOGIAS DO BEM
Para quem só quer ter o direito de escolher os equipamentos mais adequados a suas horas de lazer; ou aqueles que precisam da tecnologia para trabalhar ou estudar, seja dentro ou fora de casa, as notícias não são boas. Existem grupos, espalhados por todo o planeta, utilizando as facilidades tecnológicas para ações nada edificantes – criminosas mesmo.
Deu nos jornais e sites em janeiro: 223 milhões de brasileiros tiveram seus dados pessoais vazados na internet, incluindo nome, gênero, CPF, salário, situação junto ao INSS e até nos serviços de proteção ao crédito. Os hackers “vendem” essas informações para empresas variadas; um deles publicou anúncio cobrando R$ 50 mil pelos nomes, CPFS e números de cartão de crédito de 12 milhões de pessoas.
Claro, o Brasil não está sozinho. Um único vazamento atingiu inacreditáveis 990 milhões de perfis do Facebook, sendo 8 milhões deles brasileiros. É a chamada deep web (“internet profunda”), ou dark web (“internet obscura”), mas o nome é o que menos importa. Assim como nos inúmeros casos de pirataria de sinal de TV já denunciados, as chances de se chegar aos comandantes do esquema são irrisórias.
Desculpem as más notícias, mas a realidade é que, mais do que nunca, precisamos evitar a todo custo cair na tentação de sites suspeitos. Para os distraídos, talvez seja útil lembrar que as redes de hackers identificadas até agora têm ligações com grupos mafiosos que controlam, também, atividades como contrabando, pirataria e tráficos variados.
Ou seja, se você compra um produto sem nota fiscal, ou de procedência duvidosa (ex: aparelhos não homologados pela Anatel ou pelo Inmetro), pode estar pagando seu dízimo aos hackers. Se aceita piratear o sinal do Netflix ou da operadora, idem.
Os especialistas em segurança cibernética sabem que não existe sistema 100% protegido. Por isso, valem todos os alertas que você já leu ou ouviu sobre proteção de dados: renovar periodicamente suas senhas; evitar sites de conteúdo duvidoso, agressivo ou polêmico; e só fazer compras em lojas virtuais das quais tenha boas referências.
Prestes a completar 25 anos de existência, uma das marcas da HOME THEATER & CASA DIGITAL é valorizar empresas que não compactuam com aquelas práticas. Nossa política é apoiar as “tecnologias do bem”, como fazemos mais uma vez nesta edição, indicando produtos e serviços confiáveis e procurando auxiliar os leitores em suas decisões de compra.