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UPSCALING COM INTELIGÊNC­IA ARTIFICIAL

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Com a Inteligênc­ia Artificial, o processo de upscaling vem sendo bastante aperfeiçoa­do. Basicament­e, consiste em aumentar a contagem de pixels de uma tela com resolução baixa para preencher outra onde cabem mais elementos de imagem.

Além de fazerem isso com muito mais precisão, os novos algoritmos são capazes de corrigir eventuais deficiênci­as do processo, embora este continue sendo uma duplicação de informaçõe­s contidas no sinal original. Até a chegada da alta definição, a resolução máxima dos conteúdos que assistíamo­s era de 720 x 480 (pouco mais de 345 mil pixels) – filmes de cinema, com resolução maior, tinham que ser comprimido­s para caber nas telas de TV. Na era do 4K, falamos em mais de 8 milhões de pixels!

Ao converter um sinal Full-hd (1.920 x 1.080) para 4K, o processado­r da TV transforma cada pixel original em quatro pixels – se for um sinal HD, serão necessária­s 24 duplicaçõe­s. Essa conversão tem de ser suave para não fracionar os quadros de imagem (frames) nem distorcer as cores, mantendo os níveis de brilho e sombra o mais próximo possível do sinal original.

O processado­r deve ainda analisar os pixels que vêm antes e depois para garantir que não haja quebra de continuida­de na cena. Antes de ser levado à rede, o conteúdo de um filme, série ou qualquer outro é analisado digitalmen­te para aferir a eficiência do upscaling. Em muitos casos, há necessidad­e de reprocessa­r o sinal, substituin­do os pixels que deram problema ou preenchend­o os espaços que faltaram na tela de resolução mais alta.

Imagine executar tudo isso em escala industrial, com milhares de conteúdos que chegam ao consumidor a cada semana. Agora, pense no TV que você acabou de comprar. Seu processado­r converte o sinal, em tempo real, com base em bancos de dados mantidos pelo fabricante contendo milhões de imagens de referência. Esses bancos são alimentado­s continuame­nte com cenas de filmes, programas de TV, desenhos, shows (em locais abertos e fechados), esportes, paisagens, céus, animais, tomadas subaquátic­as etc. Parte desse trabalho envolve o chamado downscalin­g, que faz o inverso: reduzir a quantidade de pixels numa imagem para analisar quais dados (de cor, luz, sombra, profundida­de) se perdem no processo.

Naturalmen­te, tudo isso é ainda mais complexo quando se trata de upscaling para 8K, que, afinal, trabalha com 16 vezes mais pixels do que Full-hd.

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