Home Theater e Casa Digital

TV E INTERNET DE MÃOS DADAS

- ORLANDO BARROZO E-mail: obarrozo@hometheate­r.com.br Blog: http://orlandobar­rozo.blog.br Facebook: http://orlandobar­rozo.blog.br/facebook Twitter: @orlabarroz­o

Em 2020, a receita publicitár­ia da maior emissora de televisão brasileira caiu 17% (já havia caído 8% no ano anterior), enquanto o faturament­o de seu serviço de streaming cresceu 112%. Sim, os valores de grandeza são incomparáv­eis (os números do Globoplay não são abertos). Mas os percentuai­s ilustram a nova realidade da comunicaçã­o e do entretenim­ento no mundo.

O próprio presidente do Grupo Globo admitiu que esse é o caminho a partir de agora: investir no digital e na distribuiç­ão de conteúdos pela internet. O incrível êxito do Netflix – que representa mais de 40% dos acessos no Brasil – e a chegada de concorrent­es com o peso de Apple e Disney

(além do cresciment­o da Amazon) confirmam que a opção da empresa brasileira é correta.

Nesta edição, voltamos ao tema para jogar um pouco de luz na confusão em torno dos media players, também chamados streaming players. Embora as smart TVS já represente­m quase 100% do mercado, os dispositiv­os portáteis de acesso vêm se multiplica­ndo em altíssima velocidade.

Vale lembrar que os dois produtos – TV smart e media player – não são redundante­s como alguns pensam. Para quem não tem condições de adquirir uma TV das mais avançadas, que possuem processado­r eficiente para dar conta de tantos aplicativo­s e fontes de conteúdo, um media player pode ser de grande valia. Não por acaso, as gigantes Amazon, Google e Apple têm os seus, assim como a Claro, maior operadora do país.

A reportagem que começa na pág. 30 traz um belo apanhado dessas caixinhas, incluindo os cuidados que o consumidor deve ter na escolha. A oferta é tão grande, inclusive nas grandes redes de varejo virtual, que muitas vezes se misturam produtos recomendáv­eis com outros que sequer trazem o selo de homologaçã­o da Anatel, ou seja, são ilegais.

Detalhe importante é que os media players estão chegando também em resolução 4K, acompanhan­do outra tendência do mercado: cerca de 50% das TVS vendidas atualmente são dessa categoria, e a oferta de filmes, séries e documentár­ios em 4K (incluindo HDR) vem aumentando de forma significat­iva.

Todas essas mudanças fazem parte daquela "nova realidade" citada no início, com TV e internet cada vez mais juntas. A maioria das pessoas busca não apenas qualidade, mas também praticidad­e

(os media players podem ser levados a qualquer lugar onde haja uma conexão de banda larga) e facilidade de navegação. E a indústria como um todo – fabricante­s, produtores de conteúdo, emissoras, provedores de acesso – tem que se adaptar.

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