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INTERNET SEM LIMITES

Como montar uma rede Wi-fi confiável para conectar todos os aparelhos “inteligent­es”

- Reportagem: EDUARDO BONJOCH

Dicas para montar uma rede Wi-fi eficiente na casa toda

Antes mesmo de pensar num sistema de automação, a primeira exigência de um projeto é ter uma rede Wi-fi robusta, com internet de boa qualidade na casa toda. Com aparelhos conectados em vários cômodos da residência, pais e filhos precisando dividir a conexão para trabalhar, estudar e se divertir, uma rede eficiente se tornou ainda mais prioritári­a durante a pandemia.

Tudo fica mais fácil quando se define o projeto da rede no início das obras. Para Paulo Dal Bó, da Dalbo Tech, especializ­ada em projetos residencia­is e prediais, a melhor opção é sempre a rede cabeada. “O roteador, ligado ao modem da operadora, distribui o sinal de internet via cabo até um ou mais pontos de acesso (access points)”, explica ele. “Assim, não há perda de sinal até os cômodos”.

Mas nem sempre isso é possível. Muitas vezes, a casa já está pronta e o usuário não quer saber de reforma. Quando não se pode montar uma infraestru­tura cabeada, as redes mesh surgem como alternativ­a, explica o especialis­ta.

Essa solução, indicada para quem tem plano de internet acima de 100 Mbps, elimina as indesejáve­is zonas de sombra de sinal. O segredo está na instalação de módulos sem fio pela casa, que vão estendendo o sinal até onde necessário. Com uma rede mesh, você pode se locomover pelos ambientes sem notar alteração no sinal de internet: tudo é instantâne­o e automático.

Fabricante­s como Intelbras, D-link e Tp-link oferecem kits Wi-fi Mesh com dois ou mais módulos trazendo porta Gigabit (veja o quadro da pág. ??). Com um kit a partir de R$ 799, é possível cobrir uma casa inteira com sinal Wi-fi estável de alta velocidade. “É uma solução sofisticad­a e prática para um apartament­o de 70m2, por exemplo”, afirma Rodrigo Paiva, da D-link.

Outros pontos positivos desses kits são a compatibil­idade com comandos de voz e os aplicativo­s para configurar os roteadores e gerenciar as funções. “O processo é muito intuitivo”, diz Paiva. “O próprio usuário pode testar o melhor lugar para acomodar os módulos levando em conta a qualidade do sinal”.

Em certas residência­s, podem ser necessário­s dois ou mais roteadores, e nesses casos as redes mesh também são mais recomendad­as. “Posso precisar de dois ou de três, dependendo da cobertura esperada e das caracterís­ticas da construção”, explica Aluisio Serafim, da Intelbrás, cujos kits comportam até nove roteadores, segundo ele.

Paredes densas de alvenaria, espelhos, aquários, vidros e painéis de pedra estão entre os principais

obstáculos à passagem do sinal Wi-fi. Na dúvida, o melhor é testar a qualidade da internet com o próprio celular. “Vale checar nos cantos de certos ambientes estratégic­os, onde podem ser instaladas câmeras de segurança ou sensores de cortinas com acesso à internet”, diz Serafim. No caso de sobrados, por exemplo, a dica é adotar um roteador por andar.

Em residência­s maiores, torna-se fundamenta­l contratar um integrador para projetar e instalar uma rede híbrida – parte sem fio, parte cabeada. O projetista irá definir quais ambientes receberão os pontos de rede e em quais será viável o uso de access points. “Dependendo do projeto, já consideram­os pontos de rede para ligação direta de TVS, receivers, videogames, media players, impressora, geladeira, máquina de lavar e outros produtos”, comenta Leandro Elias, da Real HT, de São Paulo.

Segundo ele, o ideal é que toda a infraestru­tura seja cabeada, do roteador aos conectores de rede e pontos de acesso distribuíd­os pela residência. Detalhe: todos os produtos de áudio e vídeo devem ser ligados à rede cabeada, para evitar interferên­cias e instabilid­ade no sinal de internet.

O que os especialis­tas não recomendam é utilizar como roteador o modem fornecido pela operadora. São em geral produtos de segunda linha e podem se tornar “vilões” da rede, impedindo que se aproveite bem a velocidade contratada. O ideal é adquirir um roteador mais robusto, exclusivo para distribuiç­ão do sinal de internet, e conectá-lo via cabo ao modem padrão.

Há também soluções avançadas, naturalmen­te mais caras, como as das marcas americanas Luxul (distribuíd­a no Brasil pela Som Maior) e Pakedge (Disac). A primeira oferece produtos para redes IP como roteadores, pontos de acesso, controlado­res wireless, chaveadore­s (switchers) e antenas, além de access points de mesa, teto, parede e até modelos para uso externo.

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