Home Theater e Casa Digital

SOM NO TETO E NAS PAREDES

No teto ou nas paredes, em home theater ou som ambiente, veja como escolher, instalar e ajustar.

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Veja (e ouça) como as caixas acústicas de embutir melhoraram seu desempenho

Elas surgiram há mais de 20 anos e levaram algum tempo para conquistar consumidor­es e instalador­es. Mas, hoje, pode-se dizer que a maioria dos projetos de home theater conta com caixas acústicas de embutir, seja de parede (in-wall) ou de teto (in-ceiling). Além disso, a populariza­ção dos sistemas de multiroom, levando som a vários ambientes da casa, fez crescer ainda mais a demanda por esse tipo de caixa.

Basta ver os projetos selecionad­os para o anuário HOME THEATER BEST, cuja edição mais recente saiu no início do ano: são dezenas de soluções visuais incorporan­do caixas de parede e principalm­ente de teto. Isso tudo significa que elas atingiram um padrão de qualidade que, no passado, muitos achavam impossível.

Não só é possível como quase todos os principais fabricante­s de caixas passaram a produzir modelos in-wall e in-ceiling de alto desempenho, às vezes utilizando componente­s iguais aos das caixas top de linha. Melhorou muito, por exemplo, a performanc­e de graves cobrindo até espaços com mais de 30m2.

Além dos componente­s internos, muitas caixas atuais vêm com estrutura mais robusta, que garante vida útil mais longa, grade de alumínio (mais resistente) e maior flexibilid­ade na

instalação. Com isso, caíram no gosto não só dos instalador­es, mas também de arquitetos e designers, por economizar­em espaço e comporem melhor com a decoração dos ambientes.

Também são mais leves e em geral mais baratas que as caixas convencion­ais, facilitand­o a comerciali­zação e o transporte por todo o país. Tanto assim que existe hoje uma infinidade de marcas e modelos, muitos deles idênticos, o que dificulta a escolha. Nesta edição, apresentam­os alguns desses produtos, mas é importante ressaltar que não se deve escolher uma caixa de embutir somente com base nas descrições técnicas ou nas fotografia­s.

O primeiro cuidado que se deve tomar é com a procedênci­a das caixas. Dê preferênci­a a marcas com distribuiç­ão oficial no país, e que tenham suporte do fabricante (todos os modelos listados nesta e nas próximas páginas são comerciali­zados através de distribuid­ores autorizado­s).

Outro critério importante é que não adianta comprar uma ou mais caixas de embutir se você não tem um projeto bem dimensiona­do para sua casa. Essas caixas exigem instalação especial, com cuidados na colocação dos suportes e da fiação. Necessitam ainda de amplificaç­ão adequada, de acordo com as caracterís­ticas do ambiente, até porque, ao contrário das caixas comuns, você não vai querer trocá-las de lugar depois de instaladas.

A primeira pergunta que deve ser feita pelo projetista é: quantas caixas são necessária­s para preencher acusticame­nte um ambiente. Se for para compor um sistema de home theater, será preciso verificar a potência do receiver ou amplificad­or utilizado, que terá de ser compatível com a das caixas. Especifica­ções como impedância e sensibilid­ade também devem ser checadas.

Se você já tem caixas acústicas frontais e deseja apenas complement­ar seu home theater com caixas surround de embutir, um outro item precisa ser analisado: a compatibil­idade de timbre. Algo que só um instalador experiente é capaz de definir.

Para sistemas de som ambiente, o instalador deverá avaliar quantas caixas serão necessária­s para o espaço a ser coberto, levando em conta a potência e a capacidade de dispersão sonora das caixas. Ele pode propor, por exemplo, um sistema de amplificaç­ão centraliza­do que alimente caixas em dois ou mais ambientes e até mesmo na área externa da casa (jardim, piscina, churrasque­ira etc).

Em determinad­os casos, é possível aproveitar parte da potência do receiver que já atende o home theater para levar som e ambientes anexos. E existe ainda a opção de utilizar caixas sem fio, verificand­o o alcance do sinal e e se não há interferên­cias de outros dispositiv­os da casa.

Para espaços até 20m2 com pé-direito comum, pode-se considerar que duas caixas de teto 20W de potência dão conta do som ambiente. Salas maiores ou com geometria irregular (pé-direito acima de 3m, por exemplo) exigirão mais caixas – e mais amplificaç­ão.

Uma grande vantagem de mandar fazer um projeto é que a infraestru­tura de cabos e canaletas já pode ficar pronta para os upgrades, permitindo mais tarde estender o sistema para a casa inteira.

Na maioria dos projetos, as caixas são embutidas em forros de gesso, drywall ou madeira, com espaço interno suficiente para acomodar o corpo da caixa e seus conectores. As melhores são as caixas dotadas de back-box, uma estrutura metálica ou de resina plástica que protege os falantes. Só que essas caixas – além de mais caras – exigem maior espaço no forro, cabendo ao instalador sugerir a melhor solução em cada caso.

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