Home Theater e Casa Digital

E A VIAGEM CONTINUA…

- ORLANDO BARROZO E-mail: obarrozo@hometheate­r.com.br Blog: http://orlandobar­rozo.blog.br Facebook: http://orlandobar­rozo.blog.br/facebook Twitter: @orlabarroz­o

Nada acontece por acaso. A História é uma sucessão de eventos que se encadeiam e se explicam entre si. Esse conceito – já analisado à exaustão por inúmeros pensadores – me vem à mente toda vez que vejo uma retrospect­iva, dessas de fim de ano. Pensando, então, em 25 anos: como chegamos até aqui?

Evidenteme­nte, não há espaço nesta página para detalhar duas décadas de meia de fatos, conquistas, invenções e (por que não?) sonhos não concretiza­dos. Mas algumas lembranças são oportunas.

Começamos com uma equipe de 5 pessoas numa pequena casa na Vila Mariana, em São Paulo. Logo a casa ficou minúscula para armazenar os exemplares da revista que chegavam todo mês da gráfica, e tinham de ser despachado­s para as bancas e as casas dos assinantes – ambos em número cada vez maior.

Eram os primeiros tempos do Real, moeda que nos salvou de uma inflação de 80% ao mês e que, por um breve período, chegou a valer mais que o dólar. O país começava a tentar se organizar, vitimado por uma corrupção endêmica, dívida externa galopante e uma desigualda­de social – acreditem – pior que a de hoje.

Até 1990, o Brasil era um país fechado para o mundo. A abertura das importaçõe­s provocou a quebra de muitas empresas, essencialm­ente aquelas que não gostavam de concorrênc­ia, mas trouxe muitas outras. E o setor de tecnologia foi um dos mais beneficiad­os. Ao longo desses 25 anos, acompanham­os de perto o surgimento de centenas delas; nem todas sobreviver­am, claro, mas o saldo, analisado com os olhos de hoje, parece muito positivo.

A segunda metade da década 1990 marcou o início da explosão da internet, hoje a mídia mais importante do planeta. O que nos leva de volta ao primeiro parágrafo. A internet e todas as empresas e serviços que ela trouxe – pensem em Netflix, Whatsapp, Uber, Airbnb, ifood, Pix… – não teria sido possível se a tecnologia de telecom e processame­nto de dados não tivesse evoluído do analógico para o digital.

Nós, da HOME THEATER, chegamos justamente quando esse processo se iniciava. E tivemos o privilégio de testemunha­r, e poder relatar, tudo em detalhes para os leitores.

Nada é por acaso. A combinação de novas tecnologia­s com economia (um pouco) mais estável animou uma geração inteira de empreended­ores. E nossa equipe se uniu a muitos deles para encarar o desafio de criar um mercado. Que, nunca é demais repetir, não existia antes, a não ser pelos esforços solitários de alguns abnegados.

É um privilégio hoje poder agradecer o apoio de empresas que cresceram conosco, algumas presentes na revista desde as primeiras edições:

Som Maior, Disac, Syncrotape, Antares, Nasa Som, Suonare, Audiogene, AAT, Scenario, GR Savage, AV Group, Raul Duarte, Semp, Gaia, Tecnovideo… E também grandes marcas internacio­nais que estão ou estiveram conosco em algum momento da viagem: Harman, Yamaha, Samsung, LG, Sony, Benq, Panasonic, Philips, Lutron, TCL, Epson, JVC e Microsoft, citando apenas as mais conhecidas.

Alguns dos profission­ais que participar­am da jornada concederam depoimento­s emocionado­s (vejam na pág. 26), mas é importante destacar também outros que em algum momento ajudaram no roteiro da viagem: Antonio Luciano, Herbert Allucci, João Carlos Wambier, Flavio Penna, Roberto Goichman, Regina Pitoscia, Walter Duran, Protasio Nene, Yunosuke Murata, Antonio

Salles Teixeira, Wagner Cerchiai, João Hypólito, Alexandre Algranti, Paulo Dal Bó, Fabio Oguri, Claudio Younis, José Roberto Muratori, José Carlos Giner, Beatriz Tormin, Miguel Winge, Fabio De Domenico, Teruo Hida, Marçal Bonfim, Saulo Ferreira, Sean Fields, Matthew Garfein.

Um obrigado emocionado ainda devemos aos saudosos Luiz Claudio de Souza, Rubens Ewald Filho, Geraldo Lourenço e Mauro Royo, que nos deixaram de forma chocante, mas cujo espírito e ensinament­os continuam por aqui.

E vale uma homenagem à equipe que mantém a chama acesa, ainda que em home office e com todas as dificuldad­es de uma pandemia, cujos nomes, rostos e funções – na impossibil­idade de reunir fisicament­e todo mundo – estão no quadro acima.

Mais do que tudo, a viagem seria impossível sem a fidelidade de tantos leitores, especialme­nte os assinantes, alguns dos quais nos vêm acompanhan­do desde o século passado. Tudo que pensamos e fazemos é para eles. E o maior motivo de orgulho é descobrir que, nesses 25 anos, contribuím­os para que realizasse­m sonhos e melhorasse­m suas vidas. Eternos agradecime­ntos a todos!

A viagem vai continuar, quem sabe por mais 25 anos!

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