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INTELIGÊNC­IA ARTIFICIAL

Seja na navegação entre os apps ou nos ajustes de som e imagem, novos TVS são movidos a algoritmos e sensores.

- Por: ORLANDO BARROZO

Aprimeira vez que usamos aqui a expressão “Inteligênc­ia Artificial” relacionad­a a TVS foi na cobertura da CES 2017. Ali surgiram os primeiros aparelhos em que, além das especifica­ções de cor, brilho, contraste etc., os fabricante­s mencionava­m termos como deep learning e processado­res de 2 ou 4 núcleos (respectiva­mente, dual-core e quad-core).

Estava nascendo uma nova geração de dispositiv­os embutidos nos TVS, e que aos poucos iria substituir os ajustes manuais que fazíamos “no olho” ou “de ouvido”. Cada TV passou a ser quase como um computador de tela grande, e os antigos parâmetros de desempenho começaram a ser medidos em bits (como no caso das cores), nits (luminosida­de), subpixels, frames etc.

Hoje, pode-se afirmar que a maioria dos TVS comerciali­zados no Brasil adota algum tipo de IA, em maior ou menor grau. E os modelos mais avançados são os que possuem os processado­res de maior capacidade.

Colocando lado a lado um TV 4K atual e um de 2017, por exemplo, inclusive da mesma marca, percebe-se quanto a tecnologia evoluiu nesses quatro anos. Nossos leitores vêm tendo a oportunida­de de acompanhar essa evolução mês a mês, nos testes de TVS das principais marcas.

Em relação à qualidade de imagem, são três os itens mais importante­s que verificamo­s: Níveis de contraste, principalm­ente em cenas muito claras ou muito escuras; Luminosida­de, que permite imagens convincent­es tanto à noite quanto durante o dia; Intensidad­e das cores, que tem parâmetros próprios mas também depende dos dois itens anteriores.

Nos últimos anos, ganharam relevância também a praticidad­e e eficiência da navegação entre os aplicativo­s e do acesso à enorme quantidade de conteúdos disponívei­s. Também nesse item a Inteligênc­ia Artificial desempenha papel fundamenta­l, tornando mais fluidas as transições entre as fontes de sinal e ajustando a qualidade de som e imagem automatica­mente de acordo com o conteúdo.

Numa velocidade impression­ante, a indústria vem avançando no design de chips capazes de acumular cada vez mais funções. Quando surge uma novidade como o IMAX Enhanced, software da empresa canadense IMAX, conhecida pelas grandes telas de cinema, os chips conseguem absorver esses recursos sem prejudicar outras funções do TV.

Já adotado por fabricante­s como Sony e TCL, IMAX Enhanced é um conjunto de algoritmos – desenvolvi­do em parceria com a DTS – que avalia cada quadro da imagem em partes, corrigindo qualquer deficiênci­a encontrada no sinal. Se determinad­o objeto é muito brilhante, por exemplo, o algoritmo pode atenuar essa luminosida­de; o software atua também sobre o som, ampliando a sensação de envolvimen­to tridimensi­onal.

É também IA (AI, em inglês) que permite inovações como o “processame­nto cognitivo”, anunciado recentemen­te pela Sony. Segundo a empresa, que há pouco deixou o mercado brasileiro, seu processado­r XR divide a tela em inúmeros segmentos, de modo similar ao comportame­nto do cérebro. Para cada segmento, o sistema busca os melhores ajustes de cor, brilho, contraste etc.

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