ALGORITMOS TAMBÉM MELHORAM O SOM
É impossível atingir com um TV o mesmo padrão de áudio de um sistema de home theater. Mas isso não quer dizer que não se possa avançar. Desde o ano passado, os TVS top de linha vêm saindo com novos recursos de IA para aprimorar a reprodução sonora.
A Samsung, por exemplo, desenvolveu o recurso OTS (Object Tracking Sound). Atrás da tela estão microfalantes comandados por um algoritmo, que distribui os sons de acordo com a posição dos objetos em cada cena. É uma ideia engenhosa: os diálogos são mais claros que em outras TVS, e nas sequências de ação os efeitos sonoros se tornam mais envolventes.
Já a LG utiliza IA para realizar a calibragem automática em suas TVS mais avançadas, com a ajuda essencial do controle Smart Magic (recurso AI Acoustic Tuning). Aqui também o áudio dos filmes se tornou mais equilibrado, quase como se estivéssemos usando uma soundbar acoplada à TV.
Outra inovação introduzida recentemente por alguns fabricantes é um microfone – discretamente posicionado abaixo da tela – para captar os ruídos na sala. Se o barulho for excessivo (muita gente conversando, por exemplo), o algoritmo sobe automaticamente o volume da TV para não prejudicar a sessão de cinema.
O próprio conceito Dolby Atmos, já adotado em vários modelos de TVS, é uma das aplicações de IA. Trata-se de um software instalado no aparelho que gerencia os vários fluxos de áudio extrapolando os limites dos “canais” tradicionais. Cada fluxo corresponde a um arquivo digital que o diretor do filme pode posicionar dentro do ambiente. A diferença é que, para se apreciar o efeito em todas as suas dimensões, é necessário espalhar caixas acústicas pela sala – o que os TVS fazem é apenas uma simulação.