RCI promoveu encontro com parceiros latino-americanos em Buenos Aires
A RCI – Resort Condominiums International, uma das mais importantes empresas da indústria de tempo compartilhado do mundo, promoveu um encontro no dia 3 de abril no hotel Pestana Buenos Aires, na Argentina, com vários clientes e parceiros latino-americanos. O objetivo foi apresentar as oportunidades de negócios que estão acontecendo na indústria de tempo compartilhado e multipropriedade nos países latino-americanos. O evento também foi uma oportunidade de apresentar oficialmente ao mercado a Vicepresidente Sênior de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da RCI da América Latina, Ana Laura Acevedo, que ficou no lugar de Juan Ignácio Rodriguez após sua promoção à CEO da RCI para a América Latina. Alguns diretores da RCI na região estiveram presentes, como Esteban Arce, Head para a América do Sul e Fabiana Leite, Líder das Operações da RCI Brasil e Graciela Carrete, Gerente de Desenvolvimento e Negócios da RCI no Cone Sul.
E quem começou essa grade de programação foi a Arquiteta Elena Biasi, Diretora Nacional de Investimento Turísticos da Secretaria de Turismo do Governo da Argentina. Ela apresentou algumas oportunidades de negócios que estão surgindo no desenvolvimento do turismo no país, como em Puerto Iguaçu, onde falta ocupação hoteleira. Outros polos estratégicos para fomentar o turismo também foram apresentados por ela, assim como alguns investimentos que estão sendo feitos pelos órgãos públicos. Linhas de crédito que estão sendo desenvolvidas pelo governo para incentivar esses destinos, com juros bastante acessíveis, também foram citados por Elena em sua explanação inicial. Em seguida, Juan Jorge Schettini, Presidente de la Cámara Argentina de Tiempo Compartido destacou que a situação econômica que vive a Argentina fomenta o segmento de tempo compartilhado. Ele chamou de marco turístico a atividade de tempo compartilhado, mas destacou ser necessário que os produtos acompanhem as tendências e tecnologias disponíveis no mercado para se posicionarem de maneira bem competitiva.
Em sua palestra, Esteban Arce destacou as novas tendências que estão nascendo na indústria do tempo compartilhado e, hoje, as novas experiências é que definem os novos clientes. Por isso, é necessário, muitas vezes, que as empresas redefinam missão e visão e mencionou alguns itens importantes: atender os clientes da melhor maneira possível, incluindo as mensagens e contatos feitos através do telefone celular, pois 57% das transações são por dispositivos móveis. Identificar o mapa do cliente e aproveitar as oportunidades, como o fim dos vistos para os norte-americanos no Brasil. Apresentar uma experiência diferente nos canais de vendas e analisar como os indicadores estão medindo as vendas. Outros importante dados apresentados por Arce para o sucesso de uma operação de tempo compartilhado em sua palestra foram: ter um bom software de administração de clientes, abrir novos canais de serviços, uso de robôs e inteligência artificial e de reconhecimento de voz, tecnologias que maximizam as vendas.
Indústria em crescimento
Já Ana Laura fez uma retrospectiva sobre a indústria da propriedade compartilhada na América Latina e destacou que a região recebeu, no ano passado, 217 milhões de turistas, com crescimento de 3% em relação a 2017. Teve 1.691 resorts ativos com 2% de crescimento, vendendo 465 mil semanas com faturamento de 7 bilhões de dólares. Em relação às vendas do modelo de tempo compartilhado na América Latina, Ana Laura mostrou no slide de sua apresentação que o México lidera com 37% e o Brasil vem em segundo com cerca de 15%, seguido por Argentina, Uruguai e Paraguai.
E encerrando as palestras, Fabiana Leite, destacou a situação vivida no Brasil nos últimos dez anos em que apontou a crise econômica, Operação Lava Jato e desvalorização da moeda, como alguns entraves para alavancar os negócios. Mas mesmo com esse cenário incerto e instável, a RCI teve 100 novos afiliados nos últimos anos. E para alavancar ainda mais o setor, ela disse que foi necessário participar de todos os eventos que movimentam a indústria do tempo compartilhado no Brasil. O treinamento constante com as equipes comerciais, dando suporte nas vendas e pós-vendas, também foram citados por Fabiana como essenciais para alavancar o setor no Brasil.
E alguns números dessa indústria de tempo compartilhado no Brasil foram apresentados por ela. “Fechamos o ano de 2018 com 257 afiliados em nosso portfólio. Conseguimos 84 mil semanas vendidas, sendo 98% no mercado nacional e um montante de 625 milhões de dólares, número 8% maior em vendas em relação a 2017. Hoje temos 45 salas de vendas ativas de timeshare em diversos projetos espalhados pelo Brasil e 40 salas de vendas na multipropriedade que, atualmente, é regulamentada no Brasil e tende muito a crescer”, encerrou Fabiana.