GUILHERME CASTRO
Guilherme Castro é o CEO da Samba Hotéis, marca que lança atualmente no Brasil uma nova bandeira: a Samba In The Box, que consiste em empreendimentos construídos a partir de contêineres. O projeto será apresentado durante a feira Sirha (Salon international de la restauration, de l’hôtellerie et de l’alimentation), que acontece em março, em São Paulo (SP).
1 - Qual a missão da Samba Hotéis, como surgiu o conceito da empresa e de cada uma das bandeiras, incluindo a “Samba In The Box”? A Samba Hotéis surgiu visando cobrir uma lacuna existente nos meios de hospedagem. Nas nossas três marcas é possível notar pontos em comum que norteiam nossa visão de negócio: o primeiro é referente à criação de um ambiente que traga alegria, satisfação e bom custo-benefício, aliando a cultura e os ritmos brasileiros reconhecidos mundialmente; em segundo lugar, queremos trazer lucratividade, pois nada pode ser feito sem investidores satisfeitos e hotéis lucrativos; por último, o ambiente de trabalho tem que remeter à nossa visão e ao DNA da empresa, trazendo ao colaborador a mesma alegria e satisfação oferecida ao hóspede. Na bandeira Samba, os hotéis são de categoria upper midscale; a bandeira Bossa Nova, por sua vez, engloba os hotéis upscale. A nova, intitulada Samba In The Box, possui hotéis versáteis de padrão econômico, localizados em pontos estratégicos e com baixa oferta de hospedagem. Em geral, estradas de alto fluxo, ou grandes entrepostos comerciais e agrícolas. O modelo construtivo destes hotéis são os contêineres, visando a mobilidade e o baixo custo.
2 – O conceito da bandeira “Samba in the Box” é relativamente novo no segmento hoteleiro. Como vão funcionar os hotéis e como vocês enxergam este nicho de mercado? O conceito do Samba In The Box faz parte da plataforma de expansão da empresa pelo Brasil, que prevê um grande aumento de unidades nos próximos cinco anos. Sua montagem é feita em tempo recorde: um hotel com 120 quartos pode ficar pronto em, aproximadamente, três meses. Em um hotel convencional, depois de construído, o investidor fica ‘preso’ à demanda local. Em um Samba In The Box é possível alterar a quantidade de quartos e até o local do empreendimento, de acordo com a demanda real aferida pós-construção. Quando vemos o segmento hoteleiro entendemos que há pouco diferencial competitivo. O que quisemos foi criar um salto exponencial e ter um grande “oceano azul” para nosso crescimento, conseguindo unir versatilidade, custo construtivo, retorno ao investidor e gerenciamento para o construtor. Desenvolvemos um produto que atende a necessidade de um mercado ainda em criação. Repensar o cenário atual da hotelaria, para nós, significa focar menos em luxo ou padrões pré-concebidos - muitas vezes de fora do Brasil e mal adaptados à