Chef
Filipe Rizzato
Ochef
Filipe Rizzato, paulistano - mas com sotaque carioca -, de apenas 33 anos, começou muito jovem na profissão. Hoje, comanda uma das maiores equipes de cozinha em hotéis no Brasil, em um dos empreendimentos mais icônicos do País: O Belmond Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (RJ). Rizzato está à frente do restaurante Pérgula, mas antes passou cinco anos explorando e conhecendo cozinhas de diversos restaurantes nos Estados Unidos e na Europa.
Rizzato sempre soube o caminho que desejava trilhar. Dedicado, seguiu os passos de sua família, no que diz respeito à determinação. “Meus pais sempre trabalharam muito duro”, conta. Há 14 anos na área, ele foi da segunda turma de Gastronomia do Rio de Janeiro, na Estácio, a única faculdade que oferecia o curso na época.
Estagiou em um restaurante em Niterói (RJ), mas logo trancou a faculdade para fazer um intercâmbio em Hollywood (Estados Unidos). “Levei um mês para encontrar um emprego em restaurante. Bati três vezes no mesmo estabelecimento, consegui falar com o chef e, finalmente, fui contratado”, relembra.
Durante sua carreira, ele saiu e voltou algumas vezes para o Brasil, passando por experiências também em algumas cidades da Itália, Barce- lona (Espanha) e Londres (Inglaterra). Na capital inglesa foi onde, por persistência, conseguiu trabalhar no Locanda Locatelli, algo que se tornou sua obsessão durante três anos.
Após sua rotina intensa de viajante, Rizzato se apaixonou por uma brasileira - que hoje é sua esposa - e decidiu investir na carreira em seu País de origem. “Depois de um ano, apareceu o convite para ser sous chef do Cipriani, no Copacabana Palace. Abri mão da chefia onde estava. Dois anos depois, assumi o comando da Pérgula. A minha primeira experiência em hotel foi também a única vez que consegui trabalhar em uma empresa por mais de um ano; já estou nos restaurantes do Copacabana há cinco anos”, diz.
Ele conta que entrar na Pérgula e participar de toda a reformulação do restaurante foi uma oportunidade única. Entre as mudanças, o chef diz que foi responsável por toda a reestruturação do cardápio, bem como escolha de louças artesanais e únicas. Na cozinha, Rizzatto opta pela utilização de alimentos cada vez mais frescos.
“A cozinha me ensinou tudo o que eu tenho. Sei falar inglês, espanhol e italiano fluentemente graças à gastronomia. É uma carreira dura, mas para quem persiste, dá muita base na vida”, afirma o chef.
Sem filhos e recém-casado, o chef gosta de passar as horas vagas com sua esposa e sair para jantar. “Tenho tentado cada vez mais encontrar com os meus amigos. Estudo bastante, tenho uma mini biblioteca em casa e adoro ler. Também gosto muito de tocar violão. Recentemente, ainda, adotamos uma gatinha e nosso maior hobby hoje é cuidar dela”, explica.