ISTO É Dinheiro

A RELOJOARIA QUE VENDE AVENTURAS

DE UM MERGULHO NA POLINéSIA FRANCESA A UMA AVENTURA NOO ÁRTICO, MODELOS D AGRIFE ITALIANA PAN ERAI OFERECEM EX PER Iê N CIA Sê N CIAS EXCLUSIVAS ASEUS Fã S

- Luana MENEGUETTI, de Neuchâtelt­el (Suíça)

Basta olhar para o pulso do ator Sylvester Stallone, do artista plático Damien Hirst, do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e da modelo Heidi Klum para ver o que essas personalid­ades têm em comum. Todas elas exibem relógios luxuosos — que podem chegar a mais de R$ 500 mil — da fabricante italiana Panerai.

A marca nasceu despretens­iosamente em 1860, em Florença, como a relojoaria e oficina de Giovanni Panerai. Na Primeira Guerra Mundial, ficou famosa por fornecer produtos para a Marinha Real Italiana. Uma das criações do período é o Radiomir, reló

gio que usava um pó à base do elemento químico rádio para dar luminosida­de aos mostradore­s, essencial para militares que precisavam navegar em ambientes escuros.

Atualmente, a grife faz parte do conglomera­do suíço Richemont, terceiro maior do setor e que administra outras 18 marcas de luxo. Sob o comando do CEO Jean Marc Pontroué, que assumiu a posição em abril de 2018, a Panerai decidiu ir além da venda de relógios. Agora ela também negocia experiênci­as. A reportagem da DINHEIRO conferiu a nova coleção Submersibl­e em uma visita à fábrica em Neuchâtel, na Suíça. O Submersibl­e Guillaume Néry, por exemplo,

“Hoje a inovação não ocorre apenas no relógio, mas também no serviço e na experiênci­a que oferecemos” JEAN MARC PONTROUé, CEO DA PANERAI

resistente à águ água até uma profundida­de de 300 metros e li limitado a 15 peças, dá o direito aos poucos compradore­s co de mergulhar com o francês Guillaume G Néry, campeão mundial de mergulho, mer em Moorea, na Polinésia Franc Francesa. Mas, para isso, é preciso desembolsa­r R$ 181,9 mil. “Hoje a inovação e a modernidad­e não acontecem apenas no relógio, mas tam também no serviço e na experiênci­a que ofere oferecemos aos nossos clientes”, diz Jean Marc P Pontroué.

A coleção Submersibl­e S ainda conta com a edição Mike Horn, H que dá aos 19 compradore­s a oportunida­de oportun de viver uma aventura com o explorador explorad e aventureir­o homônimo em Svalbard, no ártico norueguês. E também bé o Marina M iM Militare, edição de 33 peças que oferece aos proprietár­ios dois dias de treinament­o com o Comsubin, unidade de operações especiais e combate não-convencion­al da marinha italiana, em La Spezia, na Itália. Os dois relógios e as duas aventuras não saem por menos de R$ 170 mil. “Experiênci­as farão, cada vez mais, parte do sortimento da Panerai nos próximos anos”, acrescenta Pontroué.

Os novos produtos foram apresentad­os em Xangai, na China, em uma instalação aquática envolta por destroços de embarcaçõe­s dos séculos 19 e 20 e rodeada de tubarões. O executivo, ex- CEO da Roger Dubuis, assumiu uma cadeira que era comandada desde 2000 por Angelo Bonati, responsáve­l por manter o DNA da marca com relógios militares robustos. O plano de Bonati, quando assumiu, era chegar a uma produção de 25 mil unidades em três anos. Em 2002 a demanda global já ultrapassa­va 30 mil e, em 2012, a grife era considerad­a a mais lucrativa da Richemont.

Pontroué tem mais de vinte anos de experiênci­a no segmento de luxo, com passagens pela Givenchy e Montblanc. “Temos uma oportunida­de e um desafio. A oportunida­de é manter a marca e o DNA o mais intacto possível”, diz ele. “O desafio é que temos um produto tão icônico que fica difícil tomar decisões que tragam inovação, exposição, visibilida­de, desejo, mantendo os valores da marca e atendendo às expectativ­as dos clientes finais.”

Os compradore­s, aliás, são tão fanáticos pela marca que se definem como

“Paneiristi” e se organizam em um site para debater os lançamento­s. “Adoro a opinião deles porque conhecem a marca até um pouco melhor que eu”, diz Pontroué. A maioria desses fãs são dos Estados Unidos, Ásia e Europa, os três principais mercados da Panerai. O Brasil, também tem seus paneiristi. A grife abriu em 2012 sua loja no shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

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COMBATE O Submersibl­e Marina MilitareMi­litare, de 33 peças,peças leva os compradore­s para dois dias de treinament­o com o Comsubin, a unidade de operações especiais da marinha italiana
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GUILLAUME NÉRY Y Edição de 15 peças, o Submersibl­e Chrono o Guillaume Néry levou os compradore­s es a um mergulho em Moorea, na Polinésia a francesa, com um campeão mundial da prática
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Os O 19 compradore­s do Mike Horn Edition ganham uma aventura pelo Ártico na qual o explorador ex é o guia POLO P NORTE

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