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Dados oficiais registram altas alarmantes de queimadas e desmatamen­tos na Amazônia

Um fundo de investimen­to global com mais de US$ 4 trilhões na carteira já enviou carta às autoridade­s brasileira­s pedindo o fim do desmatamen­to na Amazônia. Os principais banqueiros do País foram a Brasília para discutir uma agenda conjunta para proteção da floresta. Mas, ainda que os donos do capital tenham se unido à pressão pela preservaçã­o de um dos maiores biomas do mundo, o descaso dos responsáve­is parece não ter fim. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, a derrubada de árvores aumentou 43,5% sobre o mesmo período de 2018 a 2019, destruindo mais de 9 mil km² da maior floresta tropical do planeta. Além do desmatamen­to, a região sofre com as queimadas. De janeiro a agosto, 63 mil focos de incêndios foram identifica­dos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Do total, 74% foram detectados depois de julho de 2020, quando o governo assinou documento proibindo as queimadas na região. Outros biomas também sofrem com o fogo. Só no Mato Grosso, foram registrado­s mais de 24 mil focos neste ano. No Pantanal, mais de 1 milhão de hectares já foram queimados, segundo o Ibama. É preciso considerar que parte dos focos tem origem espontânea provocada pela seca. É fato, também, que outra parte é criminosa. Enquanto a natureza arde, em Brasília baldes de água fria são jogados nos órgãos de proteção ambiental com os sucessivos desmanches de suas estruturas.

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