WASHINGTON NO ATAQUE
ma mudança na legislação portuguesa tem causado euforia em milhares de brasileiros netos de portugueses. Embora muitos ainda o desconheçam, o Programa Nacional de Apoio ao Investimento da Diáspora (Pnaid) é um incentivo governamental de retorno à terra de origem, tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ele pode transformar em realidade o sonho de adquirir a nacionalidade dos avós a fim de se fixarem em Portugal como cidadãos com direitos plenos. A notícia é particularmente instigante para quem pensa em comprar propriedades ou abrir empresas no país.
Aprovado pelo Conselho de Ministros, em julho passado, o Pnaid procura valorizar as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro como ativo estratégico para Portugal a fim de atrair investimentos, internacionalização da economia e a coesão territorial. O secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, Eurico Brilhante, que esteve no Brasil em outubro para apresentar o programa em Brasília e São Paulo, afirmou tratar-se de um mecanismo que facilita o regresso de portugueses e de lusodescendentes, criando uma rede de apoio ao investidor da diáspora. “O Pnaid tem um primeiro ponto que permite acesso a incentivos, em particular, nas regiões do interior de Portugal”, afirmou o secretário. “Há uma enorme comunidade portuguesa no Brasil e, nos últimos anos, tem havido uma maior aproximação entre os dois países”, disse.
Neto de português, o economista Arthur Mendes, paulista de 29 anos, já está fazendo planos para aproveitar o benefício e, quem sabe, lucrar na terrinha. “Tão logo a pandemia esteja sob controle, eu pretendo investir em um imóvel e abrir uma empresa de consultoria para intermediar negócios entre Brasil e Portugal”, afirmou. “Vou aproveitar também para fazer um MBA na área de finanças.”
Diretora do departamento do Ministério da Justiça de Portugal responsável pela análise e deferimento dos processos de nacionalidade portuguesa, Maria de Lur