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Destilados
Combinando mais de 400 eaux-de-vie – como são chamados os destilados de diferentes vinhos brancos envelhecidos em carvalho –, o conhaque L'Or de Jean Martell costuma entusiasmar até mesmo antigos colecionadores, que não se deixam impressionar facilmente. A caixa de apresentação criada pelo arquiteto parisiense Eric Gizard envolve um decanter de 700 ml com nicho em forma de gota, esculpido em cristal de Sèvres com detalhes em ouro. A degustação oficial da marca indica aromas cítricos de bergamota e de cascas de laranja, com notas gustativas de groselha preta e vegetação rasteira. O final é requintado e persistente. De acordo com Christophe Valtaud, mestre de adega da Martell, L'Or equilibra perfeitamente aromas ricos e poder. No Brasil, o conhaque está disponível em vários e-commerces, como o Drinksandclubs.com.br, com preço sugerido de R$ 17.990,00.
Carro
Em 2008, quando a vinícola Miolo lançou seu pioneiro programa Wine Maker, voltado para ensinar a um público interessado em vinhos como a bebida é de fato produzida, desde a colheita das uvas até a rotulagem das garrafas, não havia nada parecido no Brasil. De lá para cá, surgiram muitas possibilidades de vivenciar a teoria e a prática da vitivinicultura, a partir de experiências do tipo mão na massa em vinhedos e cantinas. Durante o período de colheita, que na região Sul do País vai de janeiro a maio, há atualmente inúmeras formas de fazer parte da rotina dos vinhateiros. A mais recente imersão na vindima acaba de ser lançada pela charmosa Cristofoli Vinhos de Família.
Conhecida por receber enoturistas em busca de algo que vá além da visita guiada aos tanques de inox e degustações, a vinícola familiar sediada em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves (RS) acaba de abrir as inscrições para o programa Making Wine 2021. Trata-se de uma espécie de reality show que irá mostrar a safra como ela é ao vivo, durante 20 dias, no mês de fevereiro. Segundo a enóloga que hoje está no comando da empresa, Bruna Cristofoli, de 34 anos, a novidade nasceu de uma ideia de Artur Tremper
Farias, brasileiro que foi trabalhar no Chile e lá criou uma agência especializada em enoturismo. Com a pandemia, ele teve de fechar a agência e passou a fazer degustações on-line. “O Artur pensou em um modelo tipo pay-per-view, em que as pessoas pagariam para acompanhar virtualmente a safra. Nós achamos que, para isso funcionar, era preciso dar algum benefício adicional, e a ideia evoluiu para o programa que estamos oferecendo agora”, afirmou Bruna à DINHEIRO.
CLOSE FRIENDS Preservando parte de sua ideia original, Artur irá morar e trabalhar na vinícola durante os 20 dias do Making Wine, compartilhando todo o conteúdo por meio do recurso close friends, do Instagram. O acesso aos bastidores da safra será restrito a 100 pessoas que se inscreverem no programa por meio da aquisição de um dos quatro kits criados com essa finalidade. Os valores partem de
programa. Neste caso, as vagas são limitadas. Ainda não está definido se haverá encontro presencial, o que vai depender das restrições da pandemia.
Encravada na Rota das Cantinas Históricas de Bento Gonçalves, a Cristofoli se tornou um dos destinos mais procurados por enófilos que buscam autenticidade. Ela mantém o ar rústico de uma vinícola tradicional que ainda opera em escala humana. Tudo ali é feito pela família. Formada em enologia, Bruna acumula funções ligadas à vinificação (que hoje divide com o irmão Lorenzo, também enólogo), à administração, ao marketing e aos projetos de ampliação da empresa — caso de um novo restaurante, bem maior que o atual, previsto para ser inaugurado em maio. Quem recebe os turistas é Letícia, prima de Bruna. Na cozinha, preparando os pratos servidos durante as degustações, estão as mulheres dos dois irmãos que sucederam o patriarca no cultivo de uvas e seguem no negócio de vinhos. “Tudo o que fazemos faz parte da nossa história. As experiências que oferecemos nasceram de vivências em família”, disse Bruna.
Parte do encanto da propriedade está no jeito como a família recebe os visitantes. Ali é possível caminhar pelo vinhedo, passear de trator, colher as uvas e fazer a pisa ao som de músicas típicas da imigração italiana. Além de festivo, o belo cenário ao ar livre é também romântico. Uma das opções oferecidas aos turistas recebe o sugestivo nome de Edredom nos Parreirais. Trata-se de um piquenique para casais no meio do vinhedo com uma seleção de comidinhas regionais combinadas com os melhores vinhos da família.
Cansada de vasculhar vários sites de grandes varejistas em busca de produtos de beleza específicos para peles negras, a empresária Nyako Grieco teve a ideia de criar uma plataforma digital que reunisse cosméticos premium, específicos para peles escuras, selecionados por meio de uma curadoria criteriosa – ela própria é fundadora da Nyakio Beauty, marca de beleza inspirada em suas raízes quenianas, integrante da Sundial, propriedade da Unilever. Conversou, então, com o amigo Patrick Herning, CEO do e-commerce de moda plus size 11 Honoré, e no auge do movimento Black Lives Matter o projeto se consolidou.
Em dezembro, a plataforma Thirteen Lunes foi lançada discretamente, centralizando marcas de propriedade de minorias. Foi o suficiente para chamar atenção de gente engajada como o produtor musical Sean Combs – rapper mais conhecido como Diddy –, a atriz Gwyneth Paltrow, CEO do site de wellness e beleza Goop, Nicole Avant, ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Bahamas, e o investidor Patrick Finnegan. Resultado: com um mês de lançamento, a plataforma ganhou fôlego para prosseguir, com investimentos resultantes também da ajuda de familiares e amigos, somando um montante de US$ 1 milhão.
Com 13 marcas iniciais, o site já é considerado o maior ecossistema das chamadas marcas pretas e marrons fundadas por representantes e aliados da comunidade Bipoc (formada por negros, indígenas e pardos). Ela e Herning pretendem impulsionar a diversidade no setor de cosméticos e virar o jogo no varejo de beleza inclusiva. Um dos passos será abordar as barreiras enfrentadas pelos empreendedores negros com relação ao crescimento de seus negócios.
O INÍCIO DA VIRADA Em 2017, o mercado de cosméticos foi marcado pelo lançamento da marca Fenty Beauty, da cantora Rihanna, com sucesso retumbante. A grife trouxe ao setor a proposta de atender
Com design elegante, o Thirteen Lune chamou atenção logo no primeiro mês on-line. Ao lado, Nyako Grieco, idealizadora do projeto, faz a curadoria de produtos premium para peles escuras
a demanda de milhões de mulheres que não se encontravam dentro da gama de cores de produtos de maquiagem produzidos até então – a maior parte das marcas restringia seus itens entre 10 e 20 tons de pele, por exemplo. A marca de Rihanna chegou com 40 tons e hoje oferece 50.
Com mais opções, a consumidora, que antes aceitava os produtos impostos pelas marcas, passou a ditar as regras da indústria. A tal ponto que em 2020 a própria Rihanna lançou sua linha de cuidados com a pele, a Fenty Skin. Inicialmente disponíveis apenas para vendas on-line, os produtos foram lançados no varejo mês passado – ainda sem previsão de lançamento no Brasil. E como ser previsível está fora da rota da popstar, a proposta, desta vez, foi o minimalismo. Pouquíssimos itens compõem a linha. Todos, porém, multitarefa e eficazes. Para os mais diversos tipos e tons de pele.