Uma radiografia da cultura de benesses que vigora no comando das estatais brasileiras
Diogo Mac Cord de Faria e sua turma na Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados fizeram um golaço. Na segunda-feira (1), foi divulgado o Relatório de Benefícios das Empresas Estatais Federais (Rebef). O documento de 84 páginas traz informações detalhadas sobre os benefícios, muitas vezes atípicos em relação ao setor produtivo privado, oferecidos pelas 46 estatais de controle direto da União a seus funcionários. A publicação, inédita, foi produzida pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). “Temos a responsabilidade de promover transparência total”, afirmou Amaro Gomes, secretário da Sest. “E fazer chegar ao público informações importantes que promovam maior conhecimento desse universo de empresas.” Um top 5 escolhido aleatoriamente traz estas amostras: 1. No BNDES (remuneração média: R$ 29 mil), os gastos com benefícios de assistência à saúde em 2019 tiveram custo médio anual de R$ 44 mil por empregado/aposentado. 2. Na Caixa (remuneração média: R$ 10,3 mil), os gastos com previdência complementar de 154 mil participantes, entre ativos (cerca de 96 mil) e assistidos (58 mil), encostaram no R$ 1 bilhão.
3. Na Eletrobrás (remuneração média: R$ 11,2 mil), o auxílio alimentação é de R$ 1.202,34 (13 tíquetes por ano), o auxílio creche/pré-escola é de R$ 863,83 (de 6 meses a 6 anos) e o auxílio educacional é de R$ 574,47 (até 17 anos). Nas férias, o adicional é de 75%.
4. Na FinepFinanciadora de Estudos e Projetos (remuneração média: R$ 15 mil), há auxílio alimentação de R$ 850,76 (13 tíquetes ao ano) e um auxílio refeição de mais R$ 850,76 (outros 13 tíquetes por ano). 5. Na Petrobras (remuneração média: R$ 18,9 mil), o auxílio alimentação é de R$ 1.254,48 e o vale refeição de R$ 192. Gratificação de férias é de 100% do salário.