REFORMA TRIBUTÁRIA
Eo ansiolítico para o mercado no quesito tributação tem nome, sobrenome e um passado de oposição ao PT: Geraldo Alckmin. Candidato a vice-presidente, o ex-tucano e agora filiado ao PSB ganhou status de fiador de Lula para o eleitorado liberal que não se identificou com Bolsonaro. O ex-governador de São Paulo garante que essa aliança democrática irá “priorizar a geração de emprego e renda por meio de uma reforma tributária que simplifique e promova mais investimentos”. Uma guinada de Lula mais ao centro que foi visível nesta segunda etapa eleitoral, e atraiu aprovação de nomes importantes do universo do liberalismo. A isenção de Imposto de Renda de Pessoas Físicas para quem recebe até cinco salários mínimos e a possibilidade de taxação de grandes fortunas foram igualmente bem recebidas. A questão dos lucros e dividendos ainda não está completamente exposta, mas até ela tem sido digerida com mais facilidade, caso a contrapartida seja uma revisão efetiva da burocrática teia de impostos, tributos e taxas que assolam o Brasil. Para colocar o plano em prática, Lula pretende criar um texto novo, diferente do que tramita no Congresso, o que não seria fácil de aprovar. Para Renata Mendes, porta-voz do movimento Para Ser Justo, que reúne instituições, empresários, empreendedores, especialistas e acadêmicos, a reforma tributária é essencial. “O foco precisa ser na reforma dos impostos cobrados sobre o consumo, pois eles são 44% de tudo o que é arrecadado no Brasil e sua cobrança é injusta e complexa”, disse. Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais indica que, em um cenário tributário reformado pelo consumo, o crescimento adicional do PIB pode chegar a 12% em 15 anos.
é baixa. O professor, que atua na comissão de Orçamento e Finanças Públicas da Câmara, entende que dificilmente Lula irá além desse ponto. Lula diz que haverá espaço para revisões salariais dos servidores em seu mandato. Só não diz de onde virá o dinheiro.