PALAVRA DO GESTOR
MARCELO KARVELIS FRANCO, CIO DA AVIN ASSET
Quais são os fundos da Avin e no que investem?
Possuímos o fundo Avin Global Equities. O foco dele é investir em empresas listadas nas bolsas americanas. Seja a Nyse, seja a Nasdaq. Estamos em busca de abrir outros dois fundos, o primeiro tem foco em ativos brasileiros de crédito privado e deve ser lançado para o público até o fim do mês. Um outro que está em uma fase final de ajuste é um fundo multimercado, que terá um risco moderado.
O que o investidor pode esperar do Ibovespa até o fim das eleições?
A resposta para essa pergunta pode valer um milhão de dólares. Mas de forma direta e objetiva, o investidor pode esperar volatilidade. Podemos ver esse movimento de sobe e desce como aconteceu nos últimos dias. O principal índice da Bolsa disparou após o resultado do primeiro turno, por causa das eleições no Congresso. O motivo foi o avanço da extrema direita, pois Lula terá que migrar para o centro caso seja eleito, visto que os ideais do liberalismo econômico tendem a dominar o Congresso. Outro ponto é que existe uma grande expectativa do ministro que ocupará a pasta da Economia, se será alguém como Henrique Meirelles, porém há um temor de ser alguém da ala mais petista. Até que essas coisas fiquem claras, o mercado de renda variável (ações) vai ficar volátil.
A renda fixa continuará como favorita em 2023?
A alta das taxas de juros começa esse ano pelo mundo para controlar a inflação acelerada. No Brasil, o início do aperto monetário foi antes, mas ao longo do próximo ano o País deve continuar com os juros elevados. Sendo assim, os ativos de renda variável não vão conseguir competir com a Selic de 13,75% ao ano. Por isso, eu acredito que o investidor vai ficar primordialmente na renda fixa.
Você pode citar três ativos que estão nos fundos?
O primeiro é Petrobras, a companhia pagou bons dividendos ao longo do ano, mas o investidor deve ficar atento aos possíveis ruídos políticos no próximo ano, além da queda do preço do petróleo que pode ser puxada pela desaceleração da economia global. O segundo é a Vale, que também pode pagar bons dividendos, mas enfrenta o risco da queda do preço do minério de ferro. Já o meu terceiro ativo é Sabesp, porém só em caso de privatização da companhia de saneamento de SP.