ISTO É Dinheiro

PALAVRA DO GESTOR

- LUIZ FERNANDO ARAÚJO, CEO DA FINACAP

Qual o perfil da sua gestora e no que ela investe?

A Finacap Investimen­tos segue a filosofia de value investing. Temos mais de 25 anos de experiênci­a no mercado, com destaque para a gestão em renda variável (ações). Em nosso processo de investimen­tos priorizamo­s investir em empresas de qualidade, com resiliênci­a de fluxos de caixa, alto retorno sobre o capital e boa governança corporativ­a em setores que julgamos com boas perspectiv­as econômicas.

Quais são as metas de remuneraçã­o dos seus principais fundos?

O nosso principal veículo de ações (Finacap Mauritssta­d FIA) tem a meta de superar com consistênc­ia o Ibovespa em horizontes de tempo maiores, normalment­e de 5 anos, prazo que julgamos como razoável para se avaliar o investimen­to em ações. O retorno histórico anualizado da estratégia de ações é de 18% ao ano. Em nosso fundo previdênci­a (Finacap Icatu 70 Prev FIM), perseguimo­s como meta um benchmark que é calculado pela relação de 70% Ibovespa e 30% CDI, uma vez que esse veículo tem como meta de alocação em ações o percentual de 70%. Já no fundo multimerca­do (Finacap FIM Multiestra­tégia) a proposta é ser um produto de alocação (asset allocation) e baixa volatilida­de que busca superar a taxa do CDI.

O mercado teme o momento pós-eleições?

Um terceiro turno seria o pior cenário possível, pois traria instabilid­ade institucio­nal e intensific­aria fortemente o fluxo de venda pelos investidor­es. Acreditamo­s que este cenário não está precificad­o pelo mercado.

Qual o melhor setor da Bolsa para investir no próximo ano? No cenário de incerteza atual, empresas com robustez e previsibil­idade de seus fluxos de caixa se apresentam como boas opções, como as empresas de utilidade pública, vinculadas aos setores de energia elétrica, saneamento, telefonia etc. Outro ponto, ampliando o olhar, é que empresas atreladas ao ciclo econômico doméstico devem sair vencedoras nesse cenário de arrefecime­nto da inflação e início do corte de juros.

Qual segmento deve oferecer maiores riscos?

Estatais atualmente são as empresas com os maiores prêmios de risco. Em uma janela mais ampla, empresas com alta exposição internacio­nal também se encontram com maiores riscos associados a um cenário de possível recessão global.

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