ISTO É Dinheiro

ORÇAMENTO 2023

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Outro assunto que precisa sair dos planos do Legislativ­o para ser executado é a Projeto de Lei Orçamentár­ia Anual (PLOA). Com previsão de votação em 16 de dezembro, na boca do recesso legislativ­o, o texto precisa estar exequível em 2023, o que parece pouco provável na avaliação de especialis­tas em orçamento público. Henrique Martins, professor de economia no curso de Gestão de Políticas Públicas da Universida­de de Brasília (UnB) afirma que a aprovação na Comissão Mista do Orçamento na última quarta-feira (23) foi feita com parâmetros macroeconô­micos equivocado­s. “Eles usam indicadore­s de PIB, inflação e juros não mais condizente­s com o cenário interno e externo”, disse. Pela previsão dos parlamenta­res, são esperados R$ 2,25 trilhões de gastos com despesas primárias. Das despesas com a dívida pública espera-se que o refinancia­mento consuma outros R$ 2 trilhões. O custeio e investimen­to liberado para o governo federal no próximo ano ficaria em R$ 63,7 bilhões. E aí entra a negociação com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado que foi o primeiro a se aproximar do governo.

A principal expectativ­a de Pacheco envolve o apoio do PT e dos partidos aliados na eleição da mesa diretora em fevereiro em 2023. O governo eleito, que já sinalizou o interesse em sustentar a reeleição do atual presidente da Casa, espera algum gesto ligado ao Orçamento no sentido de incluir, por exemplo, um reajuste real do salário mínimo, os recursos obrigatóri­os para os programas Farmácia Popular e Minha Casa Verde e Amarela e o custeio da manutenção de escolas públicas. Só esses três itens envolveria­m quase um terço do total disponível para investimen­to previsto no Projeto apresentad­o por Paulo Guedes, atual ministro da Economia, em agosto.

NÓ:

INVESTIMEN­TOS DE R$ 63,76 BILHÕES ESTRAGO:

ESTOURO DO TETO OU INVIABILID­ADE

DE GESTÃO

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