O MUNDO ROSA DA CHARTH
Grife que nasceu nas redes sociais e conquistou fashionistas abre lojas físicas e cresce 70% em 2022
ODNA é rosa e fluído, as roupas são usadas por influenciadores e artistas e a presença é marcante nas redes sociais. Criada em 2016 na mesa da cozinha da advogada mineira Nastácia Schacht, que até então trabalhava no Tribunal de Contas de Minas Gerais, a grife desfilou este ano na Bienal de São Paulo, ganhou projeção em editoriais de moda e no gosto de fashionistas e abriu duas lojas físicas. Com todo esse movimento, a marca prevê fechar o ano com crescimento de 70% sobre 2021. E o plano é dobrar de tamanho em 2023.
Aposta de Nastácia no empreendedorismo, a Charth nasceu com investimento inicial em torno de R$ 60 mil. O financiamento foi do marido, Diego Faria, que hoje divide o comando da empresa com a esposa. Apenas dez peças marcaram o lançamento da marca, que tinha no Instagram sua única vitrine. No conceito, duas características centrais: a cor rosa e o lema “buy now, use and love forever” (compre agora, use e ame para sempre). Favorita da criadora, a cor rosa sempre esteve presente nas peças e hoje é tendência no mundo da moda com o Barbie core. Nas coleções, todas assinadas por Nastácia, prevalece a ideia de uma moda atemporal. “A Charth é minha alma estampada dentro da empresa e ela acompanha muito como eu vou amadurecendo como mulher também”, afirmou a empresária e estilista. O resultado são peças versáteis e sem data de validade. Nos cabides, modelos com poucas estampas mas com cortes ousados, brilhos e cores fortes como verde, azul e laranja.
CIDADE JARDIM Em seu curto e intenso processo de crescimento, a Charth transcendeu os limites do e-commerce para chegar a pontos de venda físicos. Em setembro deste ano foi inaugurada a primeira loja, em Belo Horizonte, cidade onde está a fábrica e o showroom. Outra loja será aberta terça-feira ( 20), em São Paulo, principal mercado para a marca. A unidade no Shopping Cidade Jardim contempla uma estratégia que prevê mais visibilidade e contato mais próximo com os clientes. A projeção é que cada uma das lojas represente 15% do faturamento em 2023, além de aumentar as vendas on-line ao inserir mais clientes no universo da marca. “O objetivo maior das lojas não é tanto pautado em venda, é mais um posicionamento de marca, de estar consolidada em um shopping que tem relevância”, disse Nastácia.